Ocorrência e ecotoxicologia de cianobactérias em praias da costa litoral centro de Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10216/9560 |
Resumo: | As cianobactérias vêm sendo alvo de sucessivas investigações, porque a sua presença no planeta se faz sentir há três mil milhões de anos e porque revelam uma notável ubiquidade. Os estudos têm incidido particularmente nas espécies de água doce uma vez que, hoje em dia, e cada vez mais devido à poluição aquática, constituem um risco para a saúde humana e ambiental. No que diz respeito às cianobactérias marinhas, e no que concerne à sua presença nas praias portuguesas e à avaliação da sua possível toxicidade, poucos têm sido os trabalhos realizados. Por essa razão, foram objectivos do presente trabalho: a pesquisa, identificação, isolamento e cultura de cianobactérias marinhas; e a avaliação da toxicidade dos microorganismos cultivados, na sequência da investigação encetada por Martins, em 1999. Nesse sentido foram escolhidas quatro praias da zona centro do país: ESPINHO, MIRA, CABEDELO (Figueira da Foz) e SÃO PEDRO DE MOEL. Do total de amostras recolhidas em cada uma das praias, verificou-se a percentagem de ocorrência de 35,9 %, 50 %, 36,8 % e 56,6 %, respectivamente para as praias de Espinho, Mira, Cabedelo (Figueira da Foz) e São Pedro de Moel. De todas as cianobactérias identificadas apenas se conseguiram cultivar sete, facto que revela a dificuldade de manuseamento destes organismos em laboratório. Para estas foi avaliada a toxicidade utilizando a técnica imunológica E.L.I.S.A. e ensaios em murganho e artémia. Os ensaios em murganho demonstraram que todas as cianobactérias cultivadas produzem compostos que apresentam efeito tóxico a nível do fígado, rim, intestino e pulmão, com particular incidência no intestino, o que pressupõe a produção de uma toxina diarreica. Todos os outros órgãos sofreram lesões histopatológicas mais ligeiras. Os resultados obtidos com artémia indicam que, para as concentrações testadas, as estirpes não são tóxicas para estes organismos. A técnica E.L.I.S.A. revelou pequenas concentrações de microcistinas, toxinas que podem ser r ... |
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