Diagnósticos molecular e citológico de herpesvirus felino tipo 1, chlamydophila felis e mycoplasma felis, em gatos com conjuntivite e/ou doença do trato respiratório superior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, M.
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Fonseca, J., Antunes, L., Albuquerque, C., Almeida, O., Alves, Maria Margarida Ferreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/10162
Resumo: A doença do trato respiratório superior (DTRS), apesar de muito comum em gatos, é frequentemente subvalorizada. Os sinais clínicos apresentados com mais frequência são espirros, tosse, secreção ocular e/ou nasal e conjuntivite. A conjuntivite felina apresenta, maioritariamente, uma natureza infeciosa, tendo como principais responsáveis o Herpesvírus felino-1, Chlamydophila felis e, possivelmente, Mycoplasma felis. Por vezes, o diagnóstico pode tornar-se desafiante, quer pela natureza dos agentes, quer pelos sinais clínicos inespecíficos. Os objetivos do presente trabalho foram: i) realizar o diagnóstico da infeção por estes agentes, através da citologia conjuntival e da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), em gatos com sinais clínicos de DTRS e/ou de conjuntivite e ii) avaliar a concordância entre os resultados do diagnóstico molecular e citológico. Para tal, numa população de 29 gatos com sinais clínicos de DTRS e/ou conjuntivite, foram realizadas duas recolhas de amostras conjuntivais, uma com zaragatoas e outra com escova de citologia, para os diagnósticos molecular e citológico, respetivamente. As citologias foram coradas pelo método de May Grunwald-Giemsa. Para cada amostra, procedeu-se a duas PCR convencionais, para amplificação do DNA de FHV-1 e M.felis e uma PCR em tempo real, para deteção de DNA de C. felis. Ao diagnóstico molecular, foi obtida uma frequência de infeção de 58,6% para FHV-1 e de 31,0% para C. felis. Não foi identificado nenhum gato com infeção por M. felis. No diagnóstico citológico conjuntival, apenas seis animais foram diagnosticados com C. felis, não tendo sido feita nenhuma observação suspeita de infeção para os restantes agentes. Os resultados evidenciaram uma elevada frequência de infeção por FHV-1 e C. felis. A PCR mostrou ser um meio de diagnóstico mais sensível para a deteção dos agentes em estudo, quando comparada com a citologia conjuntival. O presente estudo deixa em aberto a dúvida sobre o papel de M. felis enquanto agente etiológico primário na conjuntivite e DTRS.
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A conjuntivite felina apresenta, maioritariamente, uma natureza infeciosa, tendo como principais responsáveis o Herpesvírus felino-1, Chlamydophila felis e, possivelmente, Mycoplasma felis. Por vezes, o diagnóstico pode tornar-se desafiante, quer pela natureza dos agentes, quer pelos sinais clínicos inespecíficos. Os objetivos do presente trabalho foram: i) realizar o diagnóstico da infeção por estes agentes, através da citologia conjuntival e da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), em gatos com sinais clínicos de DTRS e/ou de conjuntivite e ii) avaliar a concordância entre os resultados do diagnóstico molecular e citológico. Para tal, numa população de 29 gatos com sinais clínicos de DTRS e/ou conjuntivite, foram realizadas duas recolhas de amostras conjuntivais, uma com zaragatoas e outra com escova de citologia, para os diagnósticos molecular e citológico, respetivamente. As citologias foram coradas pelo método de May Grunwald-Giemsa. Para cada amostra, procedeu-se a duas PCR convencionais, para amplificação do DNA de FHV-1 e M.felis e uma PCR em tempo real, para deteção de DNA de C. felis. Ao diagnóstico molecular, foi obtida uma frequência de infeção de 58,6% para FHV-1 e de 31,0% para C. felis. Não foi identificado nenhum gato com infeção por M. felis. No diagnóstico citológico conjuntival, apenas seis animais foram diagnosticados com C. felis, não tendo sido feita nenhuma observação suspeita de infeção para os restantes agentes. Os resultados evidenciaram uma elevada frequência de infeção por FHV-1 e C. felis. A PCR mostrou ser um meio de diagnóstico mais sensível para a deteção dos agentes em estudo, quando comparada com a citologia conjuntival. O presente estudo deixa em aberto a dúvida sobre o papel de M. felis enquanto agente etiológico primário na conjuntivite e DTRS.Upper respiratory tract disease (URTD) is very usual in cats, but quite often underestimated. Main clinical signs are sneezes, cough, ocular and/or nasal secretions and conjunctivitis. Feline conjunctivitis has, mostly, an infectious etiology with feline-1 herpesvirus, Chlamydophila felis and, possibly, Mycoplasma felis as the main causative agents. Diagnosis can, sometimes, become challenging, both by the nature of the agents and the nonspecific clinical signs. The goals of this study were: i) to diagnose these agents through conjunctival cytology and Polymerase Chain Reaction (PCR), in cats with clinical signs of URTD and/or conjunctivitis and ii) to evaluate the concordance of molecular and cytological results. For this purpose, in a population of 29 cats with clinical signs of URTD and/or conjunctivitis, two conjunctival samples were taken, one with a swab, for PCR and another with a cytology brush, for cytological evaluation. Cytologies were stained with May Grunwald-Giemsa. Two conventional PCRs, for FHV-1 and M. felis, and a real-time PCR for C. felis, were performed for each sample. By PCR, an infection frequency of 58.6% was obtained for FHV-1 and 31.0% for C. felis. M. felis DNA was not detected in all animals. In the conjunctival cytologic diagnosis, only six animals were positive to C. felis and no signs suggestive of infection were observed for the remaining agents. The results evidenced a high frequency of infection by FHV-1 and C. felis. PCR has shown to be more accurate as a diagnostic tool for detecting the studied agents, compared to conjunctival cytology. This study also reinforces the doubt about the possibility of M. felis playing a primary role in both conjunctivitis and URTDEdições Universitárias Lusófonas2020-03-12T17:59:00Z2020-01-01T00:00:00Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/10162porVieira, M.Fonseca, J.Antunes, L.Albuquerque, C.Almeida, O.Alves, Maria Margarida Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-06-23T01:30:34Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/10162Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:12:47.438637Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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