O Projeto Alcora e a Guerra de África (1961 - 1974)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Tiago
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/7851
Resumo: O Trabalho de Investigação Aplicada que se apresenta tem como tema: “O Projecto Alcora e a Guerra de África (1961 – 1974) ” e tem como objectivo identificar os objectivos iniciais estabelecidos pela aliança assinada entre Portugal, República da África do Sul e Rodésia. Durante a Guerra Colonial em que Portugal se envolveu entre 1961 e 1974, o nosso país nem sempre teve, por parte dos tradicionais aliados ocidentais, o apoio que desejou. Para contornar este problema, ao longo daquele período, foi estabelecendo um sistema de alianças que culminaram numa aproximação à República da África do Sul e à Rodésia: os dois últimos países com governos brancos na África Austral. A cooperação com estes dois países evoluiu tão favoravelmente que no início da década de setenta foram assinados uma série de acordos que ficaram designados como Projecto Alcora, ou Exercício Alcora conforme consta nos documentos oficiais. Este trabalho divide-se em duas partes fundamentais. Nos dois primeiros capítulos é analisado o apoio dos tradicionais aliados ocidentais do nosso país durante a guerra: os Estados Unidos da América, a Inglaterra, a França e a República Federal da Alemanha e; o apoio da República da África do Sul e da Rodésia. Nos dois últimos capítulos é analisada a proposta sul-africana para um plano de defesa para a África Austral, considerado como sendo a génese do Exercício Alcora e; o acordo de base do Exercício estabelecido entre os três países. A metodologia utilizada assenta na análise documental e na análise bibliográfica. Conclui-se que o Exercício Alcora funcionou na parte inicial, aquela que é analisada neste trabalho, como uma aliança essencialmente militar que englobava todos os campos de actuação das Forças Armadas dos três países. Tinha em vista a estabilização da situação militar nos países visados, especialmente nos territórios de Angola e Moçambique, estando previsto abranger outros campos de actuação de âmbito civil, com o objectivo de manter os governos brancos da África Austral.
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