Construção e validação de uma grelha de avaliação dos comportamentos do brincar com o corpo, de bebés entre os 10 e os 12 meses, em contexto educativo e sua relação com o perfil sensorial 2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Jéssica
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/44091
Resumo: Introdução: Ao brincar a criança dá significado ao mundo que a rodeia, expressa-se e estabelece relacionamentos com os outros. Objetivos: Construir e validar uma grelha de avaliação dos comportamentos do brincar com o corpo de bebés e relacionar os resultados obtidos com o seu perfil sensorial. Métodos: Foram selecionados 10 bebés com desenvolvimento típico, entre os 10 e 12 meses. Cumpriram-se quatro etapas: 1) desenvolvimento da grelha; 2) validade de conteúdo através do painel de peritos (n=3); 3) pré-teste (n=5) e fidedignidade intra e interobservadores (n=3); 4) aplicação da grelha a uma amostra maior (n=10) e validade convergente, recorrendo-se ao perfil sensorial 2. A fidedignidade foi avaliada através da análise da consistência interna com o teste de Kuder-Richardson, a estabilidade temporal teste-reteste e a fidedignidade interobservadores, através do coeficiente de Kappa. Na análise do score total recorreu-se ao coeficiente de correlação intraclasse e, na validade convergente, à correlação não paramétrica de Spearman. Resultados: A consistência interna é respeitável (α = 0,77). A estabilidade temporal teste-reteste é moderada (ICC = 0,65), bem como a fidedignidade interobservador (ICC = 0,62) na observação dos comportamentos de brincar. Na validade convergente, nenhuma correlação foi estatisticamente significativa. Sete em 10 bebés revelaram disfunção e todos manifestaram disfunção em pelo menos uma das secções sensoriais e comportamentais. A maioria dos bebés demonstrou pelo menos dois comportamentos de brincar com o corpo e dois itens do brincar com o cuidador. Conclusões: A maioria das bebés tem poucos comportamentos de brincar com o corpo e apresenta um brincar imaturo para a faixa etária, sobretudo aqueles com disfunção do sistema vestibular. São necessários mais estudos com amostras maiores e representativas da população portuguesa, bem como a criação de dados normativos e análise de outras propriedades psicométricas.
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