A Ucrânia, a Rússia e a Europa pós-Crimeia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/2941 |
Resumo: | NO AGRAVAR DAS TENSÕES normativas e empí- ricas que constituem o universo social, e a ordem internacional em particular, o ano de 2014 foi colocado ao lado de anos como 1814 e 1914 pelo potencial de transformação que encerraria em termos de mudança estrutural nas relações entre as grandes potências (Shevtsova, 2014). Num universo social de complexidade crescente, em que os instrumentos militares, tal como de resto toda a materialidade, ganham significado e relevância apenas no contexto discursivo mais alargado de ideias e práticas sociais globalizadas, a anexação de facto da Crimeia pela Rússia a 18 de março pareceu emergir como momento de rotura definitiva nas relações entre Ocidente e Rússia, capaz de impor no debate a linguagem fracturante de uma Europa pós-Crimeia. Mas a provar a contingência de toda a análise política, sobretudo a mais apressada e definitiva, o mês de dezembro haveria de trazer o que alguns chamam de fim do interregno – a emergência da Rússia como potência que disputa a hegemonia ocidental e as normas dominantes da ordem internacional – com a queda abrupta do rublo e do PIB, a subida das taxas de juro e a fuga massiva de capitais após as sanções relativas ao conflito na Crimeia e no Donbas. |
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