Representa red eyes gang: Das redes de amizade ao hip hop
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/7483 |
Resumo: | Esta tese é um estudo de caso sobre a problemática das culturas juvenis em contexto urbano e a produção das suas sociabilidades e estilos de vida. O seu trabalho de campo circunscreveu-se à Freguesia da Arrentela (Seixal), pano de fundo da acção colectiva do grupo de jovens Red Eyes Gang. Maioritariamente descendentes de imigrantes africanos, os integrantes desta crew tentam construir identidades positivas (ao recusar os discursos que os representam como “feios, porcos e maus”), num contexto marcado pela pobreza e estigmatização. Este grupo informal apropria-se do estilo rap com uma postura que visa pôr em causa as noções dominantes sobre o seu lugar social, contribuindo na construção de novos significados sobre a sua identidade enquanto jovens, pobres e negros. Ao mesmo tempo, o estilo rap serve de resistência e demarcação aos valores oficiais da sociedade e desenvolve alternativas de inserção social num contexto marcado pela fragilidade das instituições do Estado. Embora os jovens Red Eyes Gang partilhem identificações e estilos de vida, estes adquirem contornos múltiplos. Se há questões importante que os unificam – caso contrário não faria sentido a existência deste colectivo –, há outras que os diferenciam e que estão em disputa no seu interior. Por isso, há diferentes formas de ser jovem e de se apropriar do estilo rap no interior do grupo, o que contraria os discursos que apresentam os jovens das classes desfavorecidas sob uma óptica homogénea e pouco dinâmica. |
id |
RCAP_82319a40507b088b1d432ef589587a8d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/7483 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Representa red eyes gang: Das redes de amizade ao hip hopCultura juvenil -- Youth cultureMúsica Rap -- Rap musicEstilo de vidaIdentidade individualLife styleIdentityEsta tese é um estudo de caso sobre a problemática das culturas juvenis em contexto urbano e a produção das suas sociabilidades e estilos de vida. O seu trabalho de campo circunscreveu-se à Freguesia da Arrentela (Seixal), pano de fundo da acção colectiva do grupo de jovens Red Eyes Gang. Maioritariamente descendentes de imigrantes africanos, os integrantes desta crew tentam construir identidades positivas (ao recusar os discursos que os representam como “feios, porcos e maus”), num contexto marcado pela pobreza e estigmatização. Este grupo informal apropria-se do estilo rap com uma postura que visa pôr em causa as noções dominantes sobre o seu lugar social, contribuindo na construção de novos significados sobre a sua identidade enquanto jovens, pobres e negros. Ao mesmo tempo, o estilo rap serve de resistência e demarcação aos valores oficiais da sociedade e desenvolve alternativas de inserção social num contexto marcado pela fragilidade das instituições do Estado. Embora os jovens Red Eyes Gang partilhem identificações e estilos de vida, estes adquirem contornos múltiplos. Se há questões importante que os unificam – caso contrário não faria sentido a existência deste colectivo –, há outras que os diferenciam e que estão em disputa no seu interior. Por isso, há diferentes formas de ser jovem e de se apropriar do estilo rap no interior do grupo, o que contraria os discursos que apresentam os jovens das classes desfavorecidas sob uma óptica homogénea e pouco dinâmica.The present thesis is a case study of youth cultures in urban settings and of their socialization strategies and life styles. The field work was carried out in the borough of Arrentela (Seixal), which provides the background to the collective action of the Red Eyes Gang. The members of this crew, which are mostly descendants of African immigrants, try to create positive identities (by refusing the discourses that represent them as “ugly, dirty and mean”) in a setting characterized by poverty and stigmatization. This informal group uses rap in a way as to challenge the dominant notions about their social roles, contributing to the production of new meanings to their identity as youngsters, poor and black. Rap serves as a means of resistance to and demarcation from the official social standards and at the same time develops social insertion alternatives in a setting characterized by the weakness of State institutions. Even though the Red Eyes Gang members share identities and life styles, these acquire different shapes. While there are important issues that unite them – otherwise the existence of the group would make no sense – others differentiate them and are in dispute. Therefore, there are different ways of being young and of using rap within the group, which is in contradiction to the discourses that portray lower class youngsters from a homogeneous and very little dynamic perspective.2014-06-06T14:22:52Z2007-01-01T00:00:00Z20072007-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/7483porRaposo, Otávio Ribeiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:27:26Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/7483Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:12:13.786152Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Representa red eyes gang: Das redes de amizade ao hip hop |
title |
Representa red eyes gang: Das redes de amizade ao hip hop |
spellingShingle |
Representa red eyes gang: Das redes de amizade ao hip hop Raposo, Otávio Ribeiro Cultura juvenil -- Youth culture Música Rap -- Rap music Estilo de vida Identidade individual Life style Identity |
title_short |
Representa red eyes gang: Das redes de amizade ao hip hop |
title_full |
Representa red eyes gang: Das redes de amizade ao hip hop |
title_fullStr |
Representa red eyes gang: Das redes de amizade ao hip hop |
title_full_unstemmed |
Representa red eyes gang: Das redes de amizade ao hip hop |
title_sort |
Representa red eyes gang: Das redes de amizade ao hip hop |
author |
Raposo, Otávio Ribeiro |
author_facet |
Raposo, Otávio Ribeiro |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Raposo, Otávio Ribeiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cultura juvenil -- Youth culture Música Rap -- Rap music Estilo de vida Identidade individual Life style Identity |
topic |
Cultura juvenil -- Youth culture Música Rap -- Rap music Estilo de vida Identidade individual Life style Identity |
description |
Esta tese é um estudo de caso sobre a problemática das culturas juvenis em contexto urbano e a produção das suas sociabilidades e estilos de vida. O seu trabalho de campo circunscreveu-se à Freguesia da Arrentela (Seixal), pano de fundo da acção colectiva do grupo de jovens Red Eyes Gang. Maioritariamente descendentes de imigrantes africanos, os integrantes desta crew tentam construir identidades positivas (ao recusar os discursos que os representam como “feios, porcos e maus”), num contexto marcado pela pobreza e estigmatização. Este grupo informal apropria-se do estilo rap com uma postura que visa pôr em causa as noções dominantes sobre o seu lugar social, contribuindo na construção de novos significados sobre a sua identidade enquanto jovens, pobres e negros. Ao mesmo tempo, o estilo rap serve de resistência e demarcação aos valores oficiais da sociedade e desenvolve alternativas de inserção social num contexto marcado pela fragilidade das instituições do Estado. Embora os jovens Red Eyes Gang partilhem identificações e estilos de vida, estes adquirem contornos múltiplos. Se há questões importante que os unificam – caso contrário não faria sentido a existência deste colectivo –, há outras que os diferenciam e que estão em disputa no seu interior. Por isso, há diferentes formas de ser jovem e de se apropriar do estilo rap no interior do grupo, o que contraria os discursos que apresentam os jovens das classes desfavorecidas sob uma óptica homogénea e pouco dinâmica. |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007-01-01T00:00:00Z 2007 2007-06 2014-06-06T14:22:52Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10071/7483 |
url |
http://hdl.handle.net/10071/7483 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/octet-stream application/octet-stream |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134677846458368 |