Desigualdades na divisão do trabalho familiar, sentimento de justiça e processos de comparação social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Poeschl, Gabrielle
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.14417/ap.250
Resumo: Os estudos sobre a organização familiar mostram que, apesar do ingresso em massa das mulheres no mercado de trabalho, poucas mudanças ocorreram na divisão do trabalho familiar entre os cônjuges. Assim, as práticas familiares desiguais mantêm-se em sociedades baseadas numa ética igualitarista sem que, paradoxalmente, esse facto suscite um sentimento de injustiça. Esta constatação originou diversas tentativas de explicação, sendo uma delas que as comparações, selectivas, efectuadas pelas mulheres as levam a considerar a divisão desigual do trabalho familiar apropriada. O presente trabalho procura questionar esta explicação e mostrar que a maior parte das comparações entre homens e mulheres levam a avaliar comportamentos semelhantes de forma diferente, na medida em que esses comportamentos são ajustados aos papéis de género tradicionais e, logo, as suas avaliações assentam numa duplicidade de critérios. É proposto que a utilização de critérios idênticos para os julgamentos relativos às competências e aos papéis dos homens e das mulheres é uma condição indispensável para a justiça social.
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