Análise do potencial da energia das ondas no litoral de angola para a produção de eletricidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/13655 |
Resumo: | O setor energético é um dos que oferece maiores desafios para Angola. O Governo angolano tem realizado várias ações para melhorar o sistema elétrico; não obstante, os resultados continuam longe de satisfazer as necessidades reais de desenvolvimento e as expetativas da população. Por isso, há ainda um longo caminho a percorrer; é fundamental a organização, investimento e a regulação para tornar a eletricidade mais acessível à população. Anualmente, a procura de eletricidade no país cresce em média cerca de 12% e esse número tende a aumentar à medida que o tempo passa. Assim, é necessário criar condições para a estabilização do fornecimento de energia elétrica com fiabilidade; reabilitar, construir e expandir as infraestruturas; interligar os sistemas de produção de eletricidade (Norte, Centro e Sul) e regional (SADC); implementar um tarifário justo, que reflita os custos, de modo a estimular o investimento; melhorar a eficiência e qualidade do produto e serviços de fornecimento. O Plano de Ação do Ministério da Energia e Águas (MINEA), para o período de 2013-2017, reforçou o foco em grandes centrais hidroelétricas através da construção de 2.060 MW para Laúca e de 960 MW para Cambambe II. Atualmente, estes projetos já se encontram em fase de conclusão. Entretanto, existem outros projetos hidroelétricos importantes planeados e alguns que já estão em fase de construção, nomeadamente o de Caculo Cabaça (será o maior aproveitamento hidroelétrico do país), Jamba-Ya-Mina, Jamba-Ya-Oma e Baynes, que é um projeto conjunto com a Namíbia, localizado na fronteira. Olhando para as alterações climáticas que têm ocorrido no mundo, devido à elevada quantidade de gases na atmosfera, como o dióxido de carbono, é responsabilidade de cada Governo criar políticas para o desenvolvimento do país de forma sustentável e limpa, por forma a se reduzir ao máximo os níveis de poluição, contribuindo assim para uma vida saudável na terra. A energia desempenha em qualquer país um papel essencial no desenvolvimento económico e social, proporcionando a elevação dos padrões de qualidade e de bem-estar da população. Assim sendo, Angola reviu em 2014 A Lei Geral da Eletricidade, datada de 31 de Maio de 1996, surgindo com novas Políticas e Estratégia de Segurança Energética Nacional, através do Decreto presidencial n.º 256/11, de 29 de Setembro aprovada em 2008, que define as principais orientações estratégicas para o setor da energia, incluindo a redefinição do quadro institucional vigente, permitindo o crescimento de parques de geração, eletrificação e expansão da rede, revisão tarifária e sustentabilidade económico-financeira, reestruturação e fortalecimento dos operadores do setor da energia, promoção do capital e o aproveitamento das energias renováveis de até 74% da potência instalada, com o recurso hídrico a representar 66% e as restantes energias renováveis 8%, tendo como preocupação a inclusão do meio rural, com o fim de atender ao consumo interno, para 50% a 60% da população e às exportações até 2025. Com uma meta de se ter 95% de toda a capacidade adicional de produção de energia a partir de fontes de energias renováveis até 2030, como estabelecido no Livro Branco CEEAC. Desta feita, a presente dissertação tem como propósito o estudo da viabilidade de aproveitar o potencial da energia dos oceanos (ondas) existentes em Angola, como uma das opções a incluir nas políticas energéticas do país, explorando ao máximo os recursos renováveis para a produção de energia elétrica, de forma limpa e sustentável, com o mínimo de impacto ambiental, contribuindo fundamentalmente para a economia angolana, a população e a melhoria da qualidade do meio ambiente que nos rodeia. |
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Análise do potencial da energia das ondas no litoral de angola para a produção de eletricidadeEnergia das OndasPotencial de Energias Renováveis em AngolaSistemas de Conversão de EnergiaDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Engenharia EletromecânicaO setor energético é um dos que oferece maiores desafios para Angola. O Governo angolano tem realizado várias ações para melhorar o sistema elétrico; não obstante, os resultados continuam longe de satisfazer as necessidades reais de desenvolvimento e as expetativas da população. Por isso, há ainda um longo caminho a percorrer; é fundamental a organização, investimento e a regulação para tornar a eletricidade mais acessível à população. Anualmente, a procura de eletricidade no país cresce em média cerca de 12% e esse número tende a aumentar à medida que o tempo passa. Assim, é necessário criar condições para a estabilização do fornecimento de energia elétrica com fiabilidade; reabilitar, construir e expandir as infraestruturas; interligar os sistemas de produção de eletricidade (Norte, Centro e Sul) e regional (SADC); implementar um tarifário justo, que reflita os custos, de modo a estimular o investimento; melhorar a eficiência e qualidade do produto e serviços de fornecimento. O Plano de Ação do Ministério da Energia e Águas (MINEA), para o período de 2013-2017, reforçou o foco em grandes centrais hidroelétricas através da construção de 2.060 MW para Laúca e de 960 MW para Cambambe II. Atualmente, estes projetos já se encontram em fase de conclusão. Entretanto, existem outros projetos hidroelétricos importantes planeados e alguns que já estão em fase de construção, nomeadamente o de Caculo Cabaça (será o maior aproveitamento hidroelétrico do país), Jamba-Ya-Mina, Jamba-Ya-Oma e Baynes, que é um projeto conjunto com a Namíbia, localizado na fronteira. Olhando para as alterações climáticas que têm ocorrido no mundo, devido à elevada quantidade de gases na atmosfera, como o dióxido de carbono, é responsabilidade de cada Governo criar políticas para o desenvolvimento do país de forma sustentável e limpa, por forma a se reduzir ao máximo os níveis de poluição, contribuindo assim para uma vida saudável na terra. A energia desempenha em qualquer país um papel essencial no desenvolvimento económico e social, proporcionando a elevação dos padrões de qualidade e de bem-estar da população. Assim sendo, Angola reviu em 2014 A Lei Geral da Eletricidade, datada de 31 de Maio de 1996, surgindo com novas Políticas e Estratégia de Segurança Energética Nacional, através do Decreto presidencial n.º 256/11, de 29 de Setembro aprovada em 2008, que define as principais orientações estratégicas para o setor da energia, incluindo a redefinição do quadro institucional vigente, permitindo o crescimento de parques de geração, eletrificação e expansão da rede, revisão tarifária e sustentabilidade económico-financeira, reestruturação e fortalecimento dos operadores do setor da energia, promoção do capital e o aproveitamento das energias renováveis de até 74% da potência instalada, com o recurso hídrico a representar 66% e as restantes energias renováveis 8%, tendo como preocupação a inclusão do meio rural, com o fim de atender ao consumo interno, para 50% a 60% da população e às exportações até 2025. Com uma meta de se ter 95% de toda a capacidade adicional de produção de energia a partir de fontes de energias renováveis até 2030, como estabelecido no Livro Branco CEEAC. Desta feita, a presente dissertação tem como propósito o estudo da viabilidade de aproveitar o potencial da energia dos oceanos (ondas) existentes em Angola, como uma das opções a incluir nas políticas energéticas do país, explorando ao máximo os recursos renováveis para a produção de energia elétrica, de forma limpa e sustentável, com o mínimo de impacto ambiental, contribuindo fundamentalmente para a economia angolana, a população e a melhoria da qualidade do meio ambiente que nos rodeia.The energy sector is one of Angola's great challenges. The Angolan Government has taken several actions to improve the electrical system; however, the results are still far from satisfying the real needs of development and the expectations of the population. So, there is still a long way to go. Organization, investment and the regulation are essential to make electricity more accessible to the population. Annually, the demand for electricity in the country grows by an average of about 12% and that number tends to increase as time goes by. Thus, it is necessary to create conditions for the stabilization of the electricity supply with reliability; rehabilitation, construction and expansion of infrastructure; interconnect electricity production systems (North, Center and South) and regional (SADC); implement a fair energy tariff, reflecting costs, in order to stimulate investment; improve the efficiency and quality of the supply service. The Action Plan of the Ministry of Energy and Water (MINEA), for the period 2013-2017, reinforced the focus on large hydroelectric power plants through the construction of 2,060 MW for Laúca and 960 MW for Cambambe II. Currently, these projects are already underway and being concluded. However, other important hydroelectric projects planned and some that are already under construction, namely Caculo Cabaça (will be the largest hydroelectric project in the country), Jamba-Ya-Mina, Jamba-Ya-Oma and Baynes, which is a project together with Namibia, located on the border. Looking at the climate changes that have occurred in all the world, due to the high amount of gases in the atmosphere, such as carbon dioxide, it is a responsibility of each Government to create policies for the development of the country in a sustainable and clean way, in order to reduce maximum levels of pollution, thus contributing to a healthy life on earth. Energy plays an essential role in any country for economic and social development, providing the raising of quality and welfare standards for the population. So, Angola in 2014, revised the General Electricity Law, dated May 31, 1996, coming up with new National Energy Security Policies and Strategy, through Presidential Decree No. 256/11, of September 29, approved in 2008, which defines the main strategic guidelines for the energy sector, including the redefinition of the current institutional framework, allowing the growth in number of generation parks, electrification and network expansion, tariff review and economic and financial sustainability, restructuring and strengthening of the energy sector's operators, promotion of capital and the use of renewable energies of up to 74% of the installed power, with the water resource representing 66% and the remaining renewable energies 8%, having as concern the inclusion of the rural environment, with the aim of meet domestic consumption, for 50% to 60% of the population, and exportations by 2025. With a goal of having 95% of all additional energy production capacity from renewable energy sources until 2030, as set out in the CEEAC White Paper. Thus, the present dissertation aims to study the viability and feasibility of using the energy potential of oceans waves existing in Angola, as one of the viable options to be included in the country´s energy policies in exploiting the maximum the renewable resources for the production of electric energy in a clean and sustainable way, with minimal environmental impact, fundamentally contributing to the Angolan economy, the population well-being and better environmental conditions.Calado, Maria do Rosario AlvesuBibliorumComboio, Graciano Agostinho Camilo2023-11-13T11:10:52Z2021-06-092021-04-272021-06-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/13655TID:203382897porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:57:19Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/13655Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:53:02.893355Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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