Fisiopatologia, Apresentação Clínica e Tratamento dos Hemangiomas Infantis: revisão da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pessoa, Pedro André Neves
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/97650
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling Fisiopatologia, Apresentação Clínica e Tratamento dos Hemangiomas Infantis: revisão da literaturaInfantile Hemangiomas Physiopathology, Clinical Presentation and Treatment: literature reviewHemangioma infantilModalidades terapêuticasPropranololPatogéneseManifestações clínicasInfantile hemangiomaTherapeutic modalitiesPropranololPathogenesisClinical manifestationsTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaInfantile Hemangiomas (IHs) are the most common benign vascular tumors of childhood. They display an initial proliferative phase in the first months of life, followed by a stabilization phase and end their cycle with a spontaneous involution phase that can last for years. From an epidemiological viewpoint, girls and caucasian patients are more frequently affected. This pathology is associated with some risk factors, the main ones being: low birth weight, chorionic villus biopsy, placenta previa and pre-eclampsia. Immunohistochemistry is useful to distinguish between IH and other vascular anomalies, as the GLUT-1 marker is highly selective for the different IH phases. GLUT-1 is an hypoxia sensor, which suggests that hypoxia activates IH development. IH pathogenesis is not completely understood, but it is based on neovascularization. Its origins appear to be multifactorial, in which several aspects are correlated, from a proliferative origin of progenitor endothelial cells, a placental tissue origin, to a metastatic type origin. The study over the years on the different signaling pathways involved allowed a better understanding of its mechanisms and even the discovery of novel therapeutic weapons. Most IH cases only require clinical surveillance, since they physically manifest as well located and circumscribed lesions that regress without aesthetic or functional compromise. Despite the spontaneous resolution, both short and long term psychosocial impact should not be underestimated. On the other hand, large and specific located lesions can originate both significant marks and functional damage, with a higher probability of complications. In these situations pharmacological therapy should be introduced in an early proliferative phase. Regarding cases of diffuse segmental lesions, medical reasoning should take into account the association to polymalformative syndromes, such as PHACES. In the past, the main therapy was the use of systemic corticosteroids. The accidental discovery of propranolol´s therapeutic efficacy revolutionized how IH treatment is approached, and it is currently the first line of treatment. This drug has shown great efficacy in reducing tumor volume, with long term improvement of aesthetic and functional results, besides being considered safe and effective. Topical timolol can also be a good approach in superficial IHs. When the use of β-blockers is impracticable for any reason, approaches with corticosteroids, vincristine, imiquimod, interferon and sclerotherapy are alternatives to be considered. In certain cases, a non-pharmacological approach using laser or surgery is necessary.Os Hemangiomas Infantis (HIs) são os tumores vasculares benignos mais comuns da infância. Caracterizam-se por uma fase proliferativa inicial que ocorre nos primeiros meses de vida, seguida por uma fase de estabilização e finalizam o seu ciclo com uma fase espontânea de involução que pode durar anos. Do ponto de vista epidemiológico afetam mais frequentemente o sexo feminino e doentes de raça caucasiana. Esta patologia está associada a alguns fatores de risco, dos quais se destacam: baixo peso à nascença, biópsia de vilosidades coriónicas, placenta prévia e pré-eclâmpsia. A imunohistoquímica é útil na distinção entre o HI e outras anomalias vasculares, na medida em que o marcador GLUT-1 é altamente seletivo das diferentes fases do HI. O GLUT-1 é um sensor de hipóxia, sugerindo que esta ativa o desenvolvimento do HI. A patogénese do HI não está totalmente compreendida, mas baseia-se na neovascularização. Aparenta ter uma origem multifatorial, na qual se correlacionam diversos aspetos, desde uma origem proliferativa de células endoteliais progenitoras, uma origem em tecido placentário e até uma origem do tipo metastático. O estudo ao longo dos anos das várias vias de sinalização implicadas permitiu perceber melhor os seus mecanismos e mesmo descobrir novas armas terapêuticas. A maioria dos casos de HI requer apenas vigilância clínica, visto que se apresentam como lesões bem localizadas e circunscritas que regridem sem compromisso estético ou funcional. Apesar desta resolução espontânea, o impacto psicossocial a curto e longo prazo não deve ser desvalorizado. Por outro lado, lesões de grandes dimensões e localizações específicas podem originar marcas significativas e dano funcional, com maior probabilidade de complicações. Nestas situações deve ser instituída terapia farmacológica numa fase proliferativa precoce. No caso de lesões segmentares difusas, a associação a síndromes polimalformativos, como a síndrome PHACES, deve fazer parte do raciocínio clínico. No passado, a terapêutica primordial consistia na utilização de corticosteróides sistémicos. A descoberta acidental da eficácia terapêutica do propranolol revolucionou a abordagem do HI, sendo atualmente a 1ª linha de tratamento. Este fármaco demonstrou grande eficácia na redução do volume tumoral, com melhoria a longo prazo do resultado estético e funcional, além de ser considerado seguro e eficaz. O timolol tópico pode também ser uma boa abordagem em HIs superficiais. Quando o uso de β-bloqueantes é, por algum motivo, inviável, abordagens com corticosteróides, vincristina, imiquimod, interferão e escleroterapia são alternativas a ter em conta. Em determinados casos, uma abordagem não farmacológica com laser ou cirurgia é necessária.2020-07-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/97650http://hdl.handle.net/10316/97650TID:202712885porPessoa, Pedro André Nevesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T06:09:34Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/97650Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:15:38.223332Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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