A maldição dos recursos antes do tempo: expectativas de recursos na África Oriental - uma análise comparada entre Madagáscar e Moçambique

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Conduto, João Pedro Garrido
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/58541
Resumo: A teoria da maldição dos recursos, que na sua génese se foca na componente económica da distribuição de recursos, numa perspetiva da Ciência Política e Relações Internacionais pretende estabelecer e demonstrar uma relação entre a abundância de recursos e fenómenos políticos como a ocorrência de conflito violento, a permanência de regimes autoritários e o aumento dos níveis de corrupção governamental, entre outros. Inserindo-se no domínio desta teoria, autores como J.G. Frynas, Geoffrey Wood e Pedro C. Vicente têm desenvolvido projetos e dedicado os seus estudos a um fenómeno muito específico que merece mais atenção do ponto de vista da investigação em Ciências Sociais: o impacto da expectativa de recursos no campo político. Esta abordagem, semelhante à maldição dos recursos (e partindo da mesma), foca-se em Estados que, possuindo reservas de recursos (gás, petróleo, diamantes, entre outros), começam a sofrer implicações políticas mesmo antes da exploração dos recursos ter sido iniciada. O presente estudo propõe uma investigação neste sentido, recorrendo a dois estudos de caso da África Subsariana (região simultaneamente rica em recursos e em desafios políticos): Madagáscar e Moçambique. Partilhando algumas caraterísticas (localização geográfica, instabilidade política, abundância de recursos, altos níveis de pobreza) e divergindo noutras (legados coloniais distintos, diferente tipologia de recursos), os dois Estados africanos têm um forte potencial para contribuir nesta linha de pensamento, de um ponto de vista comparado.
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