Vantajosas cautelas (2). A defesa de elefante recolhida no mar ao largo do Cabo Sardão e a sua cronologia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/36977 |
Resumo: | A datação da defesa de elefante recolhida em 1978 no Cabo Sardão vem ilustrar a existência de importações de marfim africano em bruto para o território português continental a partir da segunda metade do século XV, a par dos bem conhecidos objectos de marfim manufacturados com aquela origem, que na Europa constituíam produtos sumptuários. Tal comércio conheceu significativo acréscimo nos séculos seguintes, generalizando-se geograficamente a outras regiões, no âmbito de processo de globalização económica cada vez mais acentuado, como é exemplarmente ilustrado pelo recente achado de mais de 100 defesas de elefante em naufrágio da baía da Horta (Açores). Deste modo, a hipótese do presente achado poder representar evidência do comércio marítimo de época fenício-púnica ao longo do litoral português, a qual detinha expressivo paralelo peninsular, representado pelo naufrágio de Bajo de la Campana (Cartagena), ficou definitivamente esclarecida, não sendo menos interessante a conclusão a que agora foi possível chegar, em resultado da datação directa pelo radiocarbono obtida. |
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Vantajosas cautelas (2). A defesa de elefante recolhida no mar ao largo do Cabo Sardão e a sua cronologiaA datação da defesa de elefante recolhida em 1978 no Cabo Sardão vem ilustrar a existência de importações de marfim africano em bruto para o território português continental a partir da segunda metade do século XV, a par dos bem conhecidos objectos de marfim manufacturados com aquela origem, que na Europa constituíam produtos sumptuários. Tal comércio conheceu significativo acréscimo nos séculos seguintes, generalizando-se geograficamente a outras regiões, no âmbito de processo de globalização económica cada vez mais acentuado, como é exemplarmente ilustrado pelo recente achado de mais de 100 defesas de elefante em naufrágio da baía da Horta (Açores). Deste modo, a hipótese do presente achado poder representar evidência do comércio marítimo de época fenício-púnica ao longo do litoral português, a qual detinha expressivo paralelo peninsular, representado pelo naufrágio de Bajo de la Campana (Cartagena), ficou definitivamente esclarecida, não sendo menos interessante a conclusão a que agora foi possível chegar, em resultado da datação directa pelo radiocarbono obtida.Centro de Arqueologia de AlmadaRepositório da Universidade de LisboaCardoso, João Luis2019-02-13T11:28:03Z20162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/36977porCardoso, J. L. (2016). Vantajosas cautelas (2). A defesa de elefante recolhida no mar ao largo do Cabo Sardão e a sua cronologia. Al-madan, II-20 222-224.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:33:53Zoai:repositorio.ul.pt:10451/36977Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:51:06.651761Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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