A importação de produtos chineses e o seu impacto nas indústrias da cadeia têxtil brasileira (2002-2018)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/5624 |
Resumo: | As relações bilaterais sino-brasileiras se intensificaram no período 2002-2018. A China, depois das reformas que realizou na sua política econômica, aumentou as suas exportações de produtos têxteis para o mundo, adentrando nos mais variados mercados, inclusive no brasileiro, e se tornou concorrente do país nesse setor. Sendo assim, os problemas levantados nesta dissertação foram: Como se deu a evolução das relações comerciais sino-brasileiras no setor de vestuário? Quais as causas da significativa e progressiva redução da participação da indústria de vestuário no mercado interno do Brasil? A intensificação das relações comerciais sino-brasileiras foi o vetor determinante na redução da participação de atividades da indústria têxtil do vestuário no market share do brasileiro? O não crescimento de postos de trabalho frente a taxa de expectativa de crescimento do emprego do setor têxtil-vestuário brasileiro deveu-se a “transferência” de uma fração deste para continente asiático tendo como destino a força laboral têxtil chinesa? O objetivo geral desta investigação foi o de analisar as relações comerciais entre a China e o Brasil no âmbito dos produtos do vestuário têxtil, nomeadamente na produção e comercialização destes artigos. A hipótese levantada neste estudo foi a seguinte: a entrada da China na OMC, desde 2001, expôs sobremaneira a defasagem do setor têxtil-vestuário do Brasil frente a um concorrente agressivo e com viés comercial hegemônico notadamente na industria de transformação de intensiva utilização de mão-de-obra. O recorte temporal, 2002 a 2018, foi escolhido porque neste período houve a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), bem como o fim do Acordo sobre Têxteisvestuário (ATV)(1995-2004). Investigar o impacto das relações comerciais sino-brasileiras na indústria têxtil do Brasil é de primordial importância para entender a dinâmica deste setor na economia interna brasileira. Neste sentido, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas com entidades patronais, associações empresariais, empresários diretores de empresas inativas e ativas do setor têxtil Brasil. O tipo dessa pesquisa foi quantitativa e qualitativa. O método hipotético-dedutivo permitiu responder os problemas postos nessa investigação. Por fim, conclui-se que as importações brasileiras de produtos têxteis do vestuário chinês trouxeram consigo diversas consequências tais como: alto risco de uma futura desindustrialização do setor; perda de potencial postos de trabalho na indústria nacional de confecção e negociações de vendas junto a grandes empresas do varejo cada vez mais difíceis de preservar margens positivas de lucro, devido a concorrência direta com artigos daquele país. Por sua vez, não se pode olvidar que a abertura do mercado brasileiro para produtos chineses trouxe para o consumidor brasileiro também algumas vantagens: os 4 produtos com custos mais baratos e com razoável qualidade; o aumento da competição do setor; uma maior oferta de produtos mais bem acabados e com qualidade em função de maior investimento das confecções no desenvolvimento de novos produtos e o aumento também da qualidade das roupas como forma de buscar diferenciar dos artigos fabricados em larga escala na China. |
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