LESÕES RADIOGRÁFICAS DE OSTEOARTRITE NA EXTREMIDADE DISTAL E NO TARSO DE CAVALOS DE DESPORTO.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, A.
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Ramos, S., Couto, D., Paixão, G., Matos, R., Cardoso, M., Monteiro, S., Alexandre, N., Gama, L.T., Bettencourt, E.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/25333
Resumo: Introdução e objetivos A avaliação radiológica do sistema locomotor faz atualmente parte da avaliação de rotina em equinos, com o objetivo de diagnosticar alterações que possam comprometer a vida desportiva do cavalo. Presentemente existem alguns estudos sobre os achados radiográficos em cavalos de desporto, sendo que, os mais comuns são relacionados com a presença de osteoartrite (OA). O objetivo deste estudo foi i) identificar as alterações radiográficas mais comuns, associadas a OA, nas articulações do tarso e da extremidade distal, em cavalos de desporto; ii) avaliar a existência de correlações entre as articulações com alterações. Metodologia e resultados Neste estudo foram incluídos 113 cavalos com idades compreendidas entre os 3 e os 25 anos, das raças Puro Sangue Lusitano, Cruzado Português e Puro Sangue Árabe. As articulações avaliadas foram as interfalângicas distal (IFD) e proximal (IFP), metacarpo-falângica (MCF), metatarso-falângica (MTF), tarso-metatársica (TMT) e intertársicas distal (ITD) e proximal (ITP) e tíbio-társica (TT). As alterações radiográficas foram classificadas utilizando uma escala baseada na severidade das lesões (0-4) (adaptada de Kellgren and Lawrence, 1957 e de Grauw et al., 2006). Os dados foram avaliados com o programa SAS. As articulações mais afetadas foram a TMT (score≥1 em 91% e 87% das articulações do membro posterior direito (MPD) e membro posterior esquerdo (MPE), respetivamente) e a ITD (score≥1 em 73% e 63% das articulações do MPD e MPE). Nos membros anteriores a articulação mais afetada foi a IFP (66% com score≥1). Alterações mais severas (grau 3 ou 4) foram encontradas apenas em casos pontuais, sobretudo nas articulações MCF (4%) e TMT (5%). Verificou-se uma forte correlação entre articulações de membros contralaterais, sendo que a existência de alterações numa articulação está correlacionada com a existência de alteração na mesma articulação contralateral (p<0,001; correlação 0,40 e 0,44 para IFD e MCF e MTF). Conclusão As articulações mais afetadas nos membros posteriores foram as articulações do tarso, o que está de acordo com o descrito por outros autores. Nos membros anteriores a articulação mais frequentemente afetada foi a IFP, sendo este um achado frequente em exames radiológicos de rotina e de significado clínico questionável, para muitos médicos veterinários. De realçar que, neste estudo, a maioria dos achados radiográficos foram classificados com score 1, pelo que poderão ser considerados como uma variante de normalidade, sendo questionável a sua importância clínica. Salienta-se ainda a forte correlação existente entre articulações de membros contralaterais, que nos indica a possível existência da influência de particularidades de conformação da extremidade distal na existência de lesões radiológicas. Financiamento: Projeto Novas metodologias no diagnóstico de doença articular em equinos, ALT20-03-0246-FEDER-000019
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