(DES)AFECTOS: o impacto da violência conjugal no funcionamento psicológico das vítimas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/127 http://hdl.handle.net/20.500.11816/127 |
Resumo: | Nos anos 90 em Portugal, a violência contra as mulheres nas relações conjugais assume uma área de estudo relevante, chamando a atenção de investigadores e instituições para uma realidade ainda hoje escondida. A visibilidade crescente da violência doméstica tem vindo a demonstrar a sua associação a um importante conjunto de repercussões psicológicas nas vítimas. É um problema de saúde pública que ultrapassa barreiras socioeconómicas, raciais, culturais ou geográficas (Garcia-Moreno, Jansen, Ellberg, Heise & Watts, 2006 in Blanchard, 2007). A revisão da literatura efectuada sobre a violência doméstica, permitiu confirmar que estamos na presença de um fenómeno complexo, onde interferem muitos factores. Não sendo possível estudar todas as suas dimensões, direccionamos o nosso trabalho para a violência que ocorre estritamente na relação de conjugal e o seu impacto na mulher vítima. Segundo um estudo das Nações Unidas (2006) sobre todas as formas de violência contra a mulher, esta é a forma mais comum de violência experimentada pelas mulheres em todo o mundo. Neste sentido, o presente estudo constitui uma reflexão sobre os conceitos de violência doméstica e conjugal, contribuindo para uma melhor caracterização deste fenómeno e para uma compreensão mais clara da relação entre a violência sofrida, e a saúde ou bem-estar da «mulher batida». Num plano empírico procurou-se avaliar o impacto dos abusos sofridos no funcionamento psicológico e nas dimensões da vida das vítimas. Foram administrados a 52 mulheres vítimas de violência conjugal, sinalizadas por instituições da região norte do país, o Questionário de Violência Doméstica (Quintas, Serra, Oliveira, Alves e Pacheco, 2008), o Brief Symptom Inventory (BSI) – (Derogatis, 1982 versão portuguesa Canavarro, 1999) e o Questionário de Resposta Emocional à Violência Doméstica e Sexual (REV) – (Soler, Barreto e González, 2005; versão experimental de Quintas, Serra, Oliveira, Alves e Pacheco, 2008). Os resultados encontrados sugerem a presença de múltipla vitimação na maioria da amostra estudada e a existência de sintomatologia diferenciada face à natureza das práticas de violência sofrida e da severidade da mesma, nomeadamente sintomas de PTSD, alterações no ajustamento psicossocial, ideação paranóide, somatização, depressão e ansiedade, comparativamente com os dados normativos. |
id |
RCAP_84801ebdbf695de3d19645486445240b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.cespu.pt:20.500.11816/127 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
(DES)AFECTOS: o impacto da violência conjugal no funcionamento psicológico das vítimasviolência conjugalNos anos 90 em Portugal, a violência contra as mulheres nas relações conjugais assume uma área de estudo relevante, chamando a atenção de investigadores e instituições para uma realidade ainda hoje escondida. A visibilidade crescente da violência doméstica tem vindo a demonstrar a sua associação a um importante conjunto de repercussões psicológicas nas vítimas. É um problema de saúde pública que ultrapassa barreiras socioeconómicas, raciais, culturais ou geográficas (Garcia-Moreno, Jansen, Ellberg, Heise & Watts, 2006 in Blanchard, 2007). A revisão da literatura efectuada sobre a violência doméstica, permitiu confirmar que estamos na presença de um fenómeno complexo, onde interferem muitos factores. Não sendo possível estudar todas as suas dimensões, direccionamos o nosso trabalho para a violência que ocorre estritamente na relação de conjugal e o seu impacto na mulher vítima. Segundo um estudo das Nações Unidas (2006) sobre todas as formas de violência contra a mulher, esta é a forma mais comum de violência experimentada pelas mulheres em todo o mundo. Neste sentido, o presente estudo constitui uma reflexão sobre os conceitos de violência doméstica e conjugal, contribuindo para uma melhor caracterização deste fenómeno e para uma compreensão mais clara da relação entre a violência sofrida, e a saúde ou bem-estar da «mulher batida». Num plano empírico procurou-se avaliar o impacto dos abusos sofridos no funcionamento psicológico e nas dimensões da vida das vítimas. Foram administrados a 52 mulheres vítimas de violência conjugal, sinalizadas por instituições da região norte do país, o Questionário de Violência Doméstica (Quintas, Serra, Oliveira, Alves e Pacheco, 2008), o Brief Symptom Inventory (BSI) – (Derogatis, 1982 versão portuguesa Canavarro, 1999) e o Questionário de Resposta Emocional à Violência Doméstica e Sexual (REV) – (Soler, Barreto e González, 2005; versão experimental de Quintas, Serra, Oliveira, Alves e Pacheco, 2008). Os resultados encontrados sugerem a presença de múltipla vitimação na maioria da amostra estudada e a existência de sintomatologia diferenciada face à natureza das práticas de violência sofrida e da severidade da mesma, nomeadamente sintomas de PTSD, alterações no ajustamento psicossocial, ideação paranóide, somatização, depressão e ansiedade, comparativamente com os dados normativos.2011-11-02T10:52:04Z2010-01-01T00:00:00Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/127http://hdl.handle.net/20.500.11816/127porOliveira, Manuela Antónia Alves Marques deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-05-31T13:59:17Zoai:repositorio.cespu.pt:20.500.11816/127Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:57:08.809283Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
(DES)AFECTOS: o impacto da violência conjugal no funcionamento psicológico das vítimas |
title |
(DES)AFECTOS: o impacto da violência conjugal no funcionamento psicológico das vítimas |
spellingShingle |
(DES)AFECTOS: o impacto da violência conjugal no funcionamento psicológico das vítimas Oliveira, Manuela Antónia Alves Marques de violência conjugal |
title_short |
(DES)AFECTOS: o impacto da violência conjugal no funcionamento psicológico das vítimas |
title_full |
(DES)AFECTOS: o impacto da violência conjugal no funcionamento psicológico das vítimas |
title_fullStr |
(DES)AFECTOS: o impacto da violência conjugal no funcionamento psicológico das vítimas |
title_full_unstemmed |
(DES)AFECTOS: o impacto da violência conjugal no funcionamento psicológico das vítimas |
title_sort |
(DES)AFECTOS: o impacto da violência conjugal no funcionamento psicológico das vítimas |
author |
Oliveira, Manuela Antónia Alves Marques de |
author_facet |
Oliveira, Manuela Antónia Alves Marques de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Manuela Antónia Alves Marques de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
violência conjugal |
topic |
violência conjugal |
description |
Nos anos 90 em Portugal, a violência contra as mulheres nas relações conjugais assume uma área de estudo relevante, chamando a atenção de investigadores e instituições para uma realidade ainda hoje escondida. A visibilidade crescente da violência doméstica tem vindo a demonstrar a sua associação a um importante conjunto de repercussões psicológicas nas vítimas. É um problema de saúde pública que ultrapassa barreiras socioeconómicas, raciais, culturais ou geográficas (Garcia-Moreno, Jansen, Ellberg, Heise & Watts, 2006 in Blanchard, 2007). A revisão da literatura efectuada sobre a violência doméstica, permitiu confirmar que estamos na presença de um fenómeno complexo, onde interferem muitos factores. Não sendo possível estudar todas as suas dimensões, direccionamos o nosso trabalho para a violência que ocorre estritamente na relação de conjugal e o seu impacto na mulher vítima. Segundo um estudo das Nações Unidas (2006) sobre todas as formas de violência contra a mulher, esta é a forma mais comum de violência experimentada pelas mulheres em todo o mundo. Neste sentido, o presente estudo constitui uma reflexão sobre os conceitos de violência doméstica e conjugal, contribuindo para uma melhor caracterização deste fenómeno e para uma compreensão mais clara da relação entre a violência sofrida, e a saúde ou bem-estar da «mulher batida». Num plano empírico procurou-se avaliar o impacto dos abusos sofridos no funcionamento psicológico e nas dimensões da vida das vítimas. Foram administrados a 52 mulheres vítimas de violência conjugal, sinalizadas por instituições da região norte do país, o Questionário de Violência Doméstica (Quintas, Serra, Oliveira, Alves e Pacheco, 2008), o Brief Symptom Inventory (BSI) – (Derogatis, 1982 versão portuguesa Canavarro, 1999) e o Questionário de Resposta Emocional à Violência Doméstica e Sexual (REV) – (Soler, Barreto e González, 2005; versão experimental de Quintas, Serra, Oliveira, Alves e Pacheco, 2008). Os resultados encontrados sugerem a presença de múltipla vitimação na maioria da amostra estudada e a existência de sintomatologia diferenciada face à natureza das práticas de violência sofrida e da severidade da mesma, nomeadamente sintomas de PTSD, alterações no ajustamento psicossocial, ideação paranóide, somatização, depressão e ansiedade, comparativamente com os dados normativos. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-01-01T00:00:00Z 2010 2011-11-02T10:52:04Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/127 http://hdl.handle.net/20.500.11816/127 |
url |
https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/127 http://hdl.handle.net/20.500.11816/127 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799131645664559104 |