Teletrabalho em tempo de pandemia:
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.18055/Finis28818 |
Resumo: | O teletrabalho, adotado por muitas empresas e instituições em resposta à pandemia, contribuiu de forma positiva para a minimização da poluição atmosférica, para o aumento do tempo com a família e para a redução de custos de deslocação no orçamento familiar. Contudo, levantou incertezas relativamente aos seus efeitos positivos, uma vez que gerou o aumento da intensidade de trabalho, o isolamento social e a afetação psicológica dos trabalhadores, levando a questionar o futuro dos modelos de trabalho híbridos que possam ter surgido. Este artigo tem como principal objetivo identificar o impacto da COVID-19 na utilização do teletrabalho e discutir os seus efeitos nas famílias. O trabalho foi realizado na Área Metropolitana de Lisboa Norte, em pleno contexto pandémico. Em termos metodológicos, identificaram-se quais os setores em que o teletrabalho tem maior expressão para, numa segunda etapa, se realizar um inquérito que permitisse aferir as práticas diárias e os padrões de mobilidade das famílias. Os resultados sugerem que a opção de adotar o regime de trabalho remoto não é unânime por parte dos inquiridos, tendo-se identificado efeitos para as famílias. Por sua vez, este método de trabalho, ainda que tenha dificultado a separação entre vida pessoal e profissional, possibilitou a poupança de tempo e gastos utilizados nas deslocações diárias casa-trabalho, como apontado pelos inquiridos. Como conclusões, avançamos que os desafios dos modelos de teletrabalho ou modelos híbridos poderão prender-se com: a gestão de tempo e a work-family balance; a perceção de produtividade empregado/empregador; a noção do direito a ‘desligar’; e a melhoria na saúde mental e ambiental. |
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Teletrabalho em tempo de pandemia:El teletrabajo en tiempos de pandemia:Teletrabalho em tempo de pandemia:Secção temática - Saúde e território em contexto de pós-pandemiaO teletrabalho, adotado por muitas empresas e instituições em resposta à pandemia, contribuiu de forma positiva para a minimização da poluição atmosférica, para o aumento do tempo com a família e para a redução de custos de deslocação no orçamento familiar. Contudo, levantou incertezas relativamente aos seus efeitos positivos, uma vez que gerou o aumento da intensidade de trabalho, o isolamento social e a afetação psicológica dos trabalhadores, levando a questionar o futuro dos modelos de trabalho híbridos que possam ter surgido. Este artigo tem como principal objetivo identificar o impacto da COVID-19 na utilização do teletrabalho e discutir os seus efeitos nas famílias. O trabalho foi realizado na Área Metropolitana de Lisboa Norte, em pleno contexto pandémico. Em termos metodológicos, identificaram-se quais os setores em que o teletrabalho tem maior expressão para, numa segunda etapa, se realizar um inquérito que permitisse aferir as práticas diárias e os padrões de mobilidade das famílias. Os resultados sugerem que a opção de adotar o regime de trabalho remoto não é unânime por parte dos inquiridos, tendo-se identificado efeitos para as famílias. Por sua vez, este método de trabalho, ainda que tenha dificultado a separação entre vida pessoal e profissional, possibilitou a poupança de tempo e gastos utilizados nas deslocações diárias casa-trabalho, como apontado pelos inquiridos. Como conclusões, avançamos que os desafios dos modelos de teletrabalho ou modelos híbridos poderão prender-se com: a gestão de tempo e a work-family balance; a perceção de produtividade empregado/empregador; a noção do direito a ‘desligar’; e a melhoria na saúde mental e ambiental.Telework, adopted by many companies and institutions in response to the pandemic, has made a positive contribution to minimizing air pollution, increasing time with the family, and reducing travel costs in the family budget. However, it has led to uncertainties regarding its positive effects, since it has also led to increased work intensity, social isolation, and psychological distress on workers, leading to questions about the future of hybrid work models that may have emerged. This article has as its main objective to identify the impact of COVID-19 on the use of telework and discuss its effects on families. The work was performed in the North Lisbon Metropolitan Area in the middle of the pandemic context. In methodological terms, we identified the sectors in which teleworking is more prevalent, so that in a second stage, we carried out a survey to assess the daily practices and mobility patterns of the families. The results suggest that the option to adopt the remote working regime is not unanimous among the respondents, having been identified contradictory effects for families. In turn, although telework has made the separation between personal and professional life more difficult, has allowed the saving of time and expenses used in commuting, as pointed out by the respondents. We concluded that the challenges of telework or hybrid models might be related to: time management and work-family balance; the perception of employee/employer productivity; the notion of the individual’s right to 'disconnect'; and improvement in mental and environmental health.El teletrabajo, adoptado por muchas empresas e instituciones en respuesta a la pandemia, ha contribuido positivamente a minimizar la contaminación atmosférica, a aumentar el tiempo con la familia y a reducir los gastos de desplazamiento en el presupuesto familiar. Sin embargo, ha provocado que se planteen incertidumbres sobre sus efectos positivos, como el aumento de la intensidad del trabajo, el aislamiento social y la afectación psicológica de los trabajadores, lo que hace que se cuestione el futuro de los modelos de trabajo híbridos que puedan haber surgido. Este articulo tiene como objetivo principal identificar el impacto de COVID-19 en el uso del teletrabajo y discutir sus efectos en las familias. El trabajo se realizó en el Área Metropolitana de Lisboa Norte en pleno contexto de pandemia. Desde el punto de vista metodológico, se trató de identificar los sectores en los que el teletrabajo está más extendido, para que en una segunda fase se realizara una encuesta que permitiera conocer las prácticas cotidianas y los patrones de movilidad de las familias. Los resultados sugieren que la opción de adoptar el trabajo a distancia no es unánime entre los encuestados, y se han identificado efectos contradictorios para las familias. A su vez, este método de trabajo, aunque ha dificultado la separación entre la vida personal y la profesional, ha permitido ahorrar el tiempo y los gastos empleados en los desplazamientos, como señalan los encuestados. Como conclusiones, adelantamos que los retos de los modelos de teletrabajo o de los modelos híbridos pueden referirse a: la gestión del tiempo y el equilibrio trabajo-familia; la percepción de la productividad del empleado/empleador; la noción del derecho a "desconectar"; y la mejora de la salud mental y ambiental.Centro de Estudos Geográficos2022-12-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.18055/Finis28818por2182-29050430-5027Veloso, Ana PatríciaMarques da Costa, EduardaAbrantes, Patríciainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-06T15:14:40Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/28818Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-06T15:14:40Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O teletrabalho, adotado por muitas empresas e instituições em resposta à pandemia, contribuiu de forma positiva para a minimização da poluição atmosférica, para o aumento do tempo com a família e para a redução de custos de deslocação no orçamento familiar. Contudo, levantou incertezas relativamente aos seus efeitos positivos, uma vez que gerou o aumento da intensidade de trabalho, o isolamento social e a afetação psicológica dos trabalhadores, levando a questionar o futuro dos modelos de trabalho híbridos que possam ter surgido. Este artigo tem como principal objetivo identificar o impacto da COVID-19 na utilização do teletrabalho e discutir os seus efeitos nas famílias. O trabalho foi realizado na Área Metropolitana de Lisboa Norte, em pleno contexto pandémico. Em termos metodológicos, identificaram-se quais os setores em que o teletrabalho tem maior expressão para, numa segunda etapa, se realizar um inquérito que permitisse aferir as práticas diárias e os padrões de mobilidade das famílias. Os resultados sugerem que a opção de adotar o regime de trabalho remoto não é unânime por parte dos inquiridos, tendo-se identificado efeitos para as famílias. Por sua vez, este método de trabalho, ainda que tenha dificultado a separação entre vida pessoal e profissional, possibilitou a poupança de tempo e gastos utilizados nas deslocações diárias casa-trabalho, como apontado pelos inquiridos. Como conclusões, avançamos que os desafios dos modelos de teletrabalho ou modelos híbridos poderão prender-se com: a gestão de tempo e a work-family balance; a perceção de produtividade empregado/empregador; a noção do direito a ‘desligar’; e a melhoria na saúde mental e ambiental. |
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