A grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e Rieff

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Craveiro, Ana Margarida
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/521
Resumo: O Novo Humanitarismo consolidou-se nos anos 90 como novo paradigma da acção humanitária, importante instrumento de suporte à resolução de conflitos, pela apresentação de um novo entendimento sobre os seus valores e operacionalização. Num momento de necessária avaliação, a pergunta a fazer é se o humanitarismo evoluiu para melhor, ou se deveria tentar recuperar o que se perdeu. Neste artigo, são colocadas duas hipóteses em confronto, segundo dois autores: o Novo Humanitarismo está a ser usado por um modelo de governação específico para expansão de uma agenda própria (Mark Duffield) ou corrompeu- se a si mesmo pelo desenvolvimento de relações ambíguas com o poder político (David Rieff). Interpretando-as como uma tese e a sua antítese, dado que ambos os autores tiveram responsabilidades no desenvolvimento do Novo Humanitarismo apesar dos radicalmente diferentes pressupostos, sugere-se como síntese que houve de facto uma substituição do poder político pela acção humanitária, obrigada a um mandato muito mais alargado, bem para além da sua raison d’être original. Não é desejável ignorar a história recente, advogando-se aqui por uma clara limitação à acção humanitária, através de uma redefinição do seu papel.
id RCAP_8496517e0599eefc289ed12e3e32429a
oai_identifier_str oai:comum.rcaap.pt:10400.26/521
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e RieffConflitosOperações humanitáriasHumanismoPoder políticoOrganizações internacionaisReconstruçãoDireitos humanosONUPós-guerraO Novo Humanitarismo consolidou-se nos anos 90 como novo paradigma da acção humanitária, importante instrumento de suporte à resolução de conflitos, pela apresentação de um novo entendimento sobre os seus valores e operacionalização. Num momento de necessária avaliação, a pergunta a fazer é se o humanitarismo evoluiu para melhor, ou se deveria tentar recuperar o que se perdeu. Neste artigo, são colocadas duas hipóteses em confronto, segundo dois autores: o Novo Humanitarismo está a ser usado por um modelo de governação específico para expansão de uma agenda própria (Mark Duffield) ou corrompeu- se a si mesmo pelo desenvolvimento de relações ambíguas com o poder político (David Rieff). Interpretando-as como uma tese e a sua antítese, dado que ambos os autores tiveram responsabilidades no desenvolvimento do Novo Humanitarismo apesar dos radicalmente diferentes pressupostos, sugere-se como síntese que houve de facto uma substituição do poder político pela acção humanitária, obrigada a um mandato muito mais alargado, bem para além da sua raison d’être original. Não é desejável ignorar a história recente, advogando-se aqui por uma clara limitação à acção humanitária, através de uma redefinição do seu papel.Instituto da Defesa NacionalRepositório ComumCraveiro, Ana Margarida2011-01-12T18:29:24Z20082008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/521por0870-757Xinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-30T06:38:02Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/521Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:36:30.634201Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e Rieff
title A grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e Rieff
spellingShingle A grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e Rieff
Craveiro, Ana Margarida
Conflitos
Operações humanitárias
Humanismo
Poder político
Organizações internacionais
Reconstrução
Direitos humanos
ONU
Pós-guerra
title_short A grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e Rieff
title_full A grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e Rieff
title_fullStr A grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e Rieff
title_full_unstemmed A grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e Rieff
title_sort A grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e Rieff
author Craveiro, Ana Margarida
author_facet Craveiro, Ana Margarida
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório Comum
dc.contributor.author.fl_str_mv Craveiro, Ana Margarida
dc.subject.por.fl_str_mv Conflitos
Operações humanitárias
Humanismo
Poder político
Organizações internacionais
Reconstrução
Direitos humanos
ONU
Pós-guerra
topic Conflitos
Operações humanitárias
Humanismo
Poder político
Organizações internacionais
Reconstrução
Direitos humanos
ONU
Pós-guerra
description O Novo Humanitarismo consolidou-se nos anos 90 como novo paradigma da acção humanitária, importante instrumento de suporte à resolução de conflitos, pela apresentação de um novo entendimento sobre os seus valores e operacionalização. Num momento de necessária avaliação, a pergunta a fazer é se o humanitarismo evoluiu para melhor, ou se deveria tentar recuperar o que se perdeu. Neste artigo, são colocadas duas hipóteses em confronto, segundo dois autores: o Novo Humanitarismo está a ser usado por um modelo de governação específico para expansão de uma agenda própria (Mark Duffield) ou corrompeu- se a si mesmo pelo desenvolvimento de relações ambíguas com o poder político (David Rieff). Interpretando-as como uma tese e a sua antítese, dado que ambos os autores tiveram responsabilidades no desenvolvimento do Novo Humanitarismo apesar dos radicalmente diferentes pressupostos, sugere-se como síntese que houve de facto uma substituição do poder político pela acção humanitária, obrigada a um mandato muito mais alargado, bem para além da sua raison d’être original. Não é desejável ignorar a história recente, advogando-se aqui por uma clara limitação à acção humanitária, através de uma redefinição do seu papel.
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008
2008-01-01T00:00:00Z
2011-01-12T18:29:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.26/521
url http://hdl.handle.net/10400.26/521
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 0870-757X
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto da Defesa Nacional
publisher.none.fl_str_mv Instituto da Defesa Nacional
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134929894768640