O antifrancesismo no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/28702 |
Resumo: | Se revisitarmos a História do Brasil, os franceses estiveram conosco desde os primórdios da nossa colonização, inegavelmente marcaram presença na vida brasileira, ainda que essa participação tenha sido de forma pontual, isto é, no século XIX através da Missão Artística (1816) e no século XX através da fundação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (1934) em São Paulo. A França protagonizou um papel de destaque em nossas artes e em nossa formação intelectual e teve, portanto, a sua participação em nossa história. Ao consultarmos os nossos documentos históricos, percebemos nitidamente a forma ambivalente que os brasileiros sempre reagiram em relação à cultura francesa: ora assimilando-a de forma acrítica, tentando implementá-la em território nacional sem uma reflexão mais profunda da nossa realidade, ora rejeitando-a de uma forma um pouco caricatural, ou seja, desvalorizando completamente o legado deixado pela França ao nosso país. Esse grande debate ideológico que mobilizou políticos e intelectuais, brasileiros e estrangeiros durante mais de um século, polarizou-se em duas correntes: uma adepta ao francesismo e outra, ao antifrancesismo. Em sendo assim, ao estudarmos as origens do antifrancesismo em nosso país, defrontamo-nos com um discurso que paradoxalmente sempre coexistiu com a apologia ao francesismo em suas expressões sociais, culturais, políticas e literárias, mas que, no início no século XX, tomou outros rumos dentro de uma nova configuração internacional. |
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O antifrancesismo no BrasilAnti-frenchismEl antifrancesismo en BrasilMissão artísticaFrancesismoCulturaEstados UnidosSe revisitarmos a História do Brasil, os franceses estiveram conosco desde os primórdios da nossa colonização, inegavelmente marcaram presença na vida brasileira, ainda que essa participação tenha sido de forma pontual, isto é, no século XIX através da Missão Artística (1816) e no século XX através da fundação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (1934) em São Paulo. A França protagonizou um papel de destaque em nossas artes e em nossa formação intelectual e teve, portanto, a sua participação em nossa história. Ao consultarmos os nossos documentos históricos, percebemos nitidamente a forma ambivalente que os brasileiros sempre reagiram em relação à cultura francesa: ora assimilando-a de forma acrítica, tentando implementá-la em território nacional sem uma reflexão mais profunda da nossa realidade, ora rejeitando-a de uma forma um pouco caricatural, ou seja, desvalorizando completamente o legado deixado pela França ao nosso país. Esse grande debate ideológico que mobilizou políticos e intelectuais, brasileiros e estrangeiros durante mais de um século, polarizou-se em duas correntes: uma adepta ao francesismo e outra, ao antifrancesismo. Em sendo assim, ao estudarmos as origens do antifrancesismo em nosso país, defrontamo-nos com um discurso que paradoxalmente sempre coexistiu com a apologia ao francesismo em suas expressões sociais, culturais, políticas e literárias, mas que, no início no século XX, tomou outros rumos dentro de uma nova configuração internacional.If we revisit the history of Brazil, French people have been with us since the dawn of our colonization. They undeniably marked presence in Brazilian life. Even though this participation had been in a timely manner, like in the nineteenth century through Arts Mission (1816) and in the twentieth century by the foundation of Faculty of Philosophy, Letters and Human Sciences (1934) in São Paulo. France staged a major role in our arts and our intellectual training and, therefore, had their participation in our history. When we consult our historical documents, we clearly perceive the ambivalent way that Brazilians always reacted in relation to French culture: sometimes assimilating it uncritically, trying to implement it in national territory without a deeper reflection of our reality, sometimes rejecting that somewhat caricatured, i.e. completely devaluating the legacy left by France to our country. This big ideological debate that mobilized politicians and intellectuals, Brazilians and foreigners for more than a century, became polarized into two streams: an adept to Frenchism and another to Anti-Frenchism. That being so, as we study the origins of anti-Frenchism in our country, we are faced with a speech that paradoxically always coexisted with the advocacy of Frenchness in their social, cultural, political and literary expression, but that in the early twentieth century took other paths within a new international configuration.Al revisitar la historia de Brasil, los franceses han estado con nosotros desde los albores de nuestra colonización, sin lugar a dudas marcaron presencia en la vida brasileña, aunque dicha participación ha sido tan puntual, esto es, en el siglo XIX a través de la Misión Artística (1816) y en el siglo XX a través de la fundación de la Facultad de Filosofía, Letras y Ciencias Humanas (1934) en São Paulo. Francia protagonizó un papel destacado en nuestras artes y nuestra formación intelectual y tuve, por lo tanto, su participación en nuestra historia. Al consultar nuestros documentos históricos, percibimos claramente la forma ambivalente que los brasileños siempre reaccionaron en relación con la cultura francesa: sea asimilándola de manera acrítica, intentando implementarla en el territorio nacional sin una reflexión más profunda de nuestra realidad, ya sea rechazándola de forma un tanto caricaturizado, es decir, menospreciando el legado dejado por Francia a nuestro país. Ese gran debate ideológico que movilizó a los políticos e intelectuales, brasileños y extranjeros por más de un siglo, se polarizó en dos corrientes: una adepta al francesismo y otra al antifrancesismo. De ser así, mientras estudiamos los orígenes de la antifrancesismo en nuestro país, nos enfrentamos a un discurso que paradójicamente siempre coexistieron con la apología al francesismo en sus expresiones sociales, culturales, políticas y literarias, pero que, al principio del siglo XX, tomó otras direcciones dentro de una nueva configuración internacional.Repositório da Universidade de LisboaBettiol, Maria Regina Barcelos2017-08-21T08:29:30Z20152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/28702por2446-7189info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:20:42Zoai:repositorio.ul.pt:10451/28702Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:44:53.379655Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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