Restos : o exercício crítico e poético de Joaquim Manuel Magalhães

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Paula Cristina Oliveira da Cruz
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/6456
Resumo: Dissertação de Mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa
id RCAP_85351b6b08e35ffb8b645f176a5f4b4b
oai_identifier_str oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/6456
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Restos : o exercício crítico e poético de Joaquim Manuel Magalhães869.0-1Dissertação de Mestrado em Teoria da Literatura e Literatura PortuguesaMagalhães, não é um crítico que é poeta, nem tão pouco um poeta que é crítico. Crítico e poeta são formas complementares de pensar o fenómeno literário. E poucos, na segunda metade do século XX, se dedicaram de forma tão atenta à análise da poesia portuguesa contemporânea. Muitas vezes polémico, seguramente controverso, avesso a consensos, fez luz sobre muitos nomes do panorama poético actual e recuperou alguns nomes –justa ou injustamente - ignorados pelo tempo Na primeira parte do nosso trabalho, abordamos a obra ensaística de Magalhães - Os Dois Crepúsculos; Um Pouco De Morte e Rima Pobre. Neste sentido, procuramos mostrar a influência do pensamento de F.R. Leavis e de T.S. Eliot no seu exercício crítico e analisamos as relações, nem sempre pacíficas, de Magalhães com uma esfera pública fragmentária e pouco participativa. Achamos profícuo distinguir a noção de modernismo da noção de vanguarda, pois estes conceitos são usados de forma pouco precisa por Magalhães. Este tende a confundir a ideia de vanguarda com a urgência do novo, com uma lógica de superação, quando de facto o projecto vanguardista é uma tentativa de reconduzir a arte à praxis vital. A arte deve desautonomizar-se. No centro das preocupações de Magalhães está também o público, ou melhor os públicos. A massificação da res literária trouxe públicos que não procuram o caminho da facilidade. Até a poesia, conotada com a high culture e com uma sensibilidade maior e minoritária, foi afectada por um público pouco esclarecido, consumidor de emoções alheias e facilmente iludido pelo aparato retórico-discursivo de certa poesia. Num segundo momentodo nosso trabalho, centramo-nos na obra poética de Magalhães, distinguindo três momentos capitais, a saber, a reescrita de toda a obra publicada até 1985 em Alguns Livros Reunidos (mantendo autónomas apenas duas obras); as obras onde o vincar do negrume é por demais evidente (especial relevo para Uma Luz com toldo vermelho e a Poeira levada pelo vento) e, finalmente, os poemas publicados em O Independente e coligidos em Alta Noite em Alta Fraga. Na última parte, tomamos de empréstimo um conceito do âmbito da geologia – recristalização - para melhor entendermos a revisitação temática feita nos poemas publicados em O Independente, e posteriormente coligidos em Alta noite Alta Fraga. A esfera pública, a ausência de uma moral, a pequenez, a degradação física, a velhice, o destruir da paisagem (a última das utopias), a falta de um espaço habitável, a morte, a devastação invadem este textos elegíacos. O desencanto, o negrume é tanto que nem a própria morte é uma certeza de paz. – «Só nos resta esperar então morrer?» (Magalhães, 2001f:80). A poesia de Magalhães é cada vez mais uma ética do fim.Diogo, Américo LindezaUniversidade do MinhoCruz, Paula Cristina Oliveira da Cruz2002-07-012002-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/6456porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:48:52Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/6456Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:47:13.137844Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Restos : o exercício crítico e poético de Joaquim Manuel Magalhães
title Restos : o exercício crítico e poético de Joaquim Manuel Magalhães
spellingShingle Restos : o exercício crítico e poético de Joaquim Manuel Magalhães
Cruz, Paula Cristina Oliveira da Cruz
869.0-1
title_short Restos : o exercício crítico e poético de Joaquim Manuel Magalhães
title_full Restos : o exercício crítico e poético de Joaquim Manuel Magalhães
title_fullStr Restos : o exercício crítico e poético de Joaquim Manuel Magalhães
title_full_unstemmed Restos : o exercício crítico e poético de Joaquim Manuel Magalhães
title_sort Restos : o exercício crítico e poético de Joaquim Manuel Magalhães
author Cruz, Paula Cristina Oliveira da Cruz
author_facet Cruz, Paula Cristina Oliveira da Cruz
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Diogo, Américo Lindeza
Universidade do Minho
dc.contributor.author.fl_str_mv Cruz, Paula Cristina Oliveira da Cruz
dc.subject.por.fl_str_mv 869.0-1
topic 869.0-1
description Dissertação de Mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa
publishDate 2002
dc.date.none.fl_str_mv 2002-07-01
2002-07-01T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1822/6456
url http://hdl.handle.net/1822/6456
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133044619083776