Análise de risco na adopção de novas tecnologias de rega e produção de tomate para a indústria
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1995 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/12397 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objectivo analisar os riscos na adopção de novas tecnologias de rega e produção do tomate para a indústria, à data experimentadas, que em Portugal e particularmente no Vale do Sorraia, Ribatejo, melhor se coadunam com os recursos agrícolas existentes para maximizar o rendimento líquido esperado pelo agricultor. Para tal, utilizou-se único modelo matemático de programação quadrática multiperíodo, com o qual se obteve os rendimentos anuais líquidos esperados e se determinou a combinação óptima de tecnologias de rega e actividades agrícolas mais rentáveis para a empresa agrícola e os prémios de risco para tal exigidos, em dois solos representativos da região. Os dados utilizados (vide capítulo 3), foram recolhidos de 1979 a 1994 e utilizados directamente no modelo ou na constituição de séries temporais das matrizes de variância,'covariância dos custos de água da rega e preços de tomate pagos ao produtor. Sobre as tecnologias de rega, teve-se em conta a evolução da oferta à disposição do agricultor, incluindo-se no modelo a rega tradicional, única tecnologia disponível em 1987 e 1988 e as tecnologias de rega por sulcos longos, por gota-a-gota (tecnologia de rega localizada) e por rampas removentes, do tipo pivot e considerou-se o processo de obtenção da água para a rega, fornecida pelos Regantes do Vale do Sorraia ou através de furos subterrâneos construidos para o efeito. As actividades de plantação e/ou colheita foram incluídas como opções possíveis e à disposição do agricultor. Foi também introduzida no modelo a correcção do preço do tomate produzido por cada tecnologia de rega, por ter em conta as normas em vigor da União Europeia para aquisição do tomate para a indústria, de acordo com escalões de percentagem de matéria seca produzida (° Brix). Os resultados obtidos e a análise de sensibilidade, permitiu concluir que. para os solos de aluvião, mais férteis, e na situação de não restrição de recursos necessários a produção, o modelo, alterna em anos e áreas, as tecnologias de rega localizada com a de sulcos longos. Já o mesmo não se passa com os solos arenosos, mais pobres, sendo unicamente eleita a tecnologia de rega por sulcos longos. A inclusão do risco nunca alterou esta tecnologia adoptada, havendo contudo adequações das áreas conforme o risco aceite pelo agricultor. Restrições de recursos críticos como a água e a mão-de-obra, obrigaram a outras soluções optimas, passando-se mesmo por soluções intermédias de adopção de tecnologias, com o aumentar da escassez dos referidos recursos, vem favorecida a tecnologia de rega localizada com sementeira directa e colheita mecânica que, embora menos produtiva em matéria seca solúvel, menos exige dos recursos apontados. Conclui-se ainda neste trabalho que o produtor de tomate, detentor de terrenos ou arrendatário de longo prazo, deve recorrer ao investimento para abertura de um furo para captação subterrânea de água para rega e assim colmatar a limitação desta pela entidade distribuidora (os Regastes do Vale do Sorraia). De salientar que esta situação é inviável para o rendeiro de curto prazo, que assim se vê relegado para outras tecnologias e sobretudo outras áreas de cultivo, devido à impossibilidade de efectuar o investimento fundiário e que, como consequência, tem rendimentos menores . |
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