Vicissitudes das experiências estudantis no regime de ciclos da UFBA

• Autor(a) principal: Cezar Feitosa,Caio
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Meira Véras,Renata, Maria Rocha Sampaio,Sônia
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-77702021000200332
• topic: Universidade; Regime de Ciclos; Bacharelados Interdisciplinares; Vida Estudantil; Narrativas.

Resumo: A Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi uma das instituições brasileiras que adotaram parcialmente uma nova arquitetura universitária, o regime de ciclos e os Bacharelados Interdisciplinares. Desde então uma série de estudos tem sido desenvolvidos para acompanhar a implementação e o funcionamento desta inovação curricular na universidade. A presente investigação objetivou compreender as dificuldades enfrentadas pelos estudantes no transcurso da sua escolarização no Bacharelado Interdisciplinar em Saúde (BIS). O método qualitativo foi escolhido para esta investigação pois privilegia os processos sociais e permitiu assim capturar os significados atribuídos pelos discentes a experiência universitária. Foram realizadas entrevistas narrativas com 14 estudantes egressos do BIS acerca do transcurso da escolarização no primeiro ciclo e destas narrativas estudantis resgataram-se as passagens que os discentes apontaram os desafios vivenciados. Para organização e auxílio na análise de conteúdo categorial temática utilizou-se o Software Open Logos que permitiu uma análise transversal das entrevistas por meio da codificação do texto e posteriori categorização. Os resultados foram organizados em três categorias: a primeira trata das relações entre os estudantes do BIS que é marcada pela competitividade e a não construção de vínculos, outra dificuldade narrada pelos estudantes é a falta de apoio pedagógico, ausência de áreas de concentração e de componentes curriculares no turno noturno. Por fim a última categoria retrata os preconceitos e constrangimentos que estudantes do BIS enfrentaram em espaços conservadores da universidade. Conclui-se que é necessário propor um acompanhamento pedagógico aos estudantes sem que isso recaia na tutela estudantil, assim como buscar as instâncias centrais da universidade para coibir as situações de preconceito e constrangimento vivenciadas pelos estudantes para assim preservar o ambiente pedagógico e democrático que deve habitar as universidades.