Padrões de questionamento em aulas teóricas e laboratoriais em Química

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Paulo Lopes dos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/10574
Resumo: A comunicação é um elemento vital entre o professor e o aluno, sendo que ensinar e aprender são atos comunicativos. Segundo as orientações curriculares emanadas do Ministério da Educação o ensino deve ser centrado no aluno. Para que tal seja possível, o professor deve criar meios e estratégias que façam com que o aluno se sinta motivado para responder às perguntas do professor e formular as suas próprias perguntas, esta é uma das razões porque o questionamento é considerado um processo fundamental no ensino e na aprendizagem. Muitas investigações têm sido realizadas para compreender o processo comunicativo através do padrão de questionamento em aulas de diferentes níveis de ensino. No entanto, nenhuma destas investigações procuram comparar estes padrões em diferentes tipos de aulas. Nesta perspetiva, foi realizado este estudo para quantificar, relacionar e caracterizar as perguntas efetuadas nas aulas teóricas e laboratoriais, quer pelo professor, quer pelos alunos. Optamos por um estudo de caso, com uma turma do ensino secundário do 11.º ano de escolaridade na disciplina de Física e Química A. Os dados foram recolhidos através das transcrições das três aulas, gravadas em áudio, sendo duas teóricas e uma laboratorial. Efetuou-se uma entrevista a 8 alunos que participaram nestas aulas com o propósito de conhecerem as suas representações sobre o seu questionamento em ambas as aulas. Para a análise das perguntas efetuadas pelo professor e pelos alunos, e das entrevistas aos alunos, utilizou-se o Software de análise qualitativa WebQDA. Depois da discussão da frequência de perguntas formuladas pelo professor e pelos alunos nestas aulas, caracterizou-se as perguntas quanto a função comunicativa utilizou-se uma classificação de Almeida & Neri de Souza (2010) na qual as perguntas são classificadas em Científicas e Não-Científicas. Também as perguntas foram caracterizadas quanto ao nível cognitivo, para isso foi utilizado a taxonomia de Neri de Souza & Moreira (2011) que é uma adaptação da taxonomia SOLO de Biggs & Collis (1982). As entrevistas foram exploradas através de categorias de análise e trianguladas com os padrões de questionamento encontrados. Os resultados indicam que os alunos formulam mais perguntas nas aulas laboratoriais do que nas teóricas. Verifica-se também que das perguntas formuladas pelos alunos nas aulas teóricas são na maioria Científicas enquanto as perguntas efetuadas pelos alunos na aula laboratorial são maioritariamente Não-Cientificas. Constatou-se que o professor formula mais perguntas Científicas do que os alunos tanto nas aulas teóricas como nas laboratoriais. Neste estudo verificou-se que em ambas as aulas tanto o professor como os alunos fazem perguntas de baixo nível cognitivo. Pode-se concluir que o professor coloca 15 vezes mais perguntas do que os alunos nas laboratoriais, enquanto que nas aulas teóricas coloca 35 vezes mais perguntas do que os alunos.
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spelling Padrões de questionamento em aulas teóricas e laboratoriais em QuímicaEnsino das ciênciasTécnicas pedagógicasTécnicas da aula: Ensino secundário: Aveiro (Portugal)Técnicas de interrogaçãoTécnicas de comunicaçãoParticipação dos alunosRelações professor-alunoA comunicação é um elemento vital entre o professor e o aluno, sendo que ensinar e aprender são atos comunicativos. Segundo as orientações curriculares emanadas do Ministério da Educação o ensino deve ser centrado no aluno. Para que tal seja possível, o professor deve criar meios e estratégias que façam com que o aluno se sinta motivado para responder às perguntas do professor e formular as suas próprias perguntas, esta é uma das razões porque o questionamento é considerado um processo fundamental no ensino e na aprendizagem. Muitas investigações têm sido realizadas para compreender o processo comunicativo através do padrão de questionamento em aulas de diferentes níveis de ensino. No entanto, nenhuma destas investigações procuram comparar estes padrões em diferentes tipos de aulas. Nesta perspetiva, foi realizado este estudo para quantificar, relacionar e caracterizar as perguntas efetuadas nas aulas teóricas e laboratoriais, quer pelo professor, quer pelos alunos. Optamos por um estudo de caso, com uma turma do ensino secundário do 11.º ano de escolaridade na disciplina de Física e Química A. Os dados foram recolhidos através das transcrições das três aulas, gravadas em áudio, sendo duas teóricas e uma laboratorial. Efetuou-se uma entrevista a 8 alunos que participaram nestas aulas com o propósito de conhecerem as suas representações sobre o seu questionamento em ambas as aulas. Para a análise das perguntas efetuadas pelo professor e pelos alunos, e das entrevistas aos alunos, utilizou-se o Software de análise qualitativa WebQDA. Depois da discussão da frequência de perguntas formuladas pelo professor e pelos alunos nestas aulas, caracterizou-se as perguntas quanto a função comunicativa utilizou-se uma classificação de Almeida & Neri de Souza (2010) na qual as perguntas são classificadas em Científicas e Não-Científicas. Também as perguntas foram caracterizadas quanto ao nível cognitivo, para isso foi utilizado a taxonomia de Neri de Souza & Moreira (2011) que é uma adaptação da taxonomia SOLO de Biggs & Collis (1982). As entrevistas foram exploradas através de categorias de análise e trianguladas com os padrões de questionamento encontrados. Os resultados indicam que os alunos formulam mais perguntas nas aulas laboratoriais do que nas teóricas. Verifica-se também que das perguntas formuladas pelos alunos nas aulas teóricas são na maioria Científicas enquanto as perguntas efetuadas pelos alunos na aula laboratorial são maioritariamente Não-Cientificas. Constatou-se que o professor formula mais perguntas Científicas do que os alunos tanto nas aulas teóricas como nas laboratoriais. Neste estudo verificou-se que em ambas as aulas tanto o professor como os alunos fazem perguntas de baixo nível cognitivo. Pode-se concluir que o professor coloca 15 vezes mais perguntas do que os alunos nas laboratoriais, enquanto que nas aulas teóricas coloca 35 vezes mais perguntas do que os alunos.Communication is a vital element between the teacher and the learner. Teaching and learning are communicative actions. According to regulation from the Ministry of Education, teaching should be centred on the learner. To make that possible, the teacher should create the means and strategies that can motivate the learner to answer the teacher’s questions and their own questions. This is why questioning is considered a key process in teaching and learning. A great deal of research has been conducted to understand how the communicative process unfolds through the questioning pattern during classes at different levels of teaching. Nevertheless, none of the research was aimed at comparing patterns in different types of classes. In this perspective, this study was made, in order to quantify, relate and characterise the questions asked in theoretical and lab classes, both by the teacher and by the learners. We opted to conduct a case study on a high school 11th grade physics and chemistry A class. The data were collected from the audio recordings of two theoretical classes and a laboratorial one. An interview was done to eight of the students that participated in those classes, with the objective of determining their performance in the referred classes, as far as questioning goes. The qualitative analysis software WebQDA was used to analyse the questions posed by the teacher and the students during those classes and also those posed to the eight interviewees afterwards. A discussion followed on the number of questions posed both by the teacher and by the students. After that, the questions’ comunicative function was characterised using the classification method of Almeida & Neri de Souza (2010), through which questions are classified into scientific and non-scientific ones. The questions’ cognitive function was also characterised using the taxonomy of Neri de Souza & Moreira (2011), which is an adaptation of the SOLO taxonomy of Biggs & Collis (1982). The interviews were interpreted using analysis categories and triangulated by the questioning patterns found. The results indicate that students formulate more questions in the laboratory lessons than in theoretical. There is also that of questions from students in the lecture are mostly scientific while the questions made by students in the laboratory classroom are mostly non-scientific. It was found that the professor formulates scientific questions more than students in both the lecture and in the laboratory. In this study it was found that in both classes both teacher as students make cognitive low-level questions. A resulting conclusion is that during laboratorial classes the teacher poses 15 times more questions than the students, whereas during theoretical classes the teacher poses 35 times more questions than the students.Universidade de Aveiro2013-06-18T11:57:53Z2011-01-01T00:00:00Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/10574porSantos, Paulo Lopes dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:18:32Zoai:ria.ua.pt:10773/10574Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:47:08.171271Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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