Exílio: uma história em três dimensões
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/46322 https://doi.org/10.1590/s0101-90742014000100004 |
Resumo: | No século XX, a ascensão dos regimes fascistas leva ao exílio opositores que procuravam fugir da morte pela execução sumária ou pelo confinamento aos campos de concentração. Portugal conhece um dos mais longos regimes de força, levando seus opositores a um longo degredo que, para uma grande maioria, durou toda a vida. Estes exilados e emigrados políticos buscaram refúgio nas mais diferentes partes do mundo, quer nos antigos núcleos de emigração ou em países onde o Estado democrático favorecia seu acolhimento. E se as histórias de vida exigem a recuperação de diversos “espaços históricos”, no caso dos exilados estes “espaços” possuem uma outra dimensão. À dimensão local, origem e formação dos personagens e ao contexto do “nacional”, em que estão inseridos num momento de maioridade, podemos acrescentar outro, “supranacional”, ou seja, a história dos países de acolhimento, uma base para a compreensão das relações estabelecidas no exílio. Tomando como ponto de partida o caso português, este trabalho pretende ressaltar alguns pontos importantes para a elaboração de biografias de exilados, tendo-se em conta a necessidade de cruzamento dos três espaços citados, a releitura da historiografia já produzida e os problemas da “memória oficial”. |
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No século XX, a ascensão dos regimes fascistas leva ao exílio opositores que procuravam fugir da morte pela execução sumária ou pelo confinamento aos campos de concentração. Portugal conhece um dos mais longos regimes de força, levando seus opositores a um longo degredo que, para uma grande maioria, durou toda a vida. Estes exilados e emigrados políticos buscaram refúgio nas mais diferentes partes do mundo, quer nos antigos núcleos de emigração ou em países onde o Estado democrático favorecia seu acolhimento. E se as histórias de vida exigem a recuperação de diversos “espaços históricos”, no caso dos exilados estes “espaços” possuem uma outra dimensão. À dimensão local, origem e formação dos personagens e ao contexto do “nacional”, em que estão inseridos num momento de maioridade, podemos acrescentar outro, “supranacional”, ou seja, a história dos países de acolhimento, uma base para a compreensão das relações estabelecidas no exílio. Tomando como ponto de partida o caso português, este trabalho pretende ressaltar alguns pontos importantes para a elaboração de biografias de exilados, tendo-se em conta a necessidade de cruzamento dos três espaços citados, a releitura da historiografia já produzida e os problemas da “memória oficial”. |
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