Programa de Monitorização Não-Presencial de Glaucoma: Desenvolvimento e Implementação num Hospital Público Português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha Ferreira, Catarina
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Silva Fernandes, Joana, Martins, Pedro, Saraiva, Eduardo, Sequeira, Joaquim, Meira, Dália
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.48560/rspo.28286
Resumo: INTRODUÇÃO: A consulta não-presencial é um modelo de prestação de cuidados de saúde recentemente proposto para a monitorização clínica de doentes com glaucoma. O objetivo deste modelo de consulta é melhorar a experiência do doente e a capacidade de resposta dos serviços de saúde. O presente estudo teve como objetivo descrever os resultados da implementação de um novo programa de consulta não-presencial de monitorização de glaucoma. MÉTODOS: Estudo prospetivo de avaliação de um programa de consulta não-presencial para monitorização assíncrona de doentes com o diagnóstico de glaucoma em seguimento regular no Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal. Doentes com doença controlada e com baixo risco de progressão foram considerados elegíveis para participar no programa. Os parâmetros avaliados incluíram a capacidade de implementação e viabilidade do referido programa, a melhoria dos tempos de permanência do doente no hospital e a experiência pessoal do doente. RESULTADOS: No primeiro ano de funcionamento, 177 doentes frequentaram o programa de consulta não-presencial de monitorização de glaucoma. Os diagnósticos mais prevalentes foram glaucoma primário de ângulo aberto (50,3%) e hipertensão ocular (26,0%). O tempo de permanência no hospital foi reduzido em 37,8% quando comparado com a consulta presencial (56 minutos vs 90 minutos, respetivamente, p<0,001). A maioria dos doentes (88,7%) observados em consulta não-presencial manteve consultas de seguimento regulares, de acordo com intervalos de monitorização adequados. Vinte doentes foram referenciados para uma consulta presencial antecipada. A avaliação da experiência dos doentes demonstrou uma elevada satisfação com o novo programa de consulta não-presencial. A relação médico-doente, a experiência prévia no hospital, o nível de conhecimento relativo à doença e o grau de informação sobre a consulta não-presencial foram fatores importantes para a aceitação do programa. Maior eficiência e menor tempo de espera foram realçados como pontos fortes da consulta não-presencial. CONCLUSÃO: A consulta não-presencial de glaucoma é um modelo seguro e eficiente para a monitorização de doentes com glaucoma. No presente estudo, demonstrámos a viabilidade de implementação deste programa no nosso serviço de Oftalmologia, com uma redução do tempo de permanência do doente no hospital, uma frequência baixa de referenciação para consulta presencial antecipada e uma elevada satisfação por parte dos doentes que frequentam este modelo de consulta.
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Doentes com doença controlada e com baixo risco de progressão foram considerados elegíveis para participar no programa. Os parâmetros avaliados incluíram a capacidade de implementação e viabilidade do referido programa, a melhoria dos tempos de permanência do doente no hospital e a experiência pessoal do doente. RESULTADOS: No primeiro ano de funcionamento, 177 doentes frequentaram o programa de consulta não-presencial de monitorização de glaucoma. Os diagnósticos mais prevalentes foram glaucoma primário de ângulo aberto (50,3%) e hipertensão ocular (26,0%). O tempo de permanência no hospital foi reduzido em 37,8% quando comparado com a consulta presencial (56 minutos vs 90 minutos, respetivamente, p<0,001). A maioria dos doentes (88,7%) observados em consulta não-presencial manteve consultas de seguimento regulares, de acordo com intervalos de monitorização adequados. Vinte doentes foram referenciados para uma consulta presencial antecipada. A avaliação da experiência dos doentes demonstrou uma elevada satisfação com o novo programa de consulta não-presencial. A relação médico-doente, a experiência prévia no hospital, o nível de conhecimento relativo à doença e o grau de informação sobre a consulta não-presencial foram fatores importantes para a aceitação do programa. Maior eficiência e menor tempo de espera foram realçados como pontos fortes da consulta não-presencial. CONCLUSÃO: A consulta não-presencial de glaucoma é um modelo seguro e eficiente para a monitorização de doentes com glaucoma. No presente estudo, demonstrámos a viabilidade de implementação deste programa no nosso serviço de Oftalmologia, com uma redução do tempo de permanência do doente no hospital, uma frequência baixa de referenciação para consulta presencial antecipada e uma elevada satisfação por parte dos doentes que frequentam este modelo de consulta.INTRODUCTION: A virtual clinic is a new model of glaucoma care in which the ophthalmologist is removed from the face-to-face patient consultation. Virtual glaucoma services are intended to improve both patients’ experiences and clinics’ capacity. In this study, we describe the development of a glaucoma virtual monitoring clinic within a public hospital of the Portuguese national healthcare service and describe its implementation outcomes. METHODS: A prospective, service evaluation study was performed including patients referred for an in-house glaucoma monitoring service structured as an asynchronous virtual clinic at the Ophthalmology Department, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal. Consecutive patients with stable disease and low risk of glaucoma progression were considered for enrolment. Feasibility of development of the glaucoma virtual clinic (GVC), improvement of patient journey times, and patients’ experiences at the service were studied. RESULTS: A total of 177 patients attended the GVC during its first year of activity. The most prevalent diagnosis were primary open-angle glaucoma (50.3%) and ocular hypertension (26.0%). The journey time at the GVC had an average reduction of 37.8% when compared to the conventional clinic (56 minutes vs 90 minutes, respectively, p<0.001). Most patients (88.7%) attending the GVC were subsequently scheduled for a follow-up visit at an adequate monitoring interval. Twenty patients were referred for an anticipated face-to-face appointment. Evaluation of patients’ experiences showed high levels of satisfaction with the service. Patient–doctor relationship, previous experience of care within the hospital, level of information about the disease status, and knowledge about the GVC were found to be important factors for acceptance of this model of care. Greater efficiency and less waiting times at the appointment were pointed by patients as strengths of the GVC. CONCLUSION: Virtual monitoring services are a clinically efficient, alternative model for glaucoma care within the hospital setting. In this study, we demonstrated the feasibility of implementing this model of care in our ophthalmology service and reported a decrease of patient journey time, a low rate of referral back to face-to-face appointments, and high levels of patient acceptance and satisfaction in the virtual glaucoma monitoring clinic.Ajnet2024-03-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.48560/rspo.28286por1646-69501646-6950Cunha Ferreira, CatarinaSilva Fernandes, JoanaMartins, PedroSaraiva, EduardoSequeira, JoaquimMeira, Dáliainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-28T20:30:24Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/28286Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-03-28T20:30:24Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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