Utilização de imagens 3D intraorais na identificação de traços morfológicos dentários com interesse forense numa população portuguesa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11816/3475 |
Resumo: | Um dos principais objetivos da Odontologia Forense é o da identificação de vítimas através de características dentárias. Quando não existe uma ideia de qual possa ser a identidade da vítima, são aplicados os chamados métodos reconstrutivos que vão permitir a obtenção de informações como ancestralidade, sexo ou idade aproximada do indivíduo. Dentro desta área, procuram-se novas técnicas mais precisas e pouco invasivas, que auxiliem as já existentes. As imagens tridimensionais (3D) são cada vez mais utilizadas em Medicina Dentaria, em áreas como reabilitação oral ou ortodontia. A digitalização das imagens intraorais e dos modelos dentários tem interesse, principalmente, por terem um nível de precisão bastante elevado e permitirem ver a evolução durante o tratamento. São poucos os estudos que utilizam estas imagens dentárias em 3D em contexto forense, e praticamente nulos os utilizados em estudos populacionais, existindo, de facto, uma grande incógnita sobre a sua utilidade na análise dentária com fins identificativos. A obtenção rápida, fácil e precisa das imagens 3D intraorais, junto com a possibilidade de uma ampla armazenagem digital, são aspetos apelativos para a sua utilização forense. Uma questão fundamental em relação a estas imagens 3D é saber se permitem reconhecer e analisar traços morfológicos dentários em pormenor, nomeadamente aqueles relacionados com a ancestralidade/afinidade populacional. Este trabalho tem por objetivo estabelecer as bases para a validação do uso de imagens 3D intraorais no estudo de traços morfológicos dentários com interesse forense; pretende-se avaliar se estas imagens permitem a deteção e observação de características morfológicas em detalhe suficiente para serem classificadas. Ao mesmo tempo, pretende-se analisar as frequências de alguns dos traços não sujeitos a alterações terapêuticas ortodônticas na população portuguesa atual. Os resultados mostram que as imagens 3D intraorais permitem distinguir traços morfológicos dentários de interesse forense em detalhe suficiente como para permitir a sua classificação. Apesar de esta nova técnica apresentar vantagens e desvantagens em comparação com a técnica convencional, esta revela-se inovadora e avistam-se futuras aplicações na odontologia forense. |
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