O efeito da contaminação na memória : uma perspetiva funcionalista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/14436 |
Resumo: | O estudo da memória humana tem sido direcionado para uma perspetiva funcionalista, tendo por base a teoria evolutiva. Este trabalho tem revelado um melhor desempenho mnésico perante condições relevantes para a sobrevivência e/ou possibilidades de reprodução dos indivíduos. Especificamente, já foi demonstrada melhor memória para informação considerada num contexto de sobrevivência e de animacidade, duas dimensões evolutivamente relevantes. Mais recentemente, tem sido explorado o efeito mnésico da contaminação, outra condição de potencial relevância para a sobrevivência dos indivíduos. A emoção de nojo é importante para esta questão uma vez que surge muitas vezes associada a potenciais contaminantes. A presente investigação visou contribuir para o estudo do efeito mnésico da contaminação, recorrendo à utilização de imagens de faces com a expressão emocional de nojo como indicadoras de um potencial elemento contaminante. Averiguámos ainda se a presença de doença recente, a fase do ciclo menstrual e a perceção de vulnerabilidade à doença têm influência sobre este efeito. Foram realizados dois estudos com estudantes universitárias do sexo feminino da Universidade de Aveiro. Era esperada uma melhor recordação dos objetos previamente associados a faces de nojo, comparativamente a quando estes eram associados a faces neutras ou de tristeza, tendo em conta o seu potencial valor adaptativo. Os resultados não confirmaram esta hipótese apesar de, descritivamente, irem no sentido esperado quando consideradas apenas as participantes que identificaram corretamente todas as expressões emocionais das faces utilizadas no estudo. Em ambos os estudos, também se verificou uma tendência descritiva para uma melhor recordação de objetos associados a faces de nojo pelas participantes que estiverem doentes recentemente. Este dado parece apoiar a hipótese de que a uma ativação recente do sistema imunológico biológico está associada uma ativação do sistema imunológico comportamental. |
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O efeito da contaminação na memória : uma perspetiva funcionalistaPsicologia clínicaPsicologia da saúdeMemóriaPsicologia do comportamentoAtitudes perante a doençaImunidadeO estudo da memória humana tem sido direcionado para uma perspetiva funcionalista, tendo por base a teoria evolutiva. Este trabalho tem revelado um melhor desempenho mnésico perante condições relevantes para a sobrevivência e/ou possibilidades de reprodução dos indivíduos. Especificamente, já foi demonstrada melhor memória para informação considerada num contexto de sobrevivência e de animacidade, duas dimensões evolutivamente relevantes. Mais recentemente, tem sido explorado o efeito mnésico da contaminação, outra condição de potencial relevância para a sobrevivência dos indivíduos. A emoção de nojo é importante para esta questão uma vez que surge muitas vezes associada a potenciais contaminantes. A presente investigação visou contribuir para o estudo do efeito mnésico da contaminação, recorrendo à utilização de imagens de faces com a expressão emocional de nojo como indicadoras de um potencial elemento contaminante. Averiguámos ainda se a presença de doença recente, a fase do ciclo menstrual e a perceção de vulnerabilidade à doença têm influência sobre este efeito. Foram realizados dois estudos com estudantes universitárias do sexo feminino da Universidade de Aveiro. Era esperada uma melhor recordação dos objetos previamente associados a faces de nojo, comparativamente a quando estes eram associados a faces neutras ou de tristeza, tendo em conta o seu potencial valor adaptativo. Os resultados não confirmaram esta hipótese apesar de, descritivamente, irem no sentido esperado quando consideradas apenas as participantes que identificaram corretamente todas as expressões emocionais das faces utilizadas no estudo. Em ambos os estudos, também se verificou uma tendência descritiva para uma melhor recordação de objetos associados a faces de nojo pelas participantes que estiverem doentes recentemente. Este dado parece apoiar a hipótese de que a uma ativação recente do sistema imunológico biológico está associada uma ativação do sistema imunológico comportamental.The study of human memory has recently been directed towards a functionalist perspective based on evolutionary theory. These studies have been showing better memory performance when information is considered in fitness-relevant contexts, that is, situations that implicate the individuals’ survival and / or chances of reproduction. Specifically, enhanced retention has been demonstrated when information is considered in the context of survival and animacy, two evolutionarily-relevant dimensions. More recently, the mnemonic effect of contamination has been explored, another condition of potential relevance to the survival of individuals. The emotion of disgust is important for this issue since it often comes associated with potential contamination agents. The present study aimed to contribute to the study of the mnemonic effect of contamination using pictures of faces displaying the emotional expression of disgust as indicators of a potential contamination agent. We also explored if the presence of recent illness, the phase of the menstrual cycle and the perceived vulnerability to disease have influence on this effect. Two studies were conducted with female students from the University of Aveiro. We predicted better memory performance for objects previously associated with disgust faces, compared to when they were associated with neutral or sad faces, given its potential adaptive value. The results did not confirm this hypothesis although, descriptively, they are consistent with it when only the participants who correctly identified all the emotional expressions of the faces used in the study are considered. In both studies, we also found a descriptive trend for better memory for the objects associated with disgust faces by the participants who were recently sick. These data appear to support the hypothesis that a recent activation of the biological immune system promotes activation of the behavioral immune system.Universidade de Aveiro2015-07-17T10:50:03Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/14436TID:201579316porEsteves, Joana Sofia da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:26:24Zoai:ria.ua.pt:10773/14436Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:50:02.270748Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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