Solidão e Envelhecimento nos Doentes Reumáticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Augusto, Sara
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Oliveira, Rui Aragão, Pocinho, Margarida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://www.interacoes-ismt.com/index.php/revista/article/view/263
Resumo: A experiência de solidão é universal, mas é também um desafio conceptual que deriva, em parte, das diferentes perspectivas da pesquisa sobre o problema, correlacionando a solidão com a satisfação, o suporte social e o estado de saúde, em particular as doenças crónicas. Neste contexto, as doenças reumáticas têm importantes consequências psicológicas e sociais que requerem uma adequada adaptação e ajuste do doente em múltiplas dimensões da vida. A investigação desenvolvida para este artigo incidiu na problemática da vivência dos sentimentos de solidão nos doentes reumáticos idosos. A amostra em estudo é constituída por 92 idosos e a investigação demonstra que, na população de doentes reumáticos em estudo, existe uma maior prevalência de solidão, comparativamente com a população geral de idosos, tendo em conta a conjugação de factores ambientais, psíquicos e físicos na vivência da doença reumática e suas incapacidades e limitações inerentes. A investigação demonstra, ainda, que os indivíduos que apresentam o valor mais elevado de solidão são aqueles com diagnóstico de osteoporose, enquanto os indivíduos com artrite reumatóide apresentam um menor sentimento de solidão, visto reconhecerem que são capazes de estabelecer afinidades de um modo satisfatório, e sentirem que são aceites pelas figuras de referência, o que baixa drasticamente os índices de solidão. A conclusão é o papel indispensável do suporte social para a redução da solidão, contribuindo para que o indivíduo se sinta integrado e útil no seio familiar, bem como no meio social em geral. Loneness and Aging Among People with Rheumatic Diseases The experience of loneliness is universal, but it is also a conceptual challenge that derives, in part, from the different perspectives of the research on that issue which correlates loneliness with satisfaction, social support and the health condition, especially the chronic diseases. In this context, rheumatic diseases have important psychological consequences which require a proper adaptation and an adjustment of the patient in multiple dimensions of life. The research developed for this article is directed to the experience of loneliness among elderly people with rheumatic diseases. The sample is constituted by 92 elderly and the research demonstrates that the rheumatic patients present a higher prevalence of loneliness, in comparison with the general elderly population, considering the combination of environment, psychic and physical factors, and the inherent incapacities and limitations of the disease. The research demonstrates, also, that the individuals who present the higher value for loneliness are those with a osteoporosis diagnostic, while the individuals with rheumatoid arthritis present a lesser feeling of loneliness, since they acknowledge being capable of establishing affinities in a satisfying way, and because they feel accepted by the reference figures, what drastically lowers the loneliness values. The conclusion is the indispensable role of social support for the reduction of loneliness, allowing the individual to feel integrated and useful in the family, as well as in the social environment in general.Keywords: Loneliness; aging; health; rheumatic disease; social support.
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