O Teste de Tilt na síncope neurocardiogénica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Ana Bernardina Martins
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/31404
Resumo: Introdução| O diagnóstico da síncope continua a ser um desafio para o profissional de saúde sendo a síncope neurocardiogénica a entidade que ocupa maior destaque. Na estratégia da avaliação inicial, o teste de inclinação ortostático (teste de Tilt) é utilizado como a técnica “gold standard” e considerado um elemento extremamente útil na sua abordagem, particularmente recorrendo a agentes provocativos farmacológicos de modo a melhorar a sua acuidade diagnóstica. Objetivo| Pretendeu-se avaliar até que ponto a realização do teste de Tilt é importante para o diagnóstico da síncope, nomeadamente a síncope neurocardiogénica. Material e Métodos| Estudo retrospetivo de 792 processos clínicos de indivíduos que realizaram o teste de Tilt na Unidade de Estudos da Função Autonómica do Centro Hospitalar de S. João (CHSJ), entre Janeiro de 2010 e Dezembro de 2012. Resultados| A percentagem de resultados negativos foi de 43,06% e de positivos 56,94%, verificando-se que as mulheres apresentaram maior percentagem de resultados de etiologia neurocardiogénica comparativamente aos homens (61,22% Vs 48,65%). A positividade tende a diminuir à medida que a idade avança e com o aumento do IMC. Na fase passiva, 14,22% de indivíduos apresentaram resultado de etiologia neurocardiogénica e 85,78% na fase ativa. Esta última fase foi a que apresentou valores mais interessantes e onde se encontraram mais diferenças estatisticamente significativas, cuja resposta mais frequente foi a vasodepressora. Curiosamente, os indivíduos que possuem hábitos tabágicos, etílicos e de cafeína apresentaram menor probabilidade de ocorrência de síncope. Conclusão| Na análise efetuada, o teste de Tilt apresentou resultados que reforçam a sua importância no estudo da síncope. Salienta-se a baixa positividade de síncope neurocardiogénica na fase passiva quando comparada com a ativa, levantando a hipótese de se poder alterar o protocolo com o objetivo de simplificar e encurtar o tempo do exame sem alterar a sua acuidade diagnóstica. Uma rigorosa avaliação inicial, um criterioso uso deste exame e uma cuidadosa interpretação dos resultados são, até ao momento, os melhores caminhos a seguir.
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Resultados| A percentagem de resultados negativos foi de 43,06% e de positivos 56,94%, verificando-se que as mulheres apresentaram maior percentagem de resultados de etiologia neurocardiogénica comparativamente aos homens (61,22% Vs 48,65%). A positividade tende a diminuir à medida que a idade avança e com o aumento do IMC. Na fase passiva, 14,22% de indivíduos apresentaram resultado de etiologia neurocardiogénica e 85,78% na fase ativa. Esta última fase foi a que apresentou valores mais interessantes e onde se encontraram mais diferenças estatisticamente significativas, cuja resposta mais frequente foi a vasodepressora. Curiosamente, os indivíduos que possuem hábitos tabágicos, etílicos e de cafeína apresentaram menor probabilidade de ocorrência de síncope. Conclusão| Na análise efetuada, o teste de Tilt apresentou resultados que reforçam a sua importância no estudo da síncope. Salienta-se a baixa positividade de síncope neurocardiogénica na fase passiva quando comparada com a ativa, levantando a hipótese de se poder alterar o protocolo com o objetivo de simplificar e encurtar o tempo do exame sem alterar a sua acuidade diagnóstica. Uma rigorosa avaliação inicial, um criterioso uso deste exame e uma cuidadosa interpretação dos resultados são, até ao momento, os melhores caminhos a seguir.Introduction | Diagnosis of syncope remains a challenge for health professionals that neurocardiogenic syncope being the entity that occupies most outstanding. In the initial evaluation strategy, head-up tilt test is used as the technique "gold standard" and is considered an extremely useful element in their approach, particularly using provocative pharmacological agents in order to improve diagnostic accuracy. Purpose | The aim was to assess to what extent the realization of head-up tilt test is important for the diagnosis of syncope, neurocardiogenic syncope particularly. Material and Methods | Retrospective study of 792 clinical cases of individuals who underwent head-up tilt test in Study Unit Autonomic Function of S. John’s Hospital (CHSJ) between January 2010 and December 2012. Results | The percentage of negative results was 43,06% and 56,94% positive, verifying that women had a higher percentage of results compared to men (61,22% Vs 48,65%) of neurocardiogenic etiology. The positivity tends to decrease with increasing age and with increasing BMI. In the passive phase 14,22% of subjects showed neurocardiogenic etiology and 85,78% of subjects in the active phase. This last phase showed the most interesting values and where they met more statistically significant differences, whose the most frequent response was the vasovagal syncope. Interestingly, individuals that no smoke, no have alcohol drinks and no caffeine consumption are less likely to occur syncope. Conclusion | In the analysis performed, head-up tilt test results showed that your application it’s important in the study of syncope. Highlights the low positivity of neurocardiogenic syncope in the passive phase when compared with the active, raising the possibility of being able to change the protocol with the aim to simplify and shorten the procedure time without changing the diagnostic accuracy. A rigorous initial evaluation, a judicious use of this examination and a careful interpretation of the results are, until this moment, the best way forward.Pereira, Telmo António dos Santos, 1976-Lebreiro, Ana MargaridaLopes, RicardoRepositório ComumCorreia, Ana Bernardina Martins2020-02-17T11:43:08Z20142014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/31404TID:202515460porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-06-25T16:04:55Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/31404Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-06-25T16:04:55Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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