Fotografias de uma anomalia. Alteridade e os limites da comunicação intercultural em situação colonial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/vista.3404 |
Resumo: | No início de setembro de 1948, a Missão Antropológica de Moçambique (MAM) esteve em António Enes (atual Angoche). Nessa localidade, o chefe da MAM, Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior, foi informado sobre a anomalia de um jovem. O interesse de Santos Júnior pelo caso do pequenino Atomane se inscreve numa teratologia colonial que deu azo para uma espetacularização científica dos corpos dos "indígenas". A anomalia de Atomane é apenas uma de várias outras registadas durante as campanhas das missões antropológicas a Guiné, Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor, realizadas entre 1936 e 1959. As fotografias do pequeno Atomane e outros materiais do espólio da MAM formam o corpus documental para a análise dos limites da comunicação intercultural em contexto colonial. A partir de novos aportes em cultura visual, faz-se uma leitura crítica de fotografias do arquivo colonial da MAM. |
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Fotografias de uma anomalia. Alteridade e os limites da comunicação intercultural em situação colonialPhotographs of an anomaly. Alterity and the limits of intercultural communication in a colonial situationArtigosNo início de setembro de 1948, a Missão Antropológica de Moçambique (MAM) esteve em António Enes (atual Angoche). Nessa localidade, o chefe da MAM, Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior, foi informado sobre a anomalia de um jovem. O interesse de Santos Júnior pelo caso do pequenino Atomane se inscreve numa teratologia colonial que deu azo para uma espetacularização científica dos corpos dos "indígenas". A anomalia de Atomane é apenas uma de várias outras registadas durante as campanhas das missões antropológicas a Guiné, Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor, realizadas entre 1936 e 1959. As fotografias do pequeno Atomane e outros materiais do espólio da MAM formam o corpus documental para a análise dos limites da comunicação intercultural em contexto colonial. A partir de novos aportes em cultura visual, faz-se uma leitura crítica de fotografias do arquivo colonial da MAM.In early September 1948, the Mozambique Anthropological Mission (MAM) was a few days in António Enes (now Angoche). Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior, head of MAM, was informed of the anomaly of a young man. Santos Júnior's interest in the case of the little Atomane was part of a colonial teratology that gave rise to a scientific spectacularization of the colonized bodies. Atomane´s anomaly is just one of several others recorded during the overseas anthropological missions to Guinea, Angola, São Tomé and Príncipe, Mozambique and Timor, between 1936 and 1959. The photographs of Atomane and the MAM’s collection form the documentary corpus for the analysis of the limits of intercultural communication in colonial context. Based on new contributions in visual culture, the study provides a critical reading of the photographs from MAM's colonial archive.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2021-06-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/vista.3404por2184-1284Correa, Sílvio Marcus de Souzainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-21T15:55:50Zoai:journals.uminho.pt:article/3404Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:56:41.564259Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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No início de setembro de 1948, a Missão Antropológica de Moçambique (MAM) esteve em António Enes (atual Angoche). Nessa localidade, o chefe da MAM, Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior, foi informado sobre a anomalia de um jovem. O interesse de Santos Júnior pelo caso do pequenino Atomane se inscreve numa teratologia colonial que deu azo para uma espetacularização científica dos corpos dos "indígenas". A anomalia de Atomane é apenas uma de várias outras registadas durante as campanhas das missões antropológicas a Guiné, Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor, realizadas entre 1936 e 1959. As fotografias do pequeno Atomane e outros materiais do espólio da MAM formam o corpus documental para a análise dos limites da comunicação intercultural em contexto colonial. A partir de novos aportes em cultura visual, faz-se uma leitura crítica de fotografias do arquivo colonial da MAM. |
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