Processos de mudança nos campos: o turismo em espaço rural
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34624/rtd.v3i13/14.12867 |
Resumo: | Objectivos | – Inserir o Turismo em Espaço Rural nas dinâmicas da neo-ruralidade em Portugal. – Identificar e caracterizar as unidades existentes no território nacional, bem como os seus titulares. – Estudar a procura destas unidades de alojamento. – Analisar os impactos locais do sector, quer em termos perceptivos quer efectivos. – Examinar outras dimensões do turismo rural em sentido lato nas povoações estudadas de forma intensiva. Metodologia | O estudo foi feito através da aplicação de um inquérito postal e da realização de um trabalho de campo antropológico com observação directa, entrevistas abertas, e pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa tem duas escalas de observação, o país (território continental) e três aldeias: Estorãos (Ponte de Lima), Sortelha (Sabugal) e Monsaraz (Reguengos de Monsaraz). No plano nacional, aplicou-se um inquérito postal às 626 casas inscritas na Direcção-Geral do Turismo em 2001. Paralelamente, efectuaram-se estudos de caso em 30 unidades situadas em diferentes pontos do país – 15 no Minho, 9 na Beira Interior e 6 no Alto Alentejo –, que incluíram entrevistas com proprietários e hóspedes, bem como consulta de livros de honra e livros de registo de clientes. No plano local, fez-se uma pesquisa de terreno durante cerca de cinco meses em cada uma das aldeias, que incluiu observação etnográfica, realização de entrevistas junto de proprietários, turistas e várias entidades ligadas ao sector, bem como consulta de livros de honra. Principais resultados e contributos | É o primeiro estudo aprofundado sobre o Turismo em Espaço Rural efectuado à escala do território nacional. O sector tem um peso residual no universo hoteleiro em Portugal, representando cerca de 2% da respectiva capacidade de alojamento e 1% do número estimado de dormidas. A oferta agrupa dois tipos de alojamento: o que seria típico dos camponeses com algumas posses e o que associamos às elites de província. Cerca de 75% das casas estão inseridas em quintas ou herdades e aproximadamente 33% das camas estão localizadas em edifícios anteriormente associados à agricultura: casas de caseiros, cavalariças, celeiros e lojas de arrumos. Os proprietários e os hóspedes destas casas possuem um considerável estatuto socioeconómico e interagem no âmbito de um processo de mercantilização da hospitalidade. Existem três tipos de proprietários: elites de província; agricultores e criadores de animais; indiferenciados. Os hóspedes são citadinos nacionais e estrangeiros movidos por um ideário de tipo pastoral, ao qual se junta a atracção pela História quando frequentam solares e casas apalaçadas. O sector não se repercute significativamente no tecido socioeconómico das áreas em que é implantado. O turismo só revitaliza o tecido socioeconómico dos lugares que têm um vasto conjunto de produtos e serviços turísticos, como acontece em Sortelha e em Monsaraz, mas não em Estorãos. Limitações | Ausência de articulação entre Turismo em Espaço Rural e Turismo Cultural. A tipificação dos proprietários do sector não inclui os infractores, i.e., os que beneficiaram de dinheiros públicos para recuperar e adaptar casas ao turismo, mas que nunca desempenharam a actividade. Conclusões | O Turismo em Espaço Rural deriva de políticas nacionais e comunitárias de desenvolvimento local em meio rural assentes numa “ideologia do turismo”. A oferta proporciona dois tipos de alojamento, designados em função da traça arquitectónica dos edifícios e do seu respectivo recheio. O vernacular ou camponês está mais próximo da habitação característica das pessoas do campo com algumas posses e o erudito ou senhorial está mais próximo da habitação característica das elites de província. Estas casas pertencem e são maioritariamente exploradas e geridas por um só titular.A maioria dos proprietários tem entre 45 e 60 anos, estudos superiores e exercem uma profissão intelectual ou cientifica paralela à sua actividade gestora da unidade, iniciada mediante o aproveitamento de imóveis pertencentes à família. Contudo, estes não formam um grupo homogéneo, em função das razões pelas quais entraram na actividade e do modo como a desenvolvem, sendo possível identificar três grupos de actores: elites de província, agricultores e criadores de animais, e indiferenciados. Os hóspedes têm idades compreendidas entre 31 e 45 anos, exercem profissões de “colarinho branco”, provêem dos grandes centros urbanos do país e do estrangeiro e os seus consumos turísticos são um meio de distinção social. As suas deslocações ao campo são mais ou menos regulares, breves e estão associadas à prossecução de dois objectivos: romper com a vida quotidiana e obter uma experiência revigorante no campo. O campo que atrai e fascina estes citadinos é uma espécie de “paraíso na terra”, com virtudes que se crêem ausentes da actual vida urbana, como a tranquilidade, a natureza, a tradição e a autenticidade. A estadia nestas casas torna a experiência de vida no idílio rural mais efectiva, em razão das características próprias e das representações acopladas a estas unidades. As entidades consultadas, os proprietários e os hóspedes têm uma visão positiva do sector enquanto dinamizador da economia e do emprego ao nível local que se encontra desfasada da realidade. As suas mais-valias não se encontram na esfera económica, mas sim na esfera simbólica. O sector contribui para manter a habitabilidade dos campos que fascinam os citadinos de classe média do país e do estrangeiro e que constituem um alicerce para a identidade nacional. O turismo só se repercute significativamente no tecido socioeconómico das populações locais quando existe um leque variado de produtos e serviços turísticos susceptíveis de atrair um volume de visitantes que garanta a sua viabilidade económica, como ocorre em Sortelha e em Monsaraz, mas não em Estorãos. |
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Paralelamente, efectuaram-se estudos de caso em 30 unidades situadas em diferentes pontos do país – 15 no Minho, 9 na Beira Interior e 6 no Alto Alentejo –, que incluíram entrevistas com proprietários e hóspedes, bem como consulta de livros de honra e livros de registo de clientes. No plano local, fez-se uma pesquisa de terreno durante cerca de cinco meses em cada uma das aldeias, que incluiu observação etnográfica, realização de entrevistas junto de proprietários, turistas e várias entidades ligadas ao sector, bem como consulta de livros de honra. Principais resultados e contributos | É o primeiro estudo aprofundado sobre o Turismo em Espaço Rural efectuado à escala do território nacional. O sector tem um peso residual no universo hoteleiro em Portugal, representando cerca de 2% da respectiva capacidade de alojamento e 1% do número estimado de dormidas. 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O campo que atrai e fascina estes citadinos é uma espécie de “paraíso na terra”, com virtudes que se crêem ausentes da actual vida urbana, como a tranquilidade, a natureza, a tradição e a autenticidade. A estadia nestas casas torna a experiência de vida no idílio rural mais efectiva, em razão das características próprias e das representações acopladas a estas unidades. As entidades consultadas, os proprietários e os hóspedes têm uma visão positiva do sector enquanto dinamizador da economia e do emprego ao nível local que se encontra desfasada da realidade. As suas mais-valias não se encontram na esfera económica, mas sim na esfera simbólica. O sector contribui para manter a habitabilidade dos campos que fascinam os citadinos de classe média do país e do estrangeiro e que constituem um alicerce para a identidade nacional. 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A oferta agrupa dois tipos de alojamento: o que seria típico dos camponeses com algumas posses e o que associamos às elites de província. Cerca de 75% das casas estão inseridas em quintas ou herdades e aproximadamente 33% das camas estão localizadas em edifícios anteriormente associados à agricultura: casas de caseiros, cavalariças, celeiros e lojas de arrumos. Os proprietários e os hóspedes destas casas possuem um considerável estatuto socioeconómico e interagem no âmbito de um processo de mercantilização da hospitalidade. Existem três tipos de proprietários: elites de província; agricultores e criadores de animais; indiferenciados. Os hóspedes são citadinos nacionais e estrangeiros movidos por um ideário de tipo pastoral, ao qual se junta a atracção pela História quando frequentam solares e casas apalaçadas. O sector não se repercute significativamente no tecido socioeconómico das áreas em que é implantado. 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Estas casas pertencem e são maioritariamente exploradas e geridas por um só titular.A maioria dos proprietários tem entre 45 e 60 anos, estudos superiores e exercem uma profissão intelectual ou cientifica paralela à sua actividade gestora da unidade, iniciada mediante o aproveitamento de imóveis pertencentes à família. Contudo, estes não formam um grupo homogéneo, em função das razões pelas quais entraram na actividade e do modo como a desenvolvem, sendo possível identificar três grupos de actores: elites de província, agricultores e criadores de animais, e indiferenciados. Os hóspedes têm idades compreendidas entre 31 e 45 anos, exercem profissões de “colarinho branco”, provêem dos grandes centros urbanos do país e do estrangeiro e os seus consumos turísticos são um meio de distinção social. As suas deslocações ao campo são mais ou menos regulares, breves e estão associadas à prossecução de dois objectivos: romper com a vida quotidiana e obter uma experiência revigorante no campo. 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O turismo só se repercute significativamente no tecido socioeconómico das populações locais quando existe um leque variado de produtos e serviços turísticos susceptíveis de atrair um volume de visitantes que garanta a sua viabilidade económica, como ocorre em Sortelha e em Monsaraz, mas não em Estorãos. |
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