Correção endovascular de aneurismas da aorta abdominal em doentes com anatomia desfavorável: resultados institucionais a curto e médio prazo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues,Gonçalo Manuel
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Castro,João Albuquerque e, Gonçalves,Frederico Bastos, Quintas,Anita, Abreu,Rodolfo, Ferreira,Rita, Camacho,Nelson, Valentim,Hugo, Garcia,Ana, Ferreira,Maria Emília, Capitão,Luís Mota
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2015000300005
Resumo: Objetivo: Determinar a influência da anatomia do aneurisma da aorta abdominal (AAA) nos resultados a curto e médio prazo após Endovascular Aneurysm Repair (EVAR). Métodos: Estudo retrospetivo de todos os doentes com AAA infrarrenal sem menção de rotura resultados a curto e médio prazo após Endovascular Aneurysm Repair (EVAR). Métodos: Estudo retrospetivo de todos os doentes com AAA infrarrenal sem menção de rotura submetidos a EVAR aorto-biilíaco programado na nossa instituição entre 2011-2013 (n = 112). Todos os exames de follow-up imagiológico foram analisados numa plataforma com Osirix® e foram realizadas medições anatómicas com center lumen line. Apenas foram incluídos os doentes com um follow-up imagiológico superior a 12 meses, o que resultou na exclusão de 33 (29%) casos. Os doentes foram divididos em 2 grupos: grupo com «anatomia favorável para EVAR» (f-IFU); grupo com «anatomia desfavorável para EVAR» (df-IFU). Resultados: Dos 79 doentes elegíveis para o estudo, 35,5% (n = 28) foram realizados em doentes do grupo df-IFU. Estes doentes apresentaram AAA com maiores dimensões (64,4 ± 10,1 mm vs. 60,6 ± 10,8 mm, p = 0,046) e colos mais curtos (19,8 ± 11,8 mm vs. 30,4 ± 14,4 mm, p = 0,001). A endoprótese mais utilizada foi a Endurant® (54,5%). Constatou-se que o grupo df-IFU é tratado mais frequentemente com endopróteses com sistema de fixação suprarrenal (85,7% df-IFU vs. 69% f-IFU, p = 0,048). O tempo médio de follow-up foi de 21,9 ± 9,8 meses (12-46 meses). A taxa de mortalidade perioperatória (0% df-IFU vs. 2% f-IFU) e a taxa de mortalidade global por todas as causas (12% df-IFU vs. 11,9% f-IFU) foi semelhante nos 2 grupos (p > 0,05). Não por todas as causas (12% df-IFU vs. 11,9% f-IFU) foi semelhante nos 2 grupos (p > 0,05). Não se verificaram diferenças significativas nas taxas de endoleak (curto prazo 25% df-IFU vs. 22% f-IFU; médio prazo 12% df-IFU vs. 23,8% f-IFU) nem nas taxas de reintervenção (curto prazo7,2% df-IFU vs. 8% f-IFU; médio prazo 4% df-IFU vs. 4,8% f-IFU) (p > 0,05). Conclusão: A realização de EVAR em doentes com anatomia desfavorável produziu resultados que são comparáveis aos dos doentes com anatomia favorável, quer a curto quer a médio prazo. São necessários estudos a longo prazo para confirmar estes achados.
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Rodrigues,Gonçalo Manuel
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