Métodos de Avaliação do risco de Pré-Eclâmpsia no primeiro trimestre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Sílvia Raquel Ribeiro de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8852
Resumo: Introdução| A pré-eclâmpsia, caracterizada pelo desenvolvimento de hipertensão de novo em gestantes previamente normotensas, afeta 2 a 8% de todas as gestações, sendo mais frequente após as 20 semanas de gestação. Nestes casos, a hipertensão pode acompanhar-se de proteinúria, de disfunção de órgãos maternos ou de disfunção uteroplacentária. O seu diagnóstico ocorre tradicionalmente em consulta de rotina do 2º ou 3º trimestres. Contudo, em 2011 assistiu-se a uma mudança de paradigma do diagnóstico e tratamento da pré-eclampsia, sendo que as atenções se focaram na sua prevenção e na identificação precoce de grávidas em risco de desenvolverem complicações, com especial foco no 1º trimestre. Objetivos| Para a realização desta dissertação foram estipulados como objetivos a análise descritiva da evidência científica atual sobre os métodos de avaliação do risco de desenvolvimento de pré-eclâmpsia que podem ser aplicados durante o 1º trimestre e as medidas preventivas da pré-eclâmpsia neste mesmo trimestre. Metodologia| Para a elaboração desta revisão bibliográfica foi realizada uma vasta pesquisa desde setembro de 2018 a abril de 2019, cujas fontes foram a PubMED e o UpToDate. Foram utilizadas as guidelines da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, recomendações da American College of Obstetricians and Gynecologists, da National Institute for Health and Care Excellence, da International Society for the Study of Hypertension in Pregnancy e da Organização Mundial de Saúde e ainda normas de orientação clínica da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal. Discussão| À luz da evidência científica atual as alterações fisiopatológicas da pré-eclâmpsia precedem as suas manifestações clínicas. Nos últimos anos têm aumentado os estudos acerca da utilidade de marcadores moleculares para a identificação precoce do risco de pré-eclâmpsia no 1º trimestre. Esta identificação permitiria não só a redução da prevalência da doença através da implementação atempada de medidas preventivas, mas também de outras complicações perinatais. Desta forma, será possível individualizar a vigilância obstétrica, determinar o momento apropriado para o parto, e melhorar o prognóstico materno-fetal. Conclusão| De acordo com a Fetal Medicine Foundation a utilização de marcadores moleculares e biofísicos em combinação com os fatores maternos recolhidos, permite identificar gravidezes em alto risco de desenvolvimento de pré-eclâmpsia no 1º trimestre, principalmente a de início precoce, que é a que mais contribui para as complicações materno-fetais. Esta identificação possibilita uma melhor alocação de recursos de acordo com o risco individual da grávida, uma vigilância obstétrica personalizada e dirigida e uma intervenção farmacológica com aspirina em baixa dose e suplementação de cálcio, a fim de reduzir a prevalência da doença e das suas complicações.
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Objetivos| Para a realização desta dissertação foram estipulados como objetivos a análise descritiva da evidência científica atual sobre os métodos de avaliação do risco de desenvolvimento de pré-eclâmpsia que podem ser aplicados durante o 1º trimestre e as medidas preventivas da pré-eclâmpsia neste mesmo trimestre. Metodologia| Para a elaboração desta revisão bibliográfica foi realizada uma vasta pesquisa desde setembro de 2018 a abril de 2019, cujas fontes foram a PubMED e o UpToDate. Foram utilizadas as guidelines da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, recomendações da American College of Obstetricians and Gynecologists, da National Institute for Health and Care Excellence, da International Society for the Study of Hypertension in Pregnancy e da Organização Mundial de Saúde e ainda normas de orientação clínica da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal. Discussão| À luz da evidência científica atual as alterações fisiopatológicas da pré-eclâmpsia precedem as suas manifestações clínicas. Nos últimos anos têm aumentado os estudos acerca da utilidade de marcadores moleculares para a identificação precoce do risco de pré-eclâmpsia no 1º trimestre. Esta identificação permitiria não só a redução da prevalência da doença através da implementação atempada de medidas preventivas, mas também de outras complicações perinatais. Desta forma, será possível individualizar a vigilância obstétrica, determinar o momento apropriado para o parto, e melhorar o prognóstico materno-fetal. Conclusão| De acordo com a Fetal Medicine Foundation a utilização de marcadores moleculares e biofísicos em combinação com os fatores maternos recolhidos, permite identificar gravidezes em alto risco de desenvolvimento de pré-eclâmpsia no 1º trimestre, principalmente a de início precoce, que é a que mais contribui para as complicações materno-fetais. Esta identificação possibilita uma melhor alocação de recursos de acordo com o risco individual da grávida, uma vigilância obstétrica personalizada e dirigida e uma intervenção farmacológica com aspirina em baixa dose e suplementação de cálcio, a fim de reduzir a prevalência da doença e das suas complicações.Introduction| Preeclampsia is characterized by the development of hypertension in newly pregnant females, who previously had normotension. It affects 2 to 8% of all pregnancies and it is more frequent after the twenty week mark of a pregnancy. In Preeclampsia, hypertension can coincide with proteinuria, the dysfunction of maternal organs, or uteroplacental dysfunction. This diagnosis was usually detected in routine consultations within the 2nd or 3rd trimester. However, a paradigm shift in the diagnosis and treatment of preeclampsia was observed in 2011, focusing on its prevention and in the early identification of pregnant women at risk of developing complications. As a result, more emphasis is placed on the 1st trimester to promptly detect risks in women who are prone to such complications. Objectives | The objective of this dissertation is a descriptive analysis of the current scientific evidence on the methods used to evaluate the risks of developing preeclampsia in the 1st trimester and the process in which it can be prevented. Methodology | Since September 2018 up until April 2019 a wide search for credible sources occurred in order to develop this dissertation. Such sources include: PubMed and UpToDate. There were also used the guidelines from Sociedade Portuguesa de Hipertensão, recommendations from American College of Obstetricians and Gynecologists, National Institute for Health and Care Excellence, International Society for the Study of Hypertension in Pregnancy, World Health Organization, and also the clinical practice guidelines of Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal. Discussion | There has been an increase in studies centered on the usefulness of molecular markers that identify risks of preeclampsia in the first trimester due to found evidence that changes in pathophysiology of preeclampsia precede clinical manifestations. As a result, this information would help reduce the prevalence of the disease through the implementation of timely preventive measures. It would also reduce other perinatal complications. Ultimately, this would allow individual obstetric observation, therefore, indicating the appropriate time for labor and how to improve maternal-fetal prognosis. Conclusion | According to Fetal Medicine Foundation the utilization of biochemical and biophysics markers along with other collected maternal factors, identify pregnancies with a high risk of preeclampsia during the 1st trimester, especially during the earliest stages which contribute most to maternal-fetal complications. Therefore, this enables a more effective resource allocation that focuses on each individual, a personalized obstetric surveillance, and a pharmacological intervention with low doses of aspirin and calcium supplementation. As a result, the presence of the illness and its complications are decreased.Moutinho, José Alberto FonsecauBibliorumAlmeida, Sílvia Raquel Ribeiro de2020-01-28T17:01:51Z2019-07-032019-05-302019-07-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8852TID:202373916porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:49:13Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8852Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:06.000312Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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