A Neocriminalização do Stalking

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: David, Marisa Nunes Ferreira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/81913
Resumo: Dissertação de Mestrado em Medicina Legal e Ciências Forenses apresentada à Faculdade de Medicina
id RCAP_87d3e6f94baab4d97dbe60703128b171
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/81913
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A Neocriminalização do StalkingThe Neo-Criminalization of StalkingStalkingAssédio PersistentePerseguiçãoViolência Interpessoal;NeocriminalizaçãoStalkingPersistent HarassmentPersecutionInterpersonal ViolenceNeo-criminalizationDissertação de Mestrado em Medicina Legal e Ciências Forenses apresentada à Faculdade de MedicinaO stalking consiste numa série de comportamentos de assédio persistente de que uma pessoa é vítima por parte de outra, podendo existir/ter existido entre elas uma relação prévia ou serem desconhecidos. Estas condutas podem revestir a mais variada natureza, e, frequentemente, se vistas de forma isolada, podem parecer simples atos de cortejamento e de demonstração de afeto, sendo, dessa forma, desvalorizadas pela sociedade. Um dos primeiros países a criminalizar o stalking foi os Estados Unidos da América, mais concretamente, o Estado da Califórnia, em 1990, na sequência da morte de uma atriz norte-americana assassinada por um fã, e de outras quatro mulheres assassinadas pelos seus ex-maridos ou ex-namorados. Também vários países europeus incluíram o stalking nos seus ordenamentos jurídicos, autonomizando-o de outros crimes, nomeadamente, do crime de violência doméstica. Em Portugal estas condutas foram criminalizadas em 2015, estando plasmadas no artigo 154º-A do Código Penal, sob a epígrafe “Perseguição”. Com o presente trabalho pretendemos abordar a temática do stalking. Para isso, começaremos por tentar defini-lo, perceber quais os comportamentos suscetíveis de integrar este fenómeno, quais as principais características do ofensor e da vítima, que consequências tem nas vítimas e quais as principais estratégias por estas levadas a cabo com a intenção de superar os danos que aquelas condutas lhe provocaram. Posteriormente, faremos uma breve análise da forma como o stalking foi criminalizado noutros países, nomeadamente, nos Estados Unidos da América, na Dinamarca, na Alemanha e em Itália. Passaremos, depois, à análise do stalking no nosso ordenamento jurídico, tentando perceber quais as razões que levaram à sua criminalização e procedendo ao escrutínio do artigo 154.º-A do Código Penal. Por fim, confrontaremos a forma como o stalking era percecionado na jurisprudência portuguesa antes da criminalização, com a forma como ele é visto atualmente, visando entender se a criação deste novo crime veio, de facto, acautelar o interesse das vítimas ou se foi apenas uma neocriminalização sem grandes efeitos práticos, fruto de pressões sociais na esfera legislativa, culminando na criminalização de atos do quotidiano.Stalking consists of a series of persistent harassment behaviors of which one person is victim of another, and there may exist or have existed between them a relationship or be unknown. These behaviors may be of the most varied nature and, frequently, if seen in an isolated form, may seem simple acts of courtship and demonstration of affection, and are not taken into account or valued by society. One of the first countries that criminalized stalking was United States of America, more specifically the State of California, in 1990, following the death of a North-American actress murdered by a fan and four other women murdered by their ex-husbands or ex-boyfriends. Several European Countries also included stalking in their legal systems, making it independent of other crimes, including the crime of domestic violence. In Portugal, these conducts were criminalized in 2015, being embodied in article 154-A of the Criminal Code, under the heading “Persecution”. With the present work, we intend to board the matter of stalking. For this, we will start to try to define and understand which behaviour is susceptible of integrating this phenomenon, what are the main characteristics of the offender and the victim, what consequences it has on the victims and what are the principal strategies taken by them with the intention of overcoming the damages that those conducts caused. Subsequently, we will make a brief analysis of the way stalking was criminalized in other countries such as United States of America, Denmark, Germany and in Italy. We will then go on to analyze the stalking in our juridical system with the purpose of understanding the reasons that led to its criminalization and proceeding to the scrutiny of article 154-A of the Criminal Code. Finally, we will confront the way stalking was perceived in Portuguese jurisprudence before the criminalization with the way it is currently seen, to understand if the creation of this new crime came, in fact, to caution the interest of the victims or if it was just a neo-criminalization without great practical effects, due to social pressure in the legislative sphere, culminating in the criminalization of everyday life.2017-07-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/81913http://hdl.handle.net/10316/81913TID:201985330porDavid, Marisa Nunes Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T02:40:00Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/81913Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:03:55.374322Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A Neocriminalização do Stalking
The Neo-Criminalization of Stalking
title A Neocriminalização do Stalking
spellingShingle A Neocriminalização do Stalking
David, Marisa Nunes Ferreira
Stalking
Assédio Persistente
Perseguição
Violência Interpessoal;
Neocriminalização
Stalking
Persistent Harassment
Persecution
Interpersonal Violence
Neo-criminalization
title_short A Neocriminalização do Stalking
title_full A Neocriminalização do Stalking
title_fullStr A Neocriminalização do Stalking
title_full_unstemmed A Neocriminalização do Stalking
title_sort A Neocriminalização do Stalking
author David, Marisa Nunes Ferreira
author_facet David, Marisa Nunes Ferreira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv David, Marisa Nunes Ferreira
dc.subject.por.fl_str_mv Stalking
Assédio Persistente
Perseguição
Violência Interpessoal;
Neocriminalização
Stalking
Persistent Harassment
Persecution
Interpersonal Violence
Neo-criminalization
topic Stalking
Assédio Persistente
Perseguição
Violência Interpessoal;
Neocriminalização
Stalking
Persistent Harassment
Persecution
Interpersonal Violence
Neo-criminalization
description Dissertação de Mestrado em Medicina Legal e Ciências Forenses apresentada à Faculdade de Medicina
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-07-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/81913
http://hdl.handle.net/10316/81913
TID:201985330
url http://hdl.handle.net/10316/81913
identifier_str_mv TID:201985330
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133932300533760