Abordagem clínica das pessoas não-binárias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/56897 |
Resumo: | Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2022 |
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Abordagem clínica das pessoas não-bináriasNão-binárioTransgéneroGenderqueerPsiquiatriaDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2022As pessoas não-binárias, historicamente invisíveis e invalidadas, têm ganho, lenta e precariamente, algum destaque no debate público relacionado com as questões LGBTQI+. Estas pessoas, que num passado próximo forçosamente assumiram uma identidade de género binária dada a cis-heteronormatividade (ainda) vigente na nossa sociedade, são alvos constantes de discriminação, marginalização e isolamento. Estes flagelos decorrem de um pensamento ditatorial vigorante, que impossibilita a existência de identidades que caiam fora do binómio homem/mulher, binómio identitário esse que terá que ser sempre congruente, segundo essa linha opressora, com o sexo designado à nascença do indivíduo. Deste modo, a invalidação constante que as pessoas trans não-binárias atravessam impactará negativamente a sua vida nas mais diversas vertentes. A sociedade envolvente destes indivíduos, enquanto conjunto integrante dos mais variados preconceitos, é a responsável primordial pelos resultados negativos associados à saúde mental e física destas pessoas, dado que os profissionais a ela dedicados são uma parte integrante desse mesmo ambiente hostil. Assim, estas agressões, diretas e indiretas, no seio deste meio social, refletir-se-ão também nos cuidados de saúde, acabando por constituir, inevitavelmente, uma enorme barreira ao acesso dos mesmos. Desta forma, afigura-se de elevada pertinência desenvolver uma linha global de intervenção, quer a nível da sociedade, quer nos cuidados de saúde. Esta assumir-se-á como uma das possíveis respostas às necessidades que são comuns às pessoas trans, indo ao encontro das especificidades das pessoas não-binárias. Assumindo uma posição enfatizadora da empatia, do respeito e da compreensão pelos indivíduos com identidades de género não normativas, iniciar-se-á o processo (tão necessário) de inversão da discriminação dirigida às pessoas não-binárias – e consequentes melhorias ao nível da saúde física e mental, tantas vezes tão precárias neste grupo marginalizado.Non-binary individuals have been historically invalidated and, consequently, inherited a sense of invisibility. However, despite the recent light shine upon the LGBTQI+ community, non-binary individuals witnessed an increase in awareness and sense of validation regarding their matters, that are now beginning to be debated openly in varied realms of society. These people, whom in a recent past have forcefully assumed a binary entity of gender, in spite of the cis-heteronormativity that is the state of art of societies, are the target of constant discrimination, marginalisation and isolation. These faults are the result of a dictatorial school of thought, which makes impossible for identities outside the binary male/female norm to exist. This binarism is blatantly imposed, and must be congruent, according to this line of judgment, with the sex assigned at birth. Hence, this constant invalidation will negatively impact non-binary individuals’ lives in various ways. The surrounding society, with its prejudices and preconceptions, is the primordial responsible for the negative results regarding mental and physical health since health professionals are an integrating part of this hostile environment. This way, direct and indirect aggressions within the social environment will also integrate the health care realm, constituting a barrier in terms of access to health care. Considering these statements, the development of a global guideline of intervention on a social level, as well as on a health care level, is of the utmost importance. Such guideline will play a vital role answering the common needs of trans individuals, considering the specific necessities of non-binary people. The assumption of an empathetic, respectful, and comprehensive attitude towards these individuals, will propel the mitigation of discrimination towards them. As a result, improvements in the mental and physical health of this so often marginalised part of the community are expected.Correia, Diogo TellesCroca, Marta Jesus CameiraRepositório da Universidade de LisboaTrigo, Francisca Miguel Ferreira2022-072022-07-01T00:00:00Z2024-07-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/56897TID:203140052porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T17:04:52Zoai:repositorio.ul.pt:10451/56897Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:07:24.416648Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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