Interrupção voluntária de gravidez :

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Palma, Sara Elisabete Cavaco
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/20992
Resumo: A IVG é um problema sério e transversal às diferentes classes sociais, económicas e culturais com implicações para a saúde pública e em particular para a saúde da mulher. Uma mulher em processo de IVG vive várias transições que se pretende serem passadas de forma equilibrada e ajustada, pois de outra forma as repercussões na sua qualidade de vida, podem ser severas. Este estudo tem como objetivo compreender as vivências das mulheres em processo de IVG. Desenvolveu-se uma investigação de natureza qualitativa, do tipo descritivo, tendo como questão de investigação: ”Quais as vivências das mulheres em processo de Interrupção Voluntária de Gravidez?”. Como instrumento de colheita de dados privilegiou-se a entrevista semiestruturada, realizada a vinte e cinco mulheres, que obedeceram aos critérios de inclusão delineados. As participantes foram entrevistadas no dia da consulta de GND, do HGO, EPE em Almada. Os resultados mostraram que os motivos apontados pelas mulheres prendem-se com aspetos de natureza socioeconómica, ausência de projeto de maternidade e pouca literacia em saúde, concluímos que independentemente das razões indicadas, a falha da contraceção é maioritariamente o que está na origem da procura da IVG. Das vivências experienciadas, sobressaem os sentimentos de culpa, vergonha, ambivalência, medo, angustia/ansiedade, receio do castigo divino, repressão dos sentimentos e pensamentos sobre a IVG e a vontade em retomar as suas vidas. Consideram o companheiro/marido e a família alguém em quem confiam que estão grávidas, mas revelam sentir falta de apoio, vivenciando todo o processo da IVG sozinhas. Salientamos a importância do trabalho conjunto entre os cuidados de saúde primários, os hospitalares, e a comunidade ao nível da prevenção das infeções sexualmente transmissíveis, contraceção, adesão terapêutica, investimento na formação dos EEESMO, de forma a estarem mais habilitados a intervir junto destas mulheres para garantirem uma transição ajustada e encontrar estratégias junto das entidades responsáveis para que exista uma resposta adequada nas unidades de saúde na acessibilidade a todos os métodos contracetivos de forma gratuita.
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