Gama, nº12 (Jul./Dez. 2018)
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Data de Publicação: | 2018 |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/49894 |
Resumo: | O tropicalismo arranca em 1967, através do corpo: a música de Caetano Veloso e Gilberto Gil, os vestíveis de Hélio Oiticica, as propostas teatrais de José Celso Martinez Corrêa e os cenários de Hélio Eichbauer. Hoje as coisas são um pouco mais complexas. Em tempo de redes sociais, os aspirantes ao poder fazem uso da sua imediatez para suscitarem reações epidérmicas, superficiais, populistas e de grande instantaneidade. A boçalidade triunfa nas caixas de comentários, e com mais alguns perfis falsificados podem manipular-se plebiscitos, movimentos secessionistas, ou, e também censurar-se exposições de arte. Nesta variação do fascismo, a epiderme eletrificada das redes sociais estrutura-se como uma poderosa arena onde se aparenta uma falsa democracia. Talvez a arte continue a ser um reduto para reflexão, mas vemos que a censura se manifesta hoje de modo talvez mais eficaz, silenciando artistas e professores, através da pressão mediatizada, da emoção do momento. Para isto é necessária a atenção consciente da arte, dos artistas, e também dos arte-educadores: enfrenta-se uma massa cada vez mais informe, alienada e despojada de reflexão para além do imediato. |
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