A infecundidade voluntária: A escolha por uma vida sem filhos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/26711 |
Resumo: | Espera-se, socialmente, que em algum momento da vida uma mulher se torne mãe. Os ideais repronormativos assentam na ligação indissociável entre a mulher e a maternidade que se assume como um destino quase inevitável na vida das mulheres. Com este trabalho pretende-se dar um contributo para o debate e compreensão do fenómeno da não maternidade voluntária, através da análise de trajetórias de vida de treze mulheres portuguesas que não querem ter filhos. Procurou-se compreender o que está por trás de uma decisão de não querer ter filhos, sobretudo no que diz respeito às dimensões da vida que estas mulheres mais valorizam, os motivos que as mesmas apontam para a sua decisão e a sua posição face à maternidade. Através de entrevistas biográficas, tentou-se compreender a forma como estas mulheres constroem e vivenciam uma decisão de não ter filhos. A análise permitiu identificar três perfis correspondentes a diferentes processos de construção da decisão. Os resultados apontam para a construção da decisão de não ter filhos como um processo que vai ocorrendo ao longo da trajetória de vida de uma pessoa. A opção pela não maternidade nem sempre é precoce e irrevogável, podendo apresentar graus variáveis de rejeição e de segurança face à decisão ao longo do tempo. Independentemente do momento e do contexto de vida em que uma mulher se encontre, todas as narrativas de infecundidade voluntária são importantes para o estudo deste fenómeno. |
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Espera-se, socialmente, que em algum momento da vida uma mulher se torne mãe. Os ideais repronormativos assentam na ligação indissociável entre a mulher e a maternidade que se assume como um destino quase inevitável na vida das mulheres. Com este trabalho pretende-se dar um contributo para o debate e compreensão do fenómeno da não maternidade voluntária, através da análise de trajetórias de vida de treze mulheres portuguesas que não querem ter filhos. Procurou-se compreender o que está por trás de uma decisão de não querer ter filhos, sobretudo no que diz respeito às dimensões da vida que estas mulheres mais valorizam, os motivos que as mesmas apontam para a sua decisão e a sua posição face à maternidade. Através de entrevistas biográficas, tentou-se compreender a forma como estas mulheres constroem e vivenciam uma decisão de não ter filhos. A análise permitiu identificar três perfis correspondentes a diferentes processos de construção da decisão. Os resultados apontam para a construção da decisão de não ter filhos como um processo que vai ocorrendo ao longo da trajetória de vida de uma pessoa. A opção pela não maternidade nem sempre é precoce e irrevogável, podendo apresentar graus variáveis de rejeição e de segurança face à decisão ao longo do tempo. Independentemente do momento e do contexto de vida em que uma mulher se encontre, todas as narrativas de infecundidade voluntária são importantes para o estudo deste fenómeno. |
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