A cista megalítica do Cerro do Malhão (Alcoutim)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.2/2354 |
Resumo: | Neste estudo dão-se a conhecer os resultados da escavação de emergência realizada em Abril e Maio de 2000 na cista megalítica do Cerro do Malhão (Alcoutim), pouco tempo antes parcialmente destruída pela construção de uma antena de telecomunicações da TMN, empresa que suportou parcialmente os encargos da escavação. Esta, desenvolveu-se em extensão, numa área alargada em torno do monumento, o que permitiu pôr à vista um vasto lajeado, constituído por elementos de grauvaque e de xisto, de planta subcircular, tendo por centro a cista megalítica. Tendo em consideração que aquele lageado, regular e extenso, bem delimitado na sua periferia, estaria a descoberto — pois de outra forma não se entenderia a sua existência — conclui-se que a cista, cujos topos atingem cerca de 0,5 m acima daquele, se encontraria também a descoberto, constituindo uma espécie de sarcófago a céu aberto, no centro do referido lajeado. Trata-se da primeira vez que, numa cista megalítica, se reconheceram tais características arquitectónicas. O exemplo mais próximo no território português corresponde à cista megalítica de Castelejo (Vila Nova de Paiva), publicada por G. Leisner, a qual possui, na base de um dos esteios menores, uma abertura, sugerido que, tal como a de Cerro do Malhão, fosse desprovida de cobertura. Embora violada de há muito, a cista estudada, pela técnica construtiva, de carácter megalítico, pelo tamanho e pelo espólio, situar-se-á entre o Neolítico Final e o Calcolítico, sendo porém anterior às cistas do Calcolítico Final regional, pertencentes ao chamado “Horizonte de Ferradeira”. |
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A cista megalítica do Cerro do Malhão (Alcoutim)ArqueologiaEscavações arqueológicasMegalitismoHistória de PortugalPré-históriaAlcoutimNeste estudo dão-se a conhecer os resultados da escavação de emergência realizada em Abril e Maio de 2000 na cista megalítica do Cerro do Malhão (Alcoutim), pouco tempo antes parcialmente destruída pela construção de uma antena de telecomunicações da TMN, empresa que suportou parcialmente os encargos da escavação. Esta, desenvolveu-se em extensão, numa área alargada em torno do monumento, o que permitiu pôr à vista um vasto lajeado, constituído por elementos de grauvaque e de xisto, de planta subcircular, tendo por centro a cista megalítica. Tendo em consideração que aquele lageado, regular e extenso, bem delimitado na sua periferia, estaria a descoberto — pois de outra forma não se entenderia a sua existência — conclui-se que a cista, cujos topos atingem cerca de 0,5 m acima daquele, se encontraria também a descoberto, constituindo uma espécie de sarcófago a céu aberto, no centro do referido lajeado. Trata-se da primeira vez que, numa cista megalítica, se reconheceram tais características arquitectónicas. O exemplo mais próximo no território português corresponde à cista megalítica de Castelejo (Vila Nova de Paiva), publicada por G. Leisner, a qual possui, na base de um dos esteios menores, uma abertura, sugerido que, tal como a de Cerro do Malhão, fosse desprovida de cobertura. Embora violada de há muito, a cista estudada, pela técnica construtiva, de carácter megalítico, pelo tamanho e pelo espólio, situar-se-á entre o Neolítico Final e o Calcolítico, sendo porém anterior às cistas do Calcolítico Final regional, pertencentes ao chamado “Horizonte de Ferradeira”.In this study, results are presented from an emergency archaeological excavation performed during April and May 2000 on the megalithic cist of Cerro do Malhão (Alcoutim). This site was partially destroyed during the installation of a telecommunication antenna. The full excavation of the monument showed a circular slab covering made of greywacke blocks, surrounding the cist, in its central part. This secondary structure was likely not covered, therefore the upper part of the cista is about 0,5 m above this surface and highly evident. It’s the first time that in a megalithic cist such architectonic features are recognized. The closest example in Portuguese territory belongs to the megalithic cist of Castelejo (Vila Nova de Paiva) published by G. Leisner, which presents in the base of one of the minor monoliths a hole suggesting that it could be originally uncovered, like the Algarvian monument. The megalithic cist of Cerro do Malhão can be time framed between the Late Neolithic and the Chalcolithic, and is likely older than the cists from regional Late Chalcolithic such as Horizonte de Ferradeira, defined by H. Schubart.Repositório AbertoCardoso, João LuísGradim, Alexandra2013-02-07T11:56:49Z20032003-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.2/2354porCardoso, João Luís; Gradim, Alexandra - A cista megalítica do Cerro do Malhão (Alcoutim) [Em linha]. "Revista Portuguesa de Arqueologia". ISSN 0874-2782. Vol. 6, Nº 2 (2003), p. 167-1790874-2782info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-16T15:15:49Zoai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/2354Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:43:51.906547Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Neste estudo dão-se a conhecer os resultados da escavação de emergência realizada em Abril e Maio de 2000 na cista megalítica do Cerro do Malhão (Alcoutim), pouco tempo antes parcialmente destruída pela construção de uma antena de telecomunicações da TMN, empresa que suportou parcialmente os encargos da escavação. Esta, desenvolveu-se em extensão, numa área alargada em torno do monumento, o que permitiu pôr à vista um vasto lajeado, constituído por elementos de grauvaque e de xisto, de planta subcircular, tendo por centro a cista megalítica. Tendo em consideração que aquele lageado, regular e extenso, bem delimitado na sua periferia, estaria a descoberto — pois de outra forma não se entenderia a sua existência — conclui-se que a cista, cujos topos atingem cerca de 0,5 m acima daquele, se encontraria também a descoberto, constituindo uma espécie de sarcófago a céu aberto, no centro do referido lajeado. Trata-se da primeira vez que, numa cista megalítica, se reconheceram tais características arquitectónicas. O exemplo mais próximo no território português corresponde à cista megalítica de Castelejo (Vila Nova de Paiva), publicada por G. Leisner, a qual possui, na base de um dos esteios menores, uma abertura, sugerido que, tal como a de Cerro do Malhão, fosse desprovida de cobertura. Embora violada de há muito, a cista estudada, pela técnica construtiva, de carácter megalítico, pelo tamanho e pelo espólio, situar-se-á entre o Neolítico Final e o Calcolítico, sendo porém anterior às cistas do Calcolítico Final regional, pertencentes ao chamado “Horizonte de Ferradeira”. |
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