Stresse e resiliência do enfermeiro na assistência ao doente crítico pós pandemia covid – 19, num Hospital da Região Norte do País

• Autor(a) principal: Alves, Rute Sofia Morais
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/11999
• topic: Stresse; Doente crítico

Enquadramento: O presente relatório enquadra-se no âmbito da unidade curricular Opção: estágio/dissertação do 2º ano, 1º semestre do curso de Mestrado em Enfermagem da Pessoa em Situação Crítica da Escola Superior de Saúde da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro em consórcio com a Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho, que decorreu de setembro de 2021 a janeiro de 2022 e visou o desenvolvimento de competências específicas na área da Pessoa em Situação Crítica. No âmbito deste estágio desenvolvemos um trabalho de investigação subordinado ao tema “Stresse e Resiliência do Enfermeiro na Assistência ao Doente Crítico após a pandemia COVID-19”. Atualmente atravessamos uma situação de pandemia com impactos na sobrevida da população, com reflexos na economia, com mudanças na vida social e aumento da mortalidade e pobreza. A falta de preparação dos sistemas de saúde, a sobrelotação de serviços, a probabilidade de contaminar ou de ser contaminado e o conhecimento científico ainda insuficiente sobre o vírus dificulta a prestação de cuidados ao doente. Neste contexto, a integridade física e emocional dos profissionais e a segurança dos mesmos ficam prejudicadas originando situações de stresse. Objetivos: O presente relatório teve como objetivo analisar de forma crítico reflexiva o desenvolvimento de competências, tendo por bases as competências comuns e as competências do enfermeiro especialista na área da pessoa em situação crítica definidas nos regulamentos da Ordem dos Enfermeiros. O trabalho de investigação teve como objetivo descrever os níveis de stresse e fatores de stresse e relacioná-los com a resiliência dos enfermeiros do SU. Metodologia: Realizou-se um estudo exploratório, descritivo, correlacional e transversal, de natureza quantitativa, numa amostra de 60 enfermeiros a exercer funções num serviço de urgência de um centro hospitalar do norte de Portugal. Para a recolha de dados foi aplicado um questionário sociodemográfico e profissional, uma Escala de Avaliação do Stresse Percepcionado (PSS), uma Escala de Stresse Profissional de Enfermeiros (ESPE) e uma Escala de Resiliência de Adultos (ERA). Resultados: Os enfermeiros do SU apresentaram um nível médio global de stresse abaixo do valor médio da própria escala e um nível médio global de resiliência acima do valor médio da escala. Enfermeiros do sexo feminino apresentam maiores níveis de stresse do que os do sexo masculino e os enfermeiros na faixa etária dos 31-40 anos apresentam maior nível de stresse em relação aos outros. No que concerne à resiliência, também os enfermeiros do sexo feminino apresentam maior resiliência do que os enfermeiros do sexo masculino. Conclusão: Os níveis de stresse verificados neste trabalho indicam a necessidade de implementar estratégias preventivas. O recurso a estratégias a nível organizacional capazes de potenciar a resiliência para promover o bem-estar psicológico poderão contribuir para os enfermeiros trabalharem de forma digna e deste modo diminuir o peso emocional a que estão expostos diariamente.