Tratamento e Monitorização de Águas Residuais Domésticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Calheiros, Cristina
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Mesquita, Raquel, Rangel, António O. S. S., Castro, Paula M. L.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/17405
Resumo: A gestão sustentável da água é crucial para um crescimento equilibrado e para o estabelecimento de uma economia verde (UNEP, 2012). Os serviços ecossistémicos adjacentes à água estão consequentemente ligados à sua qualidade, uso e abundância. No âmbito do tratamento da água residual, a avaliação da sua qualidade e o plano de mitigação da sua contaminação constituem ações estratégicas na promoção da sua reutilização e reciclagem. A abordagem de uma gestão integrada da água com vista à sua valorização antes de ser descarregada no meio recetor deve ser tida como prioritária. Os tratamentos preconizados necessitam de ser economicamente viáveis e eficientes devendo adequar-se às diversas tipologias de águas residuais e características inerentes. Para além disso, a realização de uma monitorização eficaz, de confiança e em tempo real torna-se essencial para um acompanhamento do estado ecológico e físico-químico da água, por forma a prever potenciais problemas e assegurar o cumprimento da regulamentação. O tratamento de águas residuais domésticas torna-se mais premente no caso de a sua produção ocorrer em contexto rural ou de montanha, visto que em muitas situações está-se perante a ausência de saneamento ou utilização de fossa séptica. Este último cenário é muitas vezes aplicado a habitações como tratamento principal associado a um sumidouro. Nesta circunstância, a qualidade das águas subterrâneas pode ser posta em causa pela lenta infiltração das águas residuais provenientes dessas mesmas fossas sépticas. Esta água residual caracteriza-se por elevadas concentrações de matéria orgânica e presença de microrganismos fecais, potencialmente patogénicos que, dependendo da concentração em que se encontram, poderão constituir um risco em termos ambientais e para a saúde pública. Com a premissa de melhorar a qualidade da água que sai destes sistemas e potenciar o seu uso em diversas atividades, como irrigação, sugere-se a integração da tecnologia de tratamento de águas por Leitos de Plantas. Os Leitos de Plantas são sistemas de tratamento biológico que pretendem mimetizar os processos biogeoquímicos que ocorrem nas zonas húmidas naturais por forma a depurar as águas que com eles contactam. São construídos com o intuito de otimizar as interações físico-químicas e biológicas entre os seus diversos componentes (plantas, substrato, água, microrganismos, etc). Apresentam-se como uma tecnologia simples aplicada a águas de diferentes tipologias e especificidades. Têm como grande vantagem o baixo custo de implementação e manutenção quando comparados com sistemas convencionais, para além de se enquadrarem harmoniosamente na paisagem e promoverem a estética dos espaços abertos. Cada componente do sistema tem funções específicas sendo que as plantas são importantes para fornecer a estrutura que suporta muitos dos processos de remoção de poluentes e a utilização de plantas ornamentais para este fim tem vindo a ganhar interesse (Zurita et al, 2009). No presente estudo foi avaliada a eficiência de um Leito de Plantas para tratamento de águas residuais provenientes de uma Casa de Turismo de Habitação em Ponte de Lima – Paço de Calheiros. Estas águas caracterizam-se por apresentarem variações na sua composição e caudal ao longo do ano, dependendo maioritariamente da taxa de ocupação. Este fator é pois decisivo no dimensionamento do sistema de tratamento que tem que ser resiliente, ter capacidade de resposta face às imposições da composição do efluente e ser economicamente viável. Para além disto a qualidade da água deverá estar assegurada face às imposições legais de descarga. A monitorização assume aqui um papel extremamente importante em que a utilização de ferramentas inovadoras de análise química, nomeadamente a análise em fluxo, permite reunir um conjunto variado de vantagens obedecendo a uma perspetiva de química verde. Estas metodologias de automatização permitem uma elevada economia de reagentes, baixo consumo de amostra, e análise em tempo real. Uma eficaz monitorização resulta da quantificação frequente de um conjunto de diferentes parâmetros físico-químicos e biológicos.
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Para além disso, a realização de uma monitorização eficaz, de confiança e em tempo real torna-se essencial para um acompanhamento do estado ecológico e físico-químico da água, por forma a prever potenciais problemas e assegurar o cumprimento da regulamentação. O tratamento de águas residuais domésticas torna-se mais premente no caso de a sua produção ocorrer em contexto rural ou de montanha, visto que em muitas situações está-se perante a ausência de saneamento ou utilização de fossa séptica. Este último cenário é muitas vezes aplicado a habitações como tratamento principal associado a um sumidouro. Nesta circunstância, a qualidade das águas subterrâneas pode ser posta em causa pela lenta infiltração das águas residuais provenientes dessas mesmas fossas sépticas. Esta água residual caracteriza-se por elevadas concentrações de matéria orgânica e presença de microrganismos fecais, potencialmente patogénicos que, dependendo da concentração em que se encontram, poderão constituir um risco em termos ambientais e para a saúde pública. Com a premissa de melhorar a qualidade da água que sai destes sistemas e potenciar o seu uso em diversas atividades, como irrigação, sugere-se a integração da tecnologia de tratamento de águas por Leitos de Plantas. Os Leitos de Plantas são sistemas de tratamento biológico que pretendem mimetizar os processos biogeoquímicos que ocorrem nas zonas húmidas naturais por forma a depurar as águas que com eles contactam. São construídos com o intuito de otimizar as interações físico-químicas e biológicas entre os seus diversos componentes (plantas, substrato, água, microrganismos, etc). Apresentam-se como uma tecnologia simples aplicada a águas de diferentes tipologias e especificidades. Têm como grande vantagem o baixo custo de implementação e manutenção quando comparados com sistemas convencionais, para além de se enquadrarem harmoniosamente na paisagem e promoverem a estética dos espaços abertos. Cada componente do sistema tem funções específicas sendo que as plantas são importantes para fornecer a estrutura que suporta muitos dos processos de remoção de poluentes e a utilização de plantas ornamentais para este fim tem vindo a ganhar interesse (Zurita et al, 2009). No presente estudo foi avaliada a eficiência de um Leito de Plantas para tratamento de águas residuais provenientes de uma Casa de Turismo de Habitação em Ponte de Lima – Paço de Calheiros. Estas águas caracterizam-se por apresentarem variações na sua composição e caudal ao longo do ano, dependendo maioritariamente da taxa de ocupação. Este fator é pois decisivo no dimensionamento do sistema de tratamento que tem que ser resiliente, ter capacidade de resposta face às imposições da composição do efluente e ser economicamente viável. Para além disto a qualidade da água deverá estar assegurada face às imposições legais de descarga. A monitorização assume aqui um papel extremamente importante em que a utilização de ferramentas inovadoras de análise química, nomeadamente a análise em fluxo, permite reunir um conjunto variado de vantagens obedecendo a uma perspetiva de química verde. Estas metodologias de automatização permitem uma elevada economia de reagentes, baixo consumo de amostra, e análise em tempo real. Uma eficaz monitorização resulta da quantificação frequente de um conjunto de diferentes parâmetros físico-químicos e biológicos.Publindústria, Produção de Comunicação LdaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaCalheiros, CristinaMesquita, RaquelRangel, António O. S. 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