Sintomatologia depressiva em doentes com Diabetes Mellitus tipo 2 e Artrite Reumatóide: um estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amorim, Maria João Lajoso
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/82620
Resumo: Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling Sintomatologia depressiva em doentes com Diabetes Mellitus tipo 2 e Artrite Reumatóide: um estudo comparativoDepressive symptomatology in patients with type 2 diabetes mellitus and rheumatoid arthritis: a comparative studyDoença CrónicaDepressãoDiabetes Mellitus tipo 2Artrite ReumatóideComorbilidadeChronic diseaseDepressionType 2 DiabetesRheumatoid ArthritisComorbidityTrabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: É frequente a associação entre depressão e doença crónica, numa complexa inter-relação de natureza bidirecional, com implicações tanto para a gestão da doença crónica como para o tratamento da depressão. Integram o grupo de doença médica crónica a Artrite Reumatóide (AR), que se caracteriza por dor e incapacidade funcional, e a Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) associada à restrição das atividades diárias relacionada com a necessidade de cumprir regime terapêutico e a ameaça das complicações a longo prazo, sem a dor como foco central. Apesar da fisiopatologia e leque sintomático distintos, ambas condicionam um elevado risco de depressão.Objetivos: Comparar a prevalência de sintomatologia depressiva entre doentes com DM2 e doentes com AR, relacionando-a com aspetos clínicos da patologia.Materiais e Métodos: Estudo descritivo-correlacional, comparativo com dois grupos selecionados por amostragem de disponíveis: grupo 1 - 37 doentes com diagnóstico de DM2; grupo 2 - 36 doentes com diagnóstico de AR. Como critérios de inclusão consideraram-se: idade mínima 25 anos e máxima 65; ausência de alterações cognitivas diagnosticadas; tempo de diagnóstico superior a um ano; ausência de outras patologias com condicionamento da sobrevida e aceitação de participação no estudo com o respetivo consentimento informado. Para a recolha de informação preconiza-se a utilização de um questionário sociodemográfico e variáveis clínicas relacionadas com a patologia construído para o efeito, Beck Depression Inventory – II (Ponciano, Cardoso e Pereira, 2004) (BDI-II).Resultados: Os grupos diferem entre si no que respeita ao sexo e idade, sendo equivalentes nos restantes parâmetros sociodemográficos. Os valores médios obtidos através do BDI-II evidenciam diferenças significativas entre os grupos, com valores superiores para os doentes com AR (10,94 + 7,84) comparativamente ao grupo da DM2 (7,54 + 6,53), apresentando os doentes com AR maior prevalência de Depressão Moderada e Grave. É possível observar uma associação positiva entre depressão e incapacidade funcional nos doentes com AR (r= 0,603, sig< 0,001) e nos doentes com DM2, uma relação positiva entre depressão e o número de complicações da patologia (r= 0,551, sig< 0,001).Conclusão: A prevalência de depressão é manifestamente mais elevada nos doentes com AR relativamente aos doentes com DM2, estando fortemente relacionada com o grau de incapacidade funcional, no primeiro caso, e com as complicações da patologia no segundo. O reconhecimento desta associação e das suas implicações, pode permitir adotar uma estratégia diagnóstica e terapêutica mais eficaz não só no cuidado prestado ao doente como na qualidade de vida deste.Introduction: The association between depression and chronic disease is often found in a complex bi-directional relationship, with implications for both chronic disease management and depression management. The chronic medical illness group includes Rheumatoid Arthritis (AR), which is characterized by pain and functional disability, and Type 2 Diabetes (DM2) associated with the restriction of daily activities related to the need to comply with the therapeutic regimen and the threat of long-term complications without pain as a central focus. Despite the pathophysiology and different symptomatic range, both conditions a have high risk of depression.Objectives: To compare the prevalence of depressive symptoms among patients with DM2 and AR, relating it to clinical aspects of the disease.Materials and Methods: Descriptive-correlational and comparative study with two groups selected by sampling of available: group 1 - 37 patients diagnosed with DM2; Group 2 - 36 patients diagnosed with AR. As inclusion criteria were considered: minimum age 25 years and maximum 65; absence of diagnosed cognitive changes; diagnostic time longer than one year; absence of other pathologies with survival conditioning and acceptance of participation in the study with their informed consent. A sociodemographic questionnaire and clinical variables related to the pathology constructed for the purpose and Beck Depression Inventory - II (Ponciano, Cardoso e Pereira, 2004) (BDI-II) were used for the collection of information.Results: Groups differ from each other in sex and age, being equivalent in the other sociodemographic parameters. The mean values obtained through BDI-II showed significant differences between groups, with higher values for AR patients (10.94 + 7.84) compared to the DM2 group (7.54 + 6.53), presenting the first group a greater prevalence of Moderate and Severe Depression. It is possible to observe a positive association between depression and functional disability in patients with AR (r = 0.603, sig <0.001) and in patients with DM2, a positive relation between depression and the number of pathological complications (r = 0.551, sig <0.001).Conclusion: The prevalence of depression is markedly higher in patients with AR than in patients with DM2, being strongly related to the degree of functional disability in the first case and to the complications of the disease in the second. Recognition of this association and its implications may allow us to adopt a more effective diagnostic and therapeutic strategy not only in the care provided to the patient’s disease but also in the patient's quality of life.2017-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/82620http://hdl.handle.net/10316/82620TID:202047431porAmorim, Maria João Lajosoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2020-02-19T13:38:34Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/82620Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:04:31.862955Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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