Suporte social, ansiedade, depressão e qualidade de vida de pessoas idosas a residir na comunidade ERPI

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Maria José de Andrade
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1804
Resumo: Contexto e objetivo de estudo. Com o aumento da longevidade, assiste-se a um aumento do interesse científico e social em relação à população idosa, existindo atualmente uma grande diversidade de quadros conceptuais, abordagens metodológicas e resultados de investigação. Dado este fenómeno de natureza demográfica e o seu interesse para a sociedade, surge a Gerontologia Social, a ciência que estuda o impacto das condições socioculturais e ambientais no processo de envelhecimento e na velhice, as consequências sociais desse processo e as ações sociais que podem otimizar o processo de envelhecimento. O ambiente onde o indivíduo reside é importante na medida em que afeta as suas capacidades e a sua adaptação, sendo um importante elemento facilitador ou uma barreira para sua vida, afetando assim diretamente a sua qualidade de vida. Assim, verifica-se que, o estudo das relações pessoa-ambiente é fulcral visto que o indivíduo responde, não só a uma difusão de estímulos e objetos no espaço, mas também a uma outra pessoa. Quando não existe um equilíbrio entre a pessoa e o meio envolvente, bem como com as pessoas que o rodeiam, o individuo debate-se com uma maior predisposição para vulnerabilidade e fragilidade, podendo levar a sentimentos de ansiedade e até mesmo de depressão. Face ao exposto, estabelece-se como objetivo do presente trabalho: analisar as relações entre suporte social, ansiedade, depressão e qualidade de vida das pessoas idosas a viver em comunidade e em Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI). Método. Este trabalho caracteriza-se por ser um estudo de natureza quantitativo, descritivo e correlacional. A amostra é composta por 99 idosos, sendo 50 residentes em lar da região Norte do país, e 49 idosos a residir na comunidade. Relativamente aos instrumentos de recolha de dados utilizou-se a Escala Breve de Redes Sociais de Lubben (Ribeiro et al., 2012), o Geriatric Anxiety Inventory (Ribeiro et al., 2011), a Escala de Depressão Geriátrica-15 (Pocinho et al., 2009) e o World Health Organization Quality Of Life - Brief Form (Canavarro et al., 2006). Resultados. Relativamente às características sociodemográficos, o grupo residente em lar e na comunidade são equivalentes na distribuição em termos de género, idade e estado civil, exceto quanto à escolaridade. Os participantes residentes em lar apresentam maior risco de isolamento social do que o grupo da comunidade, contudo não se verificam diferenças no que concerne à pontuação indicadora de ansiedade grave e de maior sintomatologia depressiva, bem como relativamente à perceção geral de Qualidade de Vida e a todos os domínios avaliados.