Aquisição do plural nos nomes terminados em ditongo nasal : estudo com crianças entre os 3 e os 7 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramalho, Ana Margarida Monteiro Cortes
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/21163
Resumo: O principal objectivo deste estudo é o de fornecer dados de referência sobre a aquisição do plural em nomes terminados em ditongo nasal, em PE. Para a recolha de dados, construiu-se uma prova de nomeação, que foi aplicada a 130 crianças portuguesas entre [3;00-7;01] anos. Os resultados obtidos revelaram que, inicialmente (3 e 4 anos), as crianças usam produções que reflectem o impacto da regra de formação do plural (acrescente-se [ʃ] à forma de singular) – efeito gramatical: recorrem preferencialmente ao formato [ɐʃ], independentemente do paradigma a que pertencem, tanto em palavras como em pseudopalavras. Posteriormente, começam a dar gradual atenção ao formato com maior produtividade no PE ([õʃ]), sendo [ɐʃ] usado como formato não marcado em contextos problemáticos até aos 5 anos e não se registando, nas faixas etárias mais baixas, um efeito de frequência. O formato [ɐʃ] revela-se o mais problemático e não se encontra estabilizado aos 6 anos. Apesar de a marcação do plural emergir cedo em PE, a estabilização do plural em nomes terminados em ditongo nasal ocorre tardiamente devido à complexidade morfofonológica que lhe está associada, não estando a estrutura ainda adquirida aos 6 anos. Os resultados disponibilizados na presente tese são de utilidade para terapeutas da fala, educadores de infância, professores de 1º Ciclo do Ensino Básico e linguistas, que os poderão usar como valores de referência para o estudo e para a estimulação do desenvolvimento linguístico associado a esta estrutura. -- ABSTRACT: The main goal of this study is to provide reference data on the acquisition of plural in nouns ending with nasal diphthongs in EP. For data collection, a naming test was built consisting of 36 stimuli – training items, target stimuli (words and nonwords) and distracters – that was applied to 130 Portuguese children between [3, 00-7; 01] years. The results revealed that young children (3 and 4 year olds) tend to use a grammatical strategy (adding [ʃ] to the singular form); they use the format [ɐʃ] to build the plural in words (for all paradigms) and nonwords. The [õʃ] shape, which is the most frequent paradigm in EP, appears later, at 5 years old, although, [ɐʃ] is still used as unmarked in problematic contexts up to that age. We can conclude then that the frequency effect is not relevant for the youngest children. The [ɐʃ] paradigm is the most problematic: it isn´t stabilized at six years. As a general conclusion, we assume that although the nasal diphthong [ɐw] ending in nouns seems to emerge early, it is stabilized lately – assumedly after 6 - due to the morphologic and phonologic complexity associated with it. The results presented in this investigation are useful for speech and language pathologists, education professionals and linguists, who can use them as reference values for the study and stimulation of linguistic development associated with this structure.
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