“Com quantos quilos de medo se faz uma tradição?”: a heteronormatividade como constituinte das relações socioafetivas e das territorialidades das Repúblicas Masculinas Federais de Ouro Preto, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dores, Marcus
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Estevão-Rezende, Yuri
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/30474
Resumo: Em tempos de repressão e limitação de direitos, o presente artigo vem colocar em foco discussões acerca da heteronormatividade no ambiente republicano da tradicional cidade histórica mineira Ouro Preto. A cidade, a casa, a rua não são categorias meramente geofísicas, mas políticas, sociais e afetivas. Nesse sentido, esses espaços carregam uma série de dispositivos normativos morais e sexuais, que pressupõem também a (re)produção da heteronormatividade. Uma república estudantil pode ser hétero? Um espaço de heteronormatividade demarcada? Quais os limites dos acionamentos identitários sexuais desses espaços privados? Como eles são negociados e reafirmados dentro de um contexto urbano e de sociabilidade estudantil? São essas inquietações que, ao longo deste texto, pretendemos discutir e aprofundar. Em um primeiro momento, articulando heteronormatividade e espaço, discutimos a relação entre a ocupação dos espaços, a construção da identidade territorial deles e a produção de territorialidades. Apresentamos, também, em forma de atos, como que a heteronormatividade constitui a sociabilidade dentro das repúblicas.
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