O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/1852 |
Resumo: | À modernidade está ligada uma “tecno-dependência” que inexoravelmente se integra na normalidade das sociedades. Sem esta tecnologia que dá sentido civilizacional aos nossos modos de vida, teríamos vidas diferentes, talvez menos perigosas. O contacto diário com sistemas cada vez mais complexos exige uma formação permanentemente adequada, como resposta aos cenários de elevados riscos provocados pela tecnologia com que nos confrontamos no quotidiano, presente e futuro. À ameaça natural e ambiental, sob a qual vive toda a humanidade, acresce, ainda, com grande relevância a dos sistemas abstractos, como por exemplo, as empresas distribuidoras de gás que põem em casa das pessoas a matéria inflamável. No entanto, estas empresas descartam a responsabilidade das explosões em residências, na maioria dos casos, culpando o cliente pela deficiente utilização do sistema. A responsabilidade do acidente é assim passada para a vítima, ou seja, para o cliente. Ficando, quase sempre, tudo resumido à culpabilização da vítima. |
id |
RCAP_89f076892cc60a9fb9497764be37d659 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/1852 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractosMODERNIDADETECNOLOGIARESPONSABILIDADEMODERNITYTECHNOLOGYRESPONSIBILITYÀ modernidade está ligada uma “tecno-dependência” que inexoravelmente se integra na normalidade das sociedades. Sem esta tecnologia que dá sentido civilizacional aos nossos modos de vida, teríamos vidas diferentes, talvez menos perigosas. O contacto diário com sistemas cada vez mais complexos exige uma formação permanentemente adequada, como resposta aos cenários de elevados riscos provocados pela tecnologia com que nos confrontamos no quotidiano, presente e futuro. À ameaça natural e ambiental, sob a qual vive toda a humanidade, acresce, ainda, com grande relevância a dos sistemas abstractos, como por exemplo, as empresas distribuidoras de gás que põem em casa das pessoas a matéria inflamável. No entanto, estas empresas descartam a responsabilidade das explosões em residências, na maioria dos casos, culpando o cliente pela deficiente utilização do sistema. A responsabilidade do acidente é assim passada para a vítima, ou seja, para o cliente. Ficando, quase sempre, tudo resumido à culpabilização da vítima.Modern times are connected with a certain “techno–dependency” which is relentlessly linked to normality in human societies. Without this technology which determines our civilized way of life, we would have different lives, perhaps less dangerous. The daily contact with complex systems demands a continuous and adequate training to face high risky scenarios caused by technology which we face currently, in the present and in the future. Above natural and environmental threats – which menace all humanity – sums with great importance, abstract systems, like gas companies which provide the inflammable substance to consumers’ homes. Nevertheless, those companies refute any liability for house explosions, blaming their clients, in most of the cases, for wrong use of the system. Under these terms accidents’ responsibility is passed to the victim, the client. Almost every time the culpability remains on the victim.Edições Universitárias Lusófonas2012-03-16T16:48:06Z2010-01-01T00:00:00Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/1852por1647-6131Ginjeira, Franciscoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-06-30T01:30:40Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/1852Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:15:23.718768Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos |
title |
O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos |
spellingShingle |
O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos Ginjeira, Francisco MODERNIDADE TECNOLOGIA RESPONSABILIDADE MODERNITY TECHNOLOGY RESPONSIBILITY |
title_short |
O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos |
title_full |
O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos |
title_fullStr |
O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos |
title_full_unstemmed |
O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos |
title_sort |
O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos |
author |
Ginjeira, Francisco |
author_facet |
Ginjeira, Francisco |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ginjeira, Francisco |
dc.subject.por.fl_str_mv |
MODERNIDADE TECNOLOGIA RESPONSABILIDADE MODERNITY TECHNOLOGY RESPONSIBILITY |
topic |
MODERNIDADE TECNOLOGIA RESPONSABILIDADE MODERNITY TECHNOLOGY RESPONSIBILITY |
description |
À modernidade está ligada uma “tecno-dependência” que inexoravelmente se integra na normalidade das sociedades. Sem esta tecnologia que dá sentido civilizacional aos nossos modos de vida, teríamos vidas diferentes, talvez menos perigosas. O contacto diário com sistemas cada vez mais complexos exige uma formação permanentemente adequada, como resposta aos cenários de elevados riscos provocados pela tecnologia com que nos confrontamos no quotidiano, presente e futuro. À ameaça natural e ambiental, sob a qual vive toda a humanidade, acresce, ainda, com grande relevância a dos sistemas abstractos, como por exemplo, as empresas distribuidoras de gás que põem em casa das pessoas a matéria inflamável. No entanto, estas empresas descartam a responsabilidade das explosões em residências, na maioria dos casos, culpando o cliente pela deficiente utilização do sistema. A responsabilidade do acidente é assim passada para a vítima, ou seja, para o cliente. Ficando, quase sempre, tudo resumido à culpabilização da vítima. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-01-01T00:00:00Z 2010 2012-03-16T16:48:06Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10437/1852 |
url |
http://hdl.handle.net/10437/1852 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
1647-6131 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Edições Universitárias Lusófonas |
publisher.none.fl_str_mv |
Edições Universitárias Lusófonas |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799131250822217728 |