O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ginjeira, Francisco
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/1852
Resumo: À modernidade está ligada uma “tecno-dependência” que inexoravelmente se integra na normalidade das sociedades. Sem esta tecnologia que dá sentido civilizacional aos nossos modos de vida, teríamos vidas diferentes, talvez menos perigosas. O contacto diário com sistemas cada vez mais complexos exige uma formação permanentemente adequada, como resposta aos cenários de elevados riscos provocados pela tecnologia com que nos confrontamos no quotidiano, presente e futuro. À ameaça natural e ambiental, sob a qual vive toda a humanidade, acresce, ainda, com grande relevância a dos sistemas abstractos, como por exemplo, as empresas distribuidoras de gás que põem em casa das pessoas a matéria inflamável. No entanto, estas empresas descartam a responsabilidade das explosões em residências, na maioria dos casos, culpando o cliente pela deficiente utilização do sistema. A responsabilidade do acidente é assim passada para a vítima, ou seja, para o cliente. Ficando, quase sempre, tudo resumido à culpabilização da vítima.
id RCAP_89f076892cc60a9fb9497764be37d659
oai_identifier_str oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/1852
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractosMODERNIDADETECNOLOGIARESPONSABILIDADEMODERNITYTECHNOLOGYRESPONSIBILITYÀ modernidade está ligada uma “tecno-dependência” que inexoravelmente se integra na normalidade das sociedades. Sem esta tecnologia que dá sentido civilizacional aos nossos modos de vida, teríamos vidas diferentes, talvez menos perigosas. O contacto diário com sistemas cada vez mais complexos exige uma formação permanentemente adequada, como resposta aos cenários de elevados riscos provocados pela tecnologia com que nos confrontamos no quotidiano, presente e futuro. À ameaça natural e ambiental, sob a qual vive toda a humanidade, acresce, ainda, com grande relevância a dos sistemas abstractos, como por exemplo, as empresas distribuidoras de gás que põem em casa das pessoas a matéria inflamável. No entanto, estas empresas descartam a responsabilidade das explosões em residências, na maioria dos casos, culpando o cliente pela deficiente utilização do sistema. A responsabilidade do acidente é assim passada para a vítima, ou seja, para o cliente. Ficando, quase sempre, tudo resumido à culpabilização da vítima.Modern times are connected with a certain “techno–dependency” which is relentlessly linked to normality in human societies. Without this technology which determines our civilized way of life, we would have different lives, perhaps less dangerous. The daily contact with complex systems demands a continuous and adequate training to face high risky scenarios caused by technology which we face currently, in the present and in the future. Above natural and environmental threats – which menace all humanity – sums with great importance, abstract systems, like gas companies which provide the inflammable substance to consumers’ homes. Nevertheless, those companies refute any liability for house explosions, blaming their clients, in most of the cases, for wrong use of the system. Under these terms accidents’ responsibility is passed to the victim, the client. Almost every time the culpability remains on the victim.Edições Universitárias Lusófonas2012-03-16T16:48:06Z2010-01-01T00:00:00Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/1852por1647-6131Ginjeira, Franciscoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-06-30T01:30:40Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/1852Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:15:23.718768Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos
title O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos
spellingShingle O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos
Ginjeira, Francisco
MODERNIDADE
TECNOLOGIA
RESPONSABILIDADE
MODERNITY
TECHNOLOGY
RESPONSIBILITY
title_short O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos
title_full O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos
title_fullStr O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos
title_full_unstemmed O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos
title_sort O perigo das coisas consideradas normais : sistemas abstractos
author Ginjeira, Francisco
author_facet Ginjeira, Francisco
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ginjeira, Francisco
dc.subject.por.fl_str_mv MODERNIDADE
TECNOLOGIA
RESPONSABILIDADE
MODERNITY
TECHNOLOGY
RESPONSIBILITY
topic MODERNIDADE
TECNOLOGIA
RESPONSABILIDADE
MODERNITY
TECHNOLOGY
RESPONSIBILITY
description À modernidade está ligada uma “tecno-dependência” que inexoravelmente se integra na normalidade das sociedades. Sem esta tecnologia que dá sentido civilizacional aos nossos modos de vida, teríamos vidas diferentes, talvez menos perigosas. O contacto diário com sistemas cada vez mais complexos exige uma formação permanentemente adequada, como resposta aos cenários de elevados riscos provocados pela tecnologia com que nos confrontamos no quotidiano, presente e futuro. À ameaça natural e ambiental, sob a qual vive toda a humanidade, acresce, ainda, com grande relevância a dos sistemas abstractos, como por exemplo, as empresas distribuidoras de gás que põem em casa das pessoas a matéria inflamável. No entanto, estas empresas descartam a responsabilidade das explosões em residências, na maioria dos casos, culpando o cliente pela deficiente utilização do sistema. A responsabilidade do acidente é assim passada para a vítima, ou seja, para o cliente. Ficando, quase sempre, tudo resumido à culpabilização da vítima.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-01-01T00:00:00Z
2010
2012-03-16T16:48:06Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10437/1852
url http://hdl.handle.net/10437/1852
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1647-6131
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Edições Universitárias Lusófonas
publisher.none.fl_str_mv Edições Universitárias Lusófonas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131250822217728