Cuidados paliativos na comunidade : um futuro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/9457 |
Resumo: | Os progressos científicos e sociais que têm ocorrido desde o século XX permitiram um aumento da longevidade, dando origem a um aumento das doenças crónicas não transmissíveis, em que a morte começou a surgir no final de uma doença crónica evolutiva mais prolongada. O facto de se viver mais anos não implicou um fim de vida com qualidade, uma vez que a morte era encarada como um fracasso para os profissionais de saúde e não como algo natural da própria vida, gerando uma certa desumanização pela busca da cura. Com base nesta tendência desumanizante da medicina foram desenvolvidos os Cuidados Paliativos. Actualmente tal filosofia de cuidados é conhecida e divulgada, sendo o acesso a tal prática específica ainda um pouco assimétrica, mesmo a nível europeu e a nível mundial. Na actual organização do Serviço Nacional de Saúde a comunidade é encarada como uma área que detém potencialidades para a promoção dos Cuidados Paliativos, uma vez que ele preconiza que é primordial o desenvolvimento mais estruturado dos Cuidados Paliativos domiciliários, perante o valor que estes acrescentam quanto à proximidade de serviços e em atender à vontade dos utentes em permanecerem no domicílio. De acordo com tal prioridade estabelecida e tendo em conta o diagnóstico de saúde realizado aos utentes/cuidadores abrangidos pelas equipas de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde da Maia e aos respectivos profissionais de saúde foram desenvolvidos projectos de intervenção. Um dos projectos direccionou-se para a promoção da qualidade de vida quer dos utentes quer dos cuidadores, com o intuito em colmatar as necessidades identificadas, que se revelam ser um requisito para a intervenção dos Cuidados Paliativos na comunidade. A família e outros cuidadores, sendo parte integrante do utente uma vez que correspondem às pessoas afectivamente significativas, detêm um papel primordial no apoio aos utentes com doença avançada e progressiva em estadio terminal que sofrem com tal impacto. Nesta fase a família deve ser encarada como prestadora e receptora de cuidados. Os Cuidados Paliativos atendem aos efeitos transversais que os cuidados médicos podem gerar nas pessoas que rodeiam o utente, sendo fundamental direccionar os profissionais de saúde e técnicos a incluir a família no plano de cuidados desenhado, avaliando frequentemente o seu nível de stress e identificando problemas que possam ser resolvidos pela interacção com todos os recursos existentes, quer com os profissionais de saúde quer com outros recursos identificados como necessários para tal situação. Para que essa actuação se desenvolva é essencial promover formação e treino especializado aos profissionais de saúde dos Cuidados de Saúde Primários, no que diz respeito às áreas fundamentais dos Cuidados Paliativos. Consequentemente foi desenvolvido um projecto para se promover e aplicar tais cuidados com qualidade afigurando-se ser essencial valorizar os sintomas manifestados, os problemas dos utentes/cuidadores, assim como a adequada intervenção em cada caso, requerendo que os profissionais de saúde adquiram treino adequado e rigoroso nas áreas fundamentais dos referidos cuidados |
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Cuidados paliativos na comunidade : um futuroOs progressos científicos e sociais que têm ocorrido desde o século XX permitiram um aumento da longevidade, dando origem a um aumento das doenças crónicas não transmissíveis, em que a morte começou a surgir no final de uma doença crónica evolutiva mais prolongada. O facto de se viver mais anos não implicou um fim de vida com qualidade, uma vez que a morte era encarada como um fracasso para os profissionais de saúde e não como algo natural da própria vida, gerando uma certa desumanização pela busca da cura. Com base nesta tendência desumanizante da medicina foram desenvolvidos os Cuidados Paliativos. Actualmente tal filosofia de cuidados é conhecida e divulgada, sendo o acesso a tal prática específica ainda um pouco assimétrica, mesmo a nível europeu e a nível mundial. Na actual organização do Serviço Nacional de Saúde a comunidade é encarada como uma área que detém potencialidades para a promoção dos Cuidados Paliativos, uma vez que ele preconiza que é primordial o desenvolvimento mais estruturado dos Cuidados Paliativos domiciliários, perante o valor que estes acrescentam quanto à proximidade de serviços e em atender à vontade dos utentes em permanecerem no domicílio. De acordo com tal prioridade estabelecida e tendo em conta o diagnóstico de saúde realizado aos utentes/cuidadores abrangidos pelas equipas de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde da Maia e aos respectivos profissionais de saúde foram desenvolvidos projectos de intervenção. Um dos projectos direccionou-se para a promoção da qualidade de vida quer dos utentes quer dos cuidadores, com o intuito em colmatar as necessidades identificadas, que se revelam ser um requisito para a intervenção dos Cuidados Paliativos na comunidade. A família e outros cuidadores, sendo parte integrante do utente uma vez que correspondem às pessoas afectivamente significativas, detêm um papel primordial no apoio aos utentes com doença avançada e progressiva em estadio terminal que sofrem com tal impacto. Nesta fase a família deve ser encarada como prestadora e receptora de cuidados. Os Cuidados Paliativos atendem aos efeitos transversais que os cuidados médicos podem gerar nas pessoas que rodeiam o utente, sendo fundamental direccionar os profissionais de saúde e técnicos a incluir a família no plano de cuidados desenhado, avaliando frequentemente o seu nível de stress e identificando problemas que possam ser resolvidos pela interacção com todos os recursos existentes, quer com os profissionais de saúde quer com outros recursos identificados como necessários para tal situação. Para que essa actuação se desenvolva é essencial promover formação e treino especializado aos profissionais de saúde dos Cuidados de Saúde Primários, no que diz respeito às áreas fundamentais dos Cuidados Paliativos. Consequentemente foi desenvolvido um projecto para se promover e aplicar tais cuidados com qualidade afigurando-se ser essencial valorizar os sintomas manifestados, os problemas dos utentes/cuidadores, assim como a adequada intervenção em cada caso, requerendo que os profissionais de saúde adquiram treino adequado e rigoroso nas áreas fundamentais dos referidos cuidadosScientific and social advances that took place in the twentieth century led to an increase in longevity, resulting in an increase of chronic non-communicable diseases. When death is seen as an health care failure there are no concern about the patient quality of life. Palliative care affirms life and regards dying as normal process and is principles are known. However, this philosophy of care has not spread equally all over the world. The European Union considers the access to palliative care as an human right. Palliative care interdisciplinary teams sustain patient and family (or carer) satisfaction with the care given, either in the hospital setting as in the community. National Health Service considers the community as the most important setting in order to promote palliative care and defends a more structured organization because most of the patients to stay at home when they are dying. According to such an established and priority given health diagnosis performed for users / carers covered by the health teams of Group Health Centre Maia and their health professionals were developed intervention projects. One project headed toward the promotion of quality of life of patients or caregivers in order to meet the needs identified, which appear to be a requirement for assistance from the Palliative Care in the community. One project headed toward the promotion of quality of life of patients or caregivers in order to meet the needs identified, which appear to be a requirement for assistance from the Palliative Care in the community. The family and other caregivers, as part of a user as they correspond to significant emotional people, have a vital role in supporting users with advanced and progressive disease in end stage suffering from the impact. Family members are carers but they also need professional care. Palliative care meet the cross effects that health care can generate in the people who surround the user, being essential to target health professionals and technicians to include the family in the care plan drawn, often assessing their level of stress and identifying problems that can be solved by interacting with all available resources, both with health professionals or other resources identified as necessary for such a situation. For such action is essential to develop education and promote specialized training to professionals from Primary Care in relation to key areas of palliative care. Consequently there was a project to promote and implement such quality care it appears to be essential to value the symptoms manifested, the problems of users / carers as well as the appropriate intervention in each case, requiring that health professionals acquire proper training and rigorous in the key areas of that care.Magalhães, Norminda Gomes ValeVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSousa, Jacinta de Fátima Vicente Pires Rente da Silva e2012-11-27T14:28:52Z2011-03-1320112011-03-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/9457porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-01T23:50:15Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/9457Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:08:25.122327Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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