Perfil Terapêutico da Hipertensão na Rede Médicos Sentinela - 12 Anos Depois
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/1782 |
Resumo: | Objectivos: Determinar o perfil terapêutico da hipertensão arterial na Rede de Médicos Sentinela e comparar os resultados obtidos, 12 anos após a realização do primeiro estudo. Tipo de estudo: Estudo transversal. Local: Rede de Médicos Sentinela de Portugal. População: Doentes hipertensos com mais de 18 anos das listas dos médicos sentinela que se deslocaram à consulta entre 7 de Junho de 2010 e 31 de Dezembro de 2010. Métodos: Os médicos sentinela participantes recolheram informação dos doentes hipertensos, informação essa que contemplou a caracterização sociodemográfica, a caracterização da patologia (data de diagnóstico, forma de hipertensão, danos em órgão-alvo e morbilidade associada) e a caracterização da terapêutica instituída. Resultados: Foram incluídos 616 hipertensos no estudo. Comparativamente ao primeiro estudo (1998), verificou-se um ligeiro aumento da idade média dos participantes (62,0 anos em 1998 vs 64,3 anos em 2010), mantendo-se o predomínio do sexo feminino. A duração média da hipertensão desde o momento do diagnóstico aumentou significativamente (p < 0,0001). Aproximadamente metade dos hipertensos apresentou danos em órgãos-alvos em ambos os momentos, sendo a doença cardíaca o dano mais frequente. As patologias associadas mais frequentes foram a dislipidemia, a hiperuricemia e a diabetes. De 1998 para 2010, a proporção de doentes em monoterapia diminuiu (47,6% vs 30,3%), sendo os inibidores da enzima da conversão da angiotensina a classe terapêutica mais frequentemente prescrita em monoterapia nos dois momentos. Em 1998, o padrão de tratamento mais frequentemente prescrito foram inibidores da enzima da conversão da angiotensina em monoterapia (24,3%) e em 2010 foi a associação de antagonistas dos receptores da angiotensina + diuréticos tiazídicos (15,4%). Conclusões: Os fármacos que actuam no eixo renina-angiotensina-aldosterona foram, neste estudo, os mais frequentemente prescritos em ambos os momentos, tanto em monoterapia como em politerapia. O número de anti-hipertensores prescritos diferiu entre os dois momentos de acordo com a existência e tipo de comorbilidade |
id |
RCAP_8a25566dc7cecb57f02ef604545fb0ed |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.insa.pt:10400.18/1782 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Perfil Terapêutico da Hipertensão na Rede Médicos Sentinela - 12 Anos DepoisEstados de Saúde e de DoençaHipertensãoPerfil de Prescrição MédicaUso TerapêuticoMédicos de Cuidados de Saúde PrimáriosObjectivos: Determinar o perfil terapêutico da hipertensão arterial na Rede de Médicos Sentinela e comparar os resultados obtidos, 12 anos após a realização do primeiro estudo. Tipo de estudo: Estudo transversal. Local: Rede de Médicos Sentinela de Portugal. População: Doentes hipertensos com mais de 18 anos das listas dos médicos sentinela que se deslocaram à consulta entre 7 de Junho de 2010 e 31 de Dezembro de 2010. Métodos: Os médicos sentinela participantes recolheram informação dos doentes hipertensos, informação essa que contemplou a caracterização sociodemográfica, a caracterização da patologia (data de diagnóstico, forma de hipertensão, danos em órgão-alvo e morbilidade associada) e a caracterização da terapêutica instituída. Resultados: Foram incluídos 616 hipertensos no estudo. Comparativamente ao primeiro estudo (1998), verificou-se um ligeiro aumento da idade média dos participantes (62,0 anos em 1998 vs 64,3 anos em 2010), mantendo-se o predomínio do sexo feminino. A duração média da hipertensão desde o momento do diagnóstico aumentou significativamente (p < 0,0001). Aproximadamente metade dos hipertensos apresentou danos em órgãos-alvos em ambos os momentos, sendo a doença cardíaca o dano mais frequente. As patologias associadas mais frequentes foram a dislipidemia, a hiperuricemia e a diabetes. De 1998 para 2010, a proporção de doentes em monoterapia diminuiu (47,6% vs 30,3%), sendo os inibidores da enzima da conversão da angiotensina a classe terapêutica mais frequentemente prescrita em monoterapia nos dois momentos. Em 1998, o padrão de tratamento mais frequentemente prescrito foram inibidores da enzima da conversão da angiotensina em monoterapia (24,3%) e em 2010 foi a associação de antagonistas dos receptores da angiotensina + diuréticos tiazídicos (15,4%). Conclusões: Os fármacos que actuam no eixo renina-angiotensina-aldosterona foram, neste estudo, os mais frequentemente prescritos em ambos os momentos, tanto em monoterapia como em politerapia. O número de anti-hipertensores prescritos diferiu entre os dois momentos de acordo com a existência e tipo de comorbilidadeAssociação Portuguesa de Medicina Geral FamiliarRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeSouto, DianaSimões, José AugustoTorre, CarlaMendes, ZildaFalcão, Isabel MarinhoFerreira, FernandoMiranda, Ana da CostaDias, Carlos Matias2013-11-19T16:00:12Z2013-10-152013-10-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/1782porRev Port Med Geral e Fam. 2013; 29(5):286-962182-5173info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-20T15:38:56Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/1782Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:36:55.423288Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Perfil Terapêutico da Hipertensão na Rede Médicos Sentinela - 12 Anos Depois |
title |
Perfil Terapêutico da Hipertensão na Rede Médicos Sentinela - 12 Anos Depois |
spellingShingle |
Perfil Terapêutico da Hipertensão na Rede Médicos Sentinela - 12 Anos Depois Souto, Diana Estados de Saúde e de Doença Hipertensão Perfil de Prescrição Médica Uso Terapêutico Médicos de Cuidados de Saúde Primários |
title_short |
Perfil Terapêutico da Hipertensão na Rede Médicos Sentinela - 12 Anos Depois |
title_full |
Perfil Terapêutico da Hipertensão na Rede Médicos Sentinela - 12 Anos Depois |
title_fullStr |
Perfil Terapêutico da Hipertensão na Rede Médicos Sentinela - 12 Anos Depois |
title_full_unstemmed |
Perfil Terapêutico da Hipertensão na Rede Médicos Sentinela - 12 Anos Depois |
title_sort |
Perfil Terapêutico da Hipertensão na Rede Médicos Sentinela - 12 Anos Depois |
author |
Souto, Diana |
author_facet |
Souto, Diana Simões, José Augusto Torre, Carla Mendes, Zilda Falcão, Isabel Marinho Ferreira, Fernando Miranda, Ana da Costa Dias, Carlos Matias |
author_role |
author |
author2 |
Simões, José Augusto Torre, Carla Mendes, Zilda Falcão, Isabel Marinho Ferreira, Fernando Miranda, Ana da Costa Dias, Carlos Matias |
author2_role |
author author author author author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Souto, Diana Simões, José Augusto Torre, Carla Mendes, Zilda Falcão, Isabel Marinho Ferreira, Fernando Miranda, Ana da Costa Dias, Carlos Matias |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Estados de Saúde e de Doença Hipertensão Perfil de Prescrição Médica Uso Terapêutico Médicos de Cuidados de Saúde Primários |
topic |
Estados de Saúde e de Doença Hipertensão Perfil de Prescrição Médica Uso Terapêutico Médicos de Cuidados de Saúde Primários |
description |
Objectivos: Determinar o perfil terapêutico da hipertensão arterial na Rede de Médicos Sentinela e comparar os resultados obtidos, 12 anos após a realização do primeiro estudo. Tipo de estudo: Estudo transversal. Local: Rede de Médicos Sentinela de Portugal. População: Doentes hipertensos com mais de 18 anos das listas dos médicos sentinela que se deslocaram à consulta entre 7 de Junho de 2010 e 31 de Dezembro de 2010. Métodos: Os médicos sentinela participantes recolheram informação dos doentes hipertensos, informação essa que contemplou a caracterização sociodemográfica, a caracterização da patologia (data de diagnóstico, forma de hipertensão, danos em órgão-alvo e morbilidade associada) e a caracterização da terapêutica instituída. Resultados: Foram incluídos 616 hipertensos no estudo. Comparativamente ao primeiro estudo (1998), verificou-se um ligeiro aumento da idade média dos participantes (62,0 anos em 1998 vs 64,3 anos em 2010), mantendo-se o predomínio do sexo feminino. A duração média da hipertensão desde o momento do diagnóstico aumentou significativamente (p < 0,0001). Aproximadamente metade dos hipertensos apresentou danos em órgãos-alvos em ambos os momentos, sendo a doença cardíaca o dano mais frequente. As patologias associadas mais frequentes foram a dislipidemia, a hiperuricemia e a diabetes. De 1998 para 2010, a proporção de doentes em monoterapia diminuiu (47,6% vs 30,3%), sendo os inibidores da enzima da conversão da angiotensina a classe terapêutica mais frequentemente prescrita em monoterapia nos dois momentos. Em 1998, o padrão de tratamento mais frequentemente prescrito foram inibidores da enzima da conversão da angiotensina em monoterapia (24,3%) e em 2010 foi a associação de antagonistas dos receptores da angiotensina + diuréticos tiazídicos (15,4%). Conclusões: Os fármacos que actuam no eixo renina-angiotensina-aldosterona foram, neste estudo, os mais frequentemente prescritos em ambos os momentos, tanto em monoterapia como em politerapia. O número de anti-hipertensores prescritos diferiu entre os dois momentos de acordo com a existência e tipo de comorbilidade |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-11-19T16:00:12Z 2013-10-15 2013-10-15T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.18/1782 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.18/1782 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Rev Port Med Geral e Fam. 2013; 29(5):286-96 2182-5173 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Portuguesa de Medicina Geral Familiar |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Portuguesa de Medicina Geral Familiar |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799132101907316736 |