Influência da época de poda na fertilidade e produtividade da Casta Arinto na Sub-Região de Basto

• Autor(a) principal: Sousa, Luís Manuel Magalhães
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/3324
• topic: Videira; Época de poda; Índices climáticos; Produção; Qualidade da uva; Vine; Pruning Time; Climatic Indices; Production; Grape Quality.

A profunda reestruturação da viticultura verificada nas últimas décadas na Região Demarcada dos Vinhos Verdes em geral e na sub-região de Basto da Região de Basto em particular, requer o respectivo acompanhamento no que respeita às novas formas e sistemas de condução adoptados, dada a sua influência ao nível da produtividade e das características gerais dos vinhos. O presente estudo foi realizado numa vinha localizada na união de freguesias de Canedo de Basto e Corgo, do concelho de Celorico de Basto e distrito de Braga. Teve por objectivo, avaliar a influência da data de poda na casta Arinto ao nível do ciclo vegetativo, fertilidade dos gomos, produção e qualidade do mosto. O trabalho realizado segundo um delineamento completamente casualizado, e consistiu na realização da poda em três momentos distintos: inícios de Janeiro (P1), Fevereiro (P2) e Março (P3). Conjuntamente com os resultados finais obtidos o presente trabalho também pretende a criação de uma ferramenta através do conhecimento que dai advém, que dote os produtores de uma mais-valia no processo de decisão, fazendo desta forma face as alterações climáticas que se estão a processar actualmente e que cada vez mais condicionam as os ciclos vegetativos e produtivos e afectam assim as produções finais e consequentemente influenciam fortemente o resultado económico da actividade. Dos resultados obtidos, apesar de não se terem detectado diferenças estatisticamente significativas, verificou-se que: i) na poda realizada no cedo (P1) o abrolhamento apresentou uma precocidade de 16 dias em relação à poda realizada no tarde (P3), enquanto que para a data de floração esta diferença foi reduzida para metade; ii) a taxa de vingamento foi inversamente proporcional à data de poda; iii) A poda P2 apresentou valores mais elevados ao nível do abrolhamento, dos Índices de fertilidade, da produção, da acidez total, do peso de 100 bagos e do volume de 100 bagos; iv) a poda P1 apresentou valores mais elevados ao nível do teor em sólidos solúveis (ºBrix), pH do mosto e do teor alcoólico. Através da data de poda, é possível atrasar o abrolhamento da videira em cerca de duas semanas, minimizando os riscos de geada, sem influência aparente ao nível da produtividade de uvas e da qualidade do mosto.