Perfil das intoxicações em crianças e jovens num serviço de urgência hospitalar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1086 |
Resumo: | O documento apresentado é o culminar de um percurso académico de 5 anos, e que pretende descrever a experiência profissionalizante na vertente de farmácia comunitária e investigação. Assim, este trabalho encontra-se dividido em dois capítulos. No capítulo I encontra-se descrita toda a experiência profissional e humana vivida durante o estágio na farmácia comunitária. O capítulo II descreve o trabalho de investigação desenvolvido em parceria com o Centro Hospitalar Cova da Beira. A farmácia comunitária é uma das áreas onde o farmacêutico pode desenvolver a sua atividade e, por excelência, é a área onde este tem um maior contacto com o público. Hoje em dia, e cada vez mais, assiste-se à crescente vocação das farmácias como espaço de saúde moderno, que permite um contacto facilitado, personalizado e disponível com um profissional de saúde, que tem uma obrigatoriedade de permanente atualização de conhecimentos. Neste capítulo são abordados diversos temas, nomeadamente, a organização da farmácia, a informação e documentação científica nela existente, os medicamentos e produtos de saúde, o seu aprovisionamento e armazenamento, a interação farmacêutico-utente-medicamento, a dispensa e aconselhamento de medicamentos e outros produtos de saúde, outros cuidados de saúde prestados na farmácia, além da temática da automedicação, da preparação de medicamentos e a parte de contabilidade e gestão, também muito importantes numa farmácia. O estágio realizado na Farmácia Pedroso, na Covilhã, permitiu concluir que o farmacêutico é um profissional de saúde especialista do medicamento, habilitado para a sua dispensa e aconselhamento, além de estar também habilitado para o esclarecimento de todas as dúvidas e prestação das mais variadas informações sobre medicamentos ou outros produtos de saúde. O farmacêutico, para além das suas competências profissionais e científicas, é também um gestor, uma vez que a gestão é cada vez mais um elemento necessário e uma mais-valia na prática farmacêutica, de forma a garantir sempre o bom funcionamento da farmácia. Desde modo, para atingir todas estas competências é necessária, para além da formação teórica académica, muita prática e uma formação contínua, permitindo ao farmacêutico ter uma vasta experiência e um leque de conhecimentos científicos indispensáveis para responder eficazmente aos novos desafios que lhe são colocados diariamente. A experiência profissionalizante na vertente de investigação foi realizada no âmbito da toxicologia clínica e intitula-se como “Perfil das intoxicações em crianças e jovens num serviço de urgência hospitalar”. As intoxicações são um sério problema de saúde pública, particularmente em idade pediátrica. Assim sendo, o principal objetivo deste estudo foi a caracterização e análise das intoxicações ocorridas em crianças e jovens que chegam ao Serviço de Urgência Pediátrica (SUP) do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), com necessidade de internamento. Neste estudo retrospetivo procedeu-se à recolha de todas as informações clínicas necessárias de crianças e jovens internados por suspeita de intoxicação no período compreendido de 1 de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2011. As intoxicações pediátricas representaram cerca de 0,04% de todos os casos que deram entrada no SUP do CHCB, durante o período de estudo. Dos 54 casos estudados, 70,04% envolveram indivíduos do sexo feminino, sendo a média das idades de, aproximadamente, 9 anos. No entanto, as intoxicações foram mais frequentes nas crianças com menos de 5 anos. Maioritariamente, as intoxicações estudadas ocorreram acidentalmente e a principal via de contacto com o tóxico foi a oral (90,74%). Nos casos em que foi possível determinar o local onde ocorreu a intoxicação, verificou-se que a maioria (33%) ocorreu no domicílio, sendo que, este foi também o local onde, preferencialmente, o tóxico foi obtido (48,15%). As intoxicações medicamentosas estiveram envolvidas em 68,52% dos casos, as bebidas alcoólicas em 12,96%, os pesticidas em 5,56%, assim como os gases/vapores, as drogas de abuso em 3,70%, e os compostos químicos em 1,85%, assim como os venenos animais. Particularmente nas intoxicações medicamentosas, o grupo dos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos foi o mais comum (40,53%), devido às intoxicações por benzodiazepinas. Os antipsicóticos (27,01%) foram o segundo grupo de fármacos mais frequente. Cerca de 57,89% das intoxicações medicamentosas envolveram apenas um princípio ativo, e a ingestão de múltiplos princípios ativos foi mais frequente no grupo dos adolescentes. Verificou-se que cerca de 3/4 dos doentes intoxicados apresentavam sintomas neurológicos. Antes da instituição do tratamento, foram requeridos, a cerca de 50% dos doentes, testes laboratoriais para determinação da presença ou da quantidade de tóxico. As medidas de descontaminação gastrointestinal foram aplicadas a 57,38% dos indivíduos, cerca de 55,54% dos doentes recebeu tratamento de suporte, e a 12,95% das intoxicações foi administrado um antídoto, maioritariamente o flumazenilo. Em média, os intoxicados permaneceram 3 dias no internamento, sendo a maioria (70,37%) encaminhada para o domicílio, acompanhados de uma carta para o médico de família. Na amostra estudada não ocorreu nenhum caso de óbito. |
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Perfil das intoxicações em crianças e jovens num serviço de urgência hospitalarExperiência profissionalizante na vertente de farmácia comunitária e investigaçãoIntoxicação - Crianças - Serviço de urgência hospitalarIntoxicação - Pediatria - PrevalênciaFarmácia comunitária - GestãoFarmácia comunitária - AprovisionamentoO documento apresentado é o culminar de um percurso académico de 5 anos, e que pretende descrever a experiência profissionalizante na vertente de farmácia comunitária e investigação. Assim, este trabalho encontra-se dividido em dois capítulos. No capítulo I encontra-se descrita toda a experiência profissional e humana vivida durante o estágio na farmácia comunitária. O capítulo II descreve o trabalho de investigação desenvolvido em parceria com o Centro Hospitalar Cova da Beira. A farmácia comunitária é uma das áreas onde o farmacêutico pode desenvolver a sua atividade e, por excelência, é a área onde este tem um maior contacto com o público. Hoje em dia, e cada vez mais, assiste-se à crescente vocação das farmácias como espaço de saúde moderno, que permite um contacto facilitado, personalizado e disponível com um profissional de saúde, que tem uma obrigatoriedade de permanente atualização de conhecimentos. Neste capítulo são abordados diversos temas, nomeadamente, a organização da farmácia, a informação e documentação científica nela existente, os medicamentos e produtos de saúde, o seu aprovisionamento e armazenamento, a interação farmacêutico-utente-medicamento, a dispensa e aconselhamento de medicamentos e outros produtos de saúde, outros cuidados de saúde prestados na farmácia, além da temática da automedicação, da preparação de medicamentos e a parte de contabilidade e gestão, também muito importantes numa farmácia. O estágio realizado na Farmácia Pedroso, na Covilhã, permitiu concluir que o farmacêutico é um profissional de saúde especialista do medicamento, habilitado para a sua dispensa e aconselhamento, além de estar também habilitado para o esclarecimento de todas as dúvidas e prestação das mais variadas informações sobre medicamentos ou outros produtos de saúde. O farmacêutico, para além das suas competências profissionais e científicas, é também um gestor, uma vez que a gestão é cada vez mais um elemento necessário e uma mais-valia na prática farmacêutica, de forma a garantir sempre o bom funcionamento da farmácia. Desde modo, para atingir todas estas competências é necessária, para além da formação teórica académica, muita prática e uma formação contínua, permitindo ao farmacêutico ter uma vasta experiência e um leque de conhecimentos científicos indispensáveis para responder eficazmente aos novos desafios que lhe são colocados diariamente. A experiência profissionalizante na vertente de investigação foi realizada no âmbito da toxicologia clínica e intitula-se como “Perfil das intoxicações em crianças e jovens num serviço de urgência hospitalar”. As intoxicações são um sério problema de saúde pública, particularmente em idade pediátrica. Assim sendo, o principal objetivo deste estudo foi a caracterização e análise das intoxicações ocorridas em crianças e jovens que chegam ao Serviço de Urgência Pediátrica (SUP) do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), com necessidade de internamento. Neste estudo retrospetivo procedeu-se à recolha de todas as informações clínicas necessárias de crianças e jovens internados por suspeita de intoxicação no período compreendido de 1 de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2011. As intoxicações pediátricas representaram cerca de 0,04% de todos os casos que deram entrada no SUP do CHCB, durante o período de estudo. Dos 54 casos estudados, 70,04% envolveram indivíduos do sexo feminino, sendo a média das idades de, aproximadamente, 9 anos. No entanto, as intoxicações foram mais frequentes nas crianças com menos de 5 anos. Maioritariamente, as intoxicações estudadas ocorreram acidentalmente e a principal via de contacto com o tóxico foi a oral (90,74%). Nos casos em que foi possível determinar o local onde ocorreu a intoxicação, verificou-se que a maioria (33%) ocorreu no domicílio, sendo que, este foi também o local onde, preferencialmente, o tóxico foi obtido (48,15%). As intoxicações medicamentosas estiveram envolvidas em 68,52% dos casos, as bebidas alcoólicas em 12,96%, os pesticidas em 5,56%, assim como os gases/vapores, as drogas de abuso em 3,70%, e os compostos químicos em 1,85%, assim como os venenos animais. Particularmente nas intoxicações medicamentosas, o grupo dos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos foi o mais comum (40,53%), devido às intoxicações por benzodiazepinas. Os antipsicóticos (27,01%) foram o segundo grupo de fármacos mais frequente. Cerca de 57,89% das intoxicações medicamentosas envolveram apenas um princípio ativo, e a ingestão de múltiplos princípios ativos foi mais frequente no grupo dos adolescentes. Verificou-se que cerca de 3/4 dos doentes intoxicados apresentavam sintomas neurológicos. Antes da instituição do tratamento, foram requeridos, a cerca de 50% dos doentes, testes laboratoriais para determinação da presença ou da quantidade de tóxico. As medidas de descontaminação gastrointestinal foram aplicadas a 57,38% dos indivíduos, cerca de 55,54% dos doentes recebeu tratamento de suporte, e a 12,95% das intoxicações foi administrado um antídoto, maioritariamente o flumazenilo. Em média, os intoxicados permaneceram 3 dias no internamento, sendo a maioria (70,37%) encaminhada para o domicílio, acompanhados de uma carta para o médico de família. Na amostra estudada não ocorreu nenhum caso de óbito.O documento apresentado é o culminar de um percurso académico de 5 anos, e que pretende descrever a experiência profissionalizante na vertente de farmácia comunitária e investigação. Assim, este trabalho encontra-se dividido em dois capítulos. No capítulo I encontra-se descrita toda a experiência profissional e humana vivida durante o estágio na farmácia comunitária. O capítulo II descreve o trabalho de investigação desenvolvido em parceria com o Centro Hospitalar Cova da Beira. A farmácia comunitária é uma das áreas onde o farmacêutico pode desenvolver a sua atividade e, por excelência, é a área onde este tem um maior contacto com o público. Hoje em dia, e cada vez mais, assiste-se à crescente vocação das farmácias como espaço de saúde moderno, que permite um contacto facilitado, personalizado e disponível com um profissional de saúde, que tem uma obrigatoriedade de permanente atualização de conhecimentos. Neste capítulo são abordados diversos temas, nomeadamente, a organização da farmácia, a informação e documentação científica nela existente, os medicamentos e produtos de saúde, o seu aprovisionamento e armazenamento, a interação farmacêutico-utente-medicamento, a dispensa e aconselhamento de medicamentos e outros produtos de saúde, outros cuidados de saúde prestados na farmácia, além da temática da automedicação, da preparação de medicamentos e a parte de contabilidade e gestão, também muito importantes numa farmácia. O estágio realizado na Farmácia Pedroso, na Covilhã, permitiu concluir que o farmacêutico é um profissional de saúde especialista do medicamento, habilitado para a sua dispensa e aconselhamento, além de estar também habilitado para o esclarecimento de todas as dúvidas e prestação das mais variadas informações sobre medicamentos ou outros produtos de saúde. O farmacêutico, para além das suas competências profissionais e científicas, é também um gestor, uma vez que a gestão é cada vez mais um elemento necessário e uma mais-valia na prática farmacêutica, de forma a garantir sempre o bom funcionamento da farmácia. Desde modo, para atingir todas estas competências é necessária, para além da formação teórica académica, muita prática e uma formação contínua, permitindo ao farmacêutico ter uma vasta experiência e um leque de conhecimentos científicos indispensáveis para responder eficazmente aos novos desafios que lhe são colocados diariamente. A experiência profissionalizante na vertente de investigação foi realizada no âmbito da toxicologia clínica e intitula-se como “Perfil das intoxicações em crianças e jovens num serviço de urgência hospitalar”. As intoxicações são um sério problema de saúde pública, particularmente em idade pediátrica. Assim sendo, o principal objetivo deste estudo foi a caracterização e análise das intoxicações ocorridas em crianças e jovens que chegam ao Serviço de Urgência Pediátrica (SUP) do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), com necessidade de internamento. Neste estudo retrospetivo procedeu-se à recolha de todas as informações clínicas necessárias de crianças e jovens internados por suspeita de intoxicação no período compreendido de 1 de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2011. As intoxicações pediátricas representaram cerca de 0,04% de todos os casos que deram entrada no SUP do CHCB, durante o período de estudo. Dos 54 casos estudados, 70,04% envolveram indivíduos do sexo feminino, sendo a média das idades de, aproximadamente, 9 anos. No entanto, as intoxicações foram mais frequentes nas crianças com menos de 5 anos. Maioritariamente, as intoxicações estudadas ocorreram acidentalmente e a principal via de contacto com o tóxico foi a oral (90,74%). Nos casos em que foi possível determinar o local onde ocorreu a intoxicação, verificou-se que a maioria (33%) ocorreu no domicílio, sendo que, este foi também o local onde, preferencialmente, o tóxico foi obtido (48,15%). As intoxicações medicamentosas estiveram envolvidas em 68,52% dos casos, as bebidas alcoólicas em 12,96%, os pesticidas em 5,56%, assim como os gases/vapores, as drogas de abuso em 3,70%, e os compostos químicos em 1,85%, assim como os venenos animais. Particularmente nas intoxicações medicamentosas, o grupo dos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos foi o mais comum (40,53%), devido às intoxicações por benzodiazepinas. Os antipsicóticos (27,01%) foram o segundo grupo de fármacos mais frequente. Cerca de 57,89% das intoxicações medicamentosas envolveram apenas um princípio ativo, e a ingestão de múltiplos princípios ativos foi mais frequente no grupo dos adolescentes. Verificou-se que cerca de 3/4 dos doentes intoxicados apresentavam sintomas neurológicos. Antes da instituição do tratamento, foram requeridos, a cerca de 50% dos doentes, testes laboratoriais para determinação da presença ou da quantidade de tóxico. As medidas de descontaminação gastrointestinal foram aplicadas a 57,38% dos indivíduos, cerca de 55,54% dos doentes recebeu tratamento de suporte, e a 12,95% das intoxicações foi administrado um antídoto, maioritariamente o flumazenilo. Em média, os intoxicados permaneceram 3 dias no internamento, sendo a maioria (70,37%) encaminhada para o domicílio, acompanhados de uma carta para o médico de família. 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Neste capítulo são abordados diversos temas, nomeadamente, a organização da farmácia, a informação e documentação científica nela existente, os medicamentos e produtos de saúde, o seu aprovisionamento e armazenamento, a interação farmacêutico-utente-medicamento, a dispensa e aconselhamento de medicamentos e outros produtos de saúde, outros cuidados de saúde prestados na farmácia, além da temática da automedicação, da preparação de medicamentos e a parte de contabilidade e gestão, também muito importantes numa farmácia. O estágio realizado na Farmácia Pedroso, na Covilhã, permitiu concluir que o farmacêutico é um profissional de saúde especialista do medicamento, habilitado para a sua dispensa e aconselhamento, além de estar também habilitado para o esclarecimento de todas as dúvidas e prestação das mais variadas informações sobre medicamentos ou outros produtos de saúde. O farmacêutico, para além das suas competências profissionais e científicas, é também um gestor, uma vez que a gestão é cada vez mais um elemento necessário e uma mais-valia na prática farmacêutica, de forma a garantir sempre o bom funcionamento da farmácia. Desde modo, para atingir todas estas competências é necessária, para além da formação teórica académica, muita prática e uma formação contínua, permitindo ao farmacêutico ter uma vasta experiência e um leque de conhecimentos científicos indispensáveis para responder eficazmente aos novos desafios que lhe são colocados diariamente. A experiência profissionalizante na vertente de investigação foi realizada no âmbito da toxicologia clínica e intitula-se como “Perfil das intoxicações em crianças e jovens num serviço de urgência hospitalar”. As intoxicações são um sério problema de saúde pública, particularmente em idade pediátrica. Assim sendo, o principal objetivo deste estudo foi a caracterização e análise das intoxicações ocorridas em crianças e jovens que chegam ao Serviço de Urgência Pediátrica (SUP) do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), com necessidade de internamento. Neste estudo retrospetivo procedeu-se à recolha de todas as informações clínicas necessárias de crianças e jovens internados por suspeita de intoxicação no período compreendido de 1 de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2011. As intoxicações pediátricas representaram cerca de 0,04% de todos os casos que deram entrada no SUP do CHCB, durante o período de estudo. Dos 54 casos estudados, 70,04% envolveram indivíduos do sexo feminino, sendo a média das idades de, aproximadamente, 9 anos. No entanto, as intoxicações foram mais frequentes nas crianças com menos de 5 anos. Maioritariamente, as intoxicações estudadas ocorreram acidentalmente e a principal via de contacto com o tóxico foi a oral (90,74%). Nos casos em que foi possível determinar o local onde ocorreu a intoxicação, verificou-se que a maioria (33%) ocorreu no domicílio, sendo que, este foi também o local onde, preferencialmente, o tóxico foi obtido (48,15%). As intoxicações medicamentosas estiveram envolvidas em 68,52% dos casos, as bebidas alcoólicas em 12,96%, os pesticidas em 5,56%, assim como os gases/vapores, as drogas de abuso em 3,70%, e os compostos químicos em 1,85%, assim como os venenos animais. Particularmente nas intoxicações medicamentosas, o grupo dos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos foi o mais comum (40,53%), devido às intoxicações por benzodiazepinas. Os antipsicóticos (27,01%) foram o segundo grupo de fármacos mais frequente. Cerca de 57,89% das intoxicações medicamentosas envolveram apenas um princípio ativo, e a ingestão de múltiplos princípios ativos foi mais frequente no grupo dos adolescentes. Verificou-se que cerca de 3/4 dos doentes intoxicados apresentavam sintomas neurológicos. Antes da instituição do tratamento, foram requeridos, a cerca de 50% dos doentes, testes laboratoriais para determinação da presença ou da quantidade de tóxico. As medidas de descontaminação gastrointestinal foram aplicadas a 57,38% dos indivíduos, cerca de 55,54% dos doentes recebeu tratamento de suporte, e a 12,95% das intoxicações foi administrado um antídoto, maioritariamente o flumazenilo. Em média, os intoxicados permaneceram 3 dias no internamento, sendo a maioria (70,37%) encaminhada para o domicílio, acompanhados de uma carta para o médico de família. Na amostra estudada não ocorreu nenhum caso de óbito. |
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