A estrutura de capitais das empresas de serviços: Uma análise comparativa das empresas mais e menos intensivas no uso do fator conhecimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramalho, João Ricardo Pacífico
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/19427
Resumo: Desde o clássico e pioneiro artigo de Durand publicado em 1952 que a estrutura de capitais tem sido um dos temas mais estudados e aprofundados em finanças empresariais, contudo, a heterogeneidade das conclusões e dos resultados obtidos não permitiu ainda chegar a uma conclusão universalmente aceite. Por esse motivo, uma das questões que se coloca com maior frequência aos empresários e gestores consiste em determinar qual a estrutura de capital que maximiza o valor da empresa. A presente investigação tem como objetivo analisar os determinantes da estrutura de capital das empresas que utilizam abundantemente o fator conhecimento distinguindo-as das que não o fazem. Tendo por base uma amostra de dados em painel com 63.640 observações relativas a 6.364 empresas referente ao período compreendido entre 2008 e 2017, os resultados empíricos obtidos parecem não evidenciar uma tendência clara de que ambos os tipos de empresa sigam uma abordagem concreta na definição da sua estrutura de capital. Os resultados obtidos revelam que as variáveis Tangibilidade do Ativo e Dimensão do Ativo são claramente importantes para explicar a estrutura financeira das empresas estudadas, enquanto que as variáveis Liquidez, Rendibilidade, Especificidade do Ativo e Crescimento do Ativo apenas o são nalgumas circunstâncias. Os resultados obtidos revelam ainda que tanto as empresas utilizadoras do fator conhecimento como as que não utilizam tão intensivamente a este fator recorrem preferencialmente ao Endividamento para financiar o seu ativo em detrimento dos capitais próprios, que as características específicas do primeiro tipo de empresa afetam negativamente a sua autonomia financeira e que algumas das variáveis citadas anteriormente influenciam de forma diferente a estrutura de capital das empresas dos dois setores.
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