Os Jesuítas e as reformas pombalinas: rupturas e continuidades
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/28708 |
Resumo: | Da mesma forma que a Europa representava, na legislação pombalina, a ideia de progresso e civilização, suplantando assim todas as contradições que tal pressuposto acarreta, o ataque aos jesuítas, fora do âmbito retórico, nem sempre tinha fundamento. É sabido, por exemplo, que os membros da Companhia de Jesus não eram tão atrasados ou ignorantes como afirmava a lei. Seu ideário e suas ações, do ponto de vista político-econômico, eram bastante arrojados para o tempo, como comprovam os escritos econômicos do padre jesuíta Antônio Vieira (1608-1697), que defendia a participação dos cristãos-novos na economia portuguesa e a criação de companhias de comércio, e a administração temporal de mais de vinte aldeias do Pará e Maranhão, empregando a mão-de-obra dos indígenas, que lhe granjearam um capital e um poder temidos e cobiçados pelos habitantes daquele importante domínio lusitano. Este artigo busca mostrar até que ponto as rupturas promovidas pelas reformas pombalinas significaram um rompimento ou continuidade com relação à pedagogia jesuítica. |
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Os Jesuítas e as reformas pombalinas: rupturas e continuidadesThe Jesuits and Pombal's reforms: ruptures and continuitiesLos Jesuitas y las reformas pombalinas. rupturas y continuidadesHistória da educaçãoIlustraçãoJesuítasLegislação pombalinaDa mesma forma que a Europa representava, na legislação pombalina, a ideia de progresso e civilização, suplantando assim todas as contradições que tal pressuposto acarreta, o ataque aos jesuítas, fora do âmbito retórico, nem sempre tinha fundamento. É sabido, por exemplo, que os membros da Companhia de Jesus não eram tão atrasados ou ignorantes como afirmava a lei. Seu ideário e suas ações, do ponto de vista político-econômico, eram bastante arrojados para o tempo, como comprovam os escritos econômicos do padre jesuíta Antônio Vieira (1608-1697), que defendia a participação dos cristãos-novos na economia portuguesa e a criação de companhias de comércio, e a administração temporal de mais de vinte aldeias do Pará e Maranhão, empregando a mão-de-obra dos indígenas, que lhe granjearam um capital e um poder temidos e cobiçados pelos habitantes daquele importante domínio lusitano. Este artigo busca mostrar até que ponto as rupturas promovidas pelas reformas pombalinas significaram um rompimento ou continuidade com relação à pedagogia jesuítica.In the same way that Europe, in the Pombaline legislation, was a representative of the idea of progress and civilization, thus superseding all contradictions which such assumption entails, the attack on the Jesuits, outside the scope of rhetoric, was not always justified. It is known, for instance, that the members of the Society of Jesus were not as backward or ignorant as the law stated. Their ideary and actions, from an economic and political viewpoint, were quite venturesome for the period, as it is proved by the economic writings of the Jesuit priest Antônio Vieira (1608-1697), who advocated for the participation of the new christians in the Portuguese economy and the creation of trading companies, and the temporal administration of more than twenty villages of Pará and Maranhão, by employing the indiginous workforce, which yielded a capital and power feared as well as coveted by the inhabitants of that important lusitanian dominion. This article aims to show to what extent the ruptures carried out by the Pombaline reforms meant a real rupture or continuity with regards to the Jesuit pedagogy.contradicciones que esta suposición conduce, el ataque a los jesuitas, fuera del ámbito retórico, no siempre tenía fundamento. Se sabe, por ejemplo, que los miembros de la Compañía de Jesús no eran tan atrasados o ignorantes como afirmaba la ley. Su ideario y sus acciones, desde el punto de vista político y económico, eran bastante atrevidos para la época, como lo demuestran los escritos económicos del padre jesuita António Vieira (1608-1697), que abogaba por la participación de los nuevos cristianos en la economía portuguesa y la creación de empresas de comercio, y la administración temporal de más de veinte aldeas de Pará y Maranhão, utilizando la mano de obra de los indígenas, que le valió capital y poder temidos y codiciados por los habitantes de ese importante dominio lusitano. En ese artículo se pretende mostrar hasta que punto las rupturas promovidas por las reformas pombalinas significaron un rompimiento o continuidad con respecto a la pedagogía jesuítica.Repositório da Universidade de LisboaOliveira, Luiz Eduardo2017-08-21T08:38:19Z20162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/28708por2446-7189info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:20:43Zoai:repositorio.ul.pt:10451/28708Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:44:53.642261Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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